Linhas Ecléticas é o encontro da Literatura com assuntos do dia a dia. Tendo como princípio a Educação e seus aspectos transmitidos pelos mais renomados autores através de pesquisas e textos autorais.
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quinta-feira, 29 de dezembro de 2011
terça-feira, 20 de dezembro de 2011
segunda-feira, 28 de novembro de 2011
sexta-feira, 25 de novembro de 2011
quarta-feira, 16 de novembro de 2011
O que comemoramos no dia 15 de Novembro?
No dia 15 de novembro é comemorado o dia da Proclamação da República no Brasil. Muito mais do que um feriado, a data representa um momento em que o País passou a ter um marco de libertação política, social e econômica. É o que afirma o historiador Gaitano Antonaccio, membro da Academia de História do Amazonas.
“A Proclamação da República no Brasil foi decretada no dia 15 de novembro de 1889 pelo Marechal Deodoro da Fonseca com o apoio dos republicanos, instaurando um governo provisório e tornando-se o primeiro presidente do País. Naquela época, a monarquia brasileira estava em crise e a forma de governo não mais correspondia às mudanças ocorridas no processo de desenvolvimento do território”, diz o historiador.
Segundo Antonaccio, a proclamação do regime republicano brasileiro ocorreu em decorrência da crise do poder imperial, juntamente com o surgimento de novas correntes de pensamento político-ideológico, além do interesse de determinados grupos sociais que detinham o poder. “No fim do Segundo Reinado (1840-1889), o governo do imperador D. Pedro II enfrentou diversas tensões, entre elas as campanhas abolicionistas, as quais foram responsáveis pela queda da monarquia”, relata.
“A Proclamação da República no Brasil foi decretada no dia 15 de novembro de 1889 pelo Marechal Deodoro da Fonseca com o apoio dos republicanos, instaurando um governo provisório e tornando-se o primeiro presidente do País. Naquela época, a monarquia brasileira estava em crise e a forma de governo não mais correspondia às mudanças ocorridas no processo de desenvolvimento do território”, diz o historiador.
Segundo Antonaccio, a proclamação do regime republicano brasileiro ocorreu em decorrência da crise do poder imperial, juntamente com o surgimento de novas correntes de pensamento político-ideológico, além do interesse de determinados grupos sociais que detinham o poder. “No fim do Segundo Reinado (1840-1889), o governo do imperador D. Pedro II enfrentou diversas tensões, entre elas as campanhas abolicionistas, as quais foram responsáveis pela queda da monarquia”, relata.
terça-feira, 15 de novembro de 2011
A diferença entre educar e Ensinar
Marcas de batom no banheiro...
Numa escola pública estava ocorrendo uma situação inusitada: uma turma de meninas de 12 anos usava batom todos os dias e removia o excesso beijando o espelho do banheiro.
O diretor andava bastante aborrecido, porque o zelador tinha um trabalho enorme para limpar o espelho ao final do dia.
Mas, como sempre, na tarde seguinte, lá estavam as mesmas marcas de batom.
Chegou a chamar a atenção delas por quase 2 meses, e nada mudou, todos os dias acontecia a mesma coisa...
Um dia o diretor juntou o bando de meninas e o zelador no banheiro, explicou pacientemente que era muito complicado limpar o espelho com todas aquelas marcas que elas faziam.
Depois de uma hora falando, e elas com cara de deboche, o diretor pediu ao zelador “para demonstrar a dificuldade do trabalho”. O zelador imediatamente pegou um pano, molhou no vaso sanitário e passou no espelho.
Nunca mais apareceram marcas no espelho!!!
“Há professores e há educadores”.
Numa escola pública estava ocorrendo uma situação inusitada: uma turma de meninas de 12 anos usava batom todos os dias e removia o excesso beijando o espelho do banheiro.
O diretor andava bastante aborrecido, porque o zelador tinha um trabalho enorme para limpar o espelho ao final do dia.
Mas, como sempre, na tarde seguinte, lá estavam as mesmas marcas de batom.
Chegou a chamar a atenção delas por quase 2 meses, e nada mudou, todos os dias acontecia a mesma coisa...
Um dia o diretor juntou o bando de meninas e o zelador no banheiro, explicou pacientemente que era muito complicado limpar o espelho com todas aquelas marcas que elas faziam.
Depois de uma hora falando, e elas com cara de deboche, o diretor pediu ao zelador “para demonstrar a dificuldade do trabalho”. O zelador imediatamente pegou um pano, molhou no vaso sanitário e passou no espelho.
Nunca mais apareceram marcas no espelho!!!
“Há professores e há educadores”.
As novas tecnologias: influências no cotidiano
A humanidade vem passando por muitos avanços tecnológicos nos últimos tempos. Transformações que, como afirmam as autoras do artigo estudado, o trabalhador foi substituído pela máquina; o mundo, de moderno, passou a ser “pré-industrial” o que acelerara o trabalho e melhorara a qualidade deste. Todo um cenário foi modificado, devido à intensa presença da tecnologia na vida das pessoas. Percebe-se que hoje, a disputa não é somente pela terra e pelo reconhecimento de seu povo, mas também pela inclusão digital.
Se analisarmos a televisão, perceberemos uma grande influência em nossas vidas, a partir do momento em que almejamos ter o mesmo estilo das atrizes das novelas; quando, por exemplo, somos influenciados, pelas propagandas de cerveja a consumi-la, pois nos deixará mais atraente, mais alegre; quando os adolescentes imitam as lutas e golpes de um desenho animado. Sem falar da alienação que ela traz, deixando-nos frente à tevê por várias horas e nos fazendo esquecer até mesmo das obrigações, ou as deixando de lado. Outra tecnologia interessante é o celular, um pequeno aparelhinho que se tornou o principal responsável pela eliminação das barreiras entre a comunicação entre pessoas. Não importa o lugar, desde que haja uma torre de celular, podemos receber e fazer ligações de qualquer lugar do mundo. Isso sem falar na Internet, em que os sites de notícias se tornaram pioneiro, passando por sites de compras, pesquisas e entretenimento.
As tecnologias têm um lado muito positivo. As informações são democratizadas, estão acessíveis a todas as pessoas que têm acesso à internet. Ressaltando as considerações que as autoras mencionam, a economia foi descentralizada e o lazer e o entretenimento se diversificaram, satisfazendo nossas vontades e desejos cada vez mais exigentes.
Entretanto, a tecnologia é o “conhecimento técnico acumulado”. Esses conhecimentos se tornam essenciais para o progresso do homem, criando e transformando materiais e recursos, tornando-os úteis no nosso dia a dia. Dessa forma constata-se que os dias vão passando, e a sua utilização cada vez mais necessária. Assim nos questionamos: O que a tecnologia nos reserva para o futuro? Buscamos recursos na educação, se a escola não puder se reinventar e tornar-se um ambiente que favoreça um novo tipo de aprendizado, com profissionais interessados em buscar conhecimento, infelizmente ela corre o risco de não sobreviver.
“As novas tecnologias: influências no cotidiano”. O texto está disponível em:
www.cinform.ufba.br/vi_anais/docs/RosemarRosaRachelMarcia.pdf
Se analisarmos a televisão, perceberemos uma grande influência em nossas vidas, a partir do momento em que almejamos ter o mesmo estilo das atrizes das novelas; quando, por exemplo, somos influenciados, pelas propagandas de cerveja a consumi-la, pois nos deixará mais atraente, mais alegre; quando os adolescentes imitam as lutas e golpes de um desenho animado. Sem falar da alienação que ela traz, deixando-nos frente à tevê por várias horas e nos fazendo esquecer até mesmo das obrigações, ou as deixando de lado. Outra tecnologia interessante é o celular, um pequeno aparelhinho que se tornou o principal responsável pela eliminação das barreiras entre a comunicação entre pessoas. Não importa o lugar, desde que haja uma torre de celular, podemos receber e fazer ligações de qualquer lugar do mundo. Isso sem falar na Internet, em que os sites de notícias se tornaram pioneiro, passando por sites de compras, pesquisas e entretenimento.
As tecnologias têm um lado muito positivo. As informações são democratizadas, estão acessíveis a todas as pessoas que têm acesso à internet. Ressaltando as considerações que as autoras mencionam, a economia foi descentralizada e o lazer e o entretenimento se diversificaram, satisfazendo nossas vontades e desejos cada vez mais exigentes.
Entretanto, a tecnologia é o “conhecimento técnico acumulado”. Esses conhecimentos se tornam essenciais para o progresso do homem, criando e transformando materiais e recursos, tornando-os úteis no nosso dia a dia. Dessa forma constata-se que os dias vão passando, e a sua utilização cada vez mais necessária. Assim nos questionamos: O que a tecnologia nos reserva para o futuro? Buscamos recursos na educação, se a escola não puder se reinventar e tornar-se um ambiente que favoreça um novo tipo de aprendizado, com profissionais interessados em buscar conhecimento, infelizmente ela corre o risco de não sobreviver.
“As novas tecnologias: influências no cotidiano”. O texto está disponível em:
www.cinform.ufba.br/vi_anais/docs/RosemarRosaRachelMarcia.pdf
Casa arrumada
Carlos Drummond de Andrade (1902-1987)
Casa arrumada é assim:
Um lugar organizado, limpo, com espaço livre pra circulação e uma boa
entrada de luz.
Mas casa, pra mim, tem que ser casa e não um centro cirúrgico, um
cenário de novela.
Tem gente que gasta muito tempo limpando, esterilizando, ajeitando os
móveis, afofando as almofadas...
Não, eu prefiro viver numa casa onde eu bato o olho e percebo logo:
Aqui tem vida...
Casa com vida, pra mim, é aquela em que os livros saem das prateleiras
e os enfeites brincam de trocar de lugar.
Casa com vida tem fogão gasto pelo uso, pelo abuso das refeições
fartas, que chamam todo mundo pra mesa da cozinha.
Sofá sem mancha?
Tapete sem fio puxado?
Mesa sem marca de copo?
Tá na cara que é casa sem festa.
E se o piso não tem arranhão, é porque ali ninguém dança.
Casa com vida, pra mim, tem banheiro com vapor perfumado no meio da tarde.
Tem gaveta de entulho, daquelas que a gente guarda barbante,
passaporte e vela de aniversário, tudo junto...
Casa com vida é aquela em que a gente entra e se sente bem-vinda.
A que está sempre pronta pros amigos, filhos...
Netos, pros vizinhos...
E nos quartos, se possível, tem lençóis revirados por gente que brinca
ou namora a qualquer hora do dia.
Casa com vida é aquela que a gente arruma pra ficar com a cara da gente.
Arrume a sua casa todos os dias...
Mas arrume de um jeito que lhe sobre tempo pra viver nela...
E reconhecer nela o seu lugar.
Casa arrumada é assim:
Um lugar organizado, limpo, com espaço livre pra circulação e uma boa
entrada de luz.
Mas casa, pra mim, tem que ser casa e não um centro cirúrgico, um
cenário de novela.
Tem gente que gasta muito tempo limpando, esterilizando, ajeitando os
móveis, afofando as almofadas...
Não, eu prefiro viver numa casa onde eu bato o olho e percebo logo:
Aqui tem vida...
Casa com vida, pra mim, é aquela em que os livros saem das prateleiras
e os enfeites brincam de trocar de lugar.
Casa com vida tem fogão gasto pelo uso, pelo abuso das refeições
fartas, que chamam todo mundo pra mesa da cozinha.
Sofá sem mancha?
Tapete sem fio puxado?
Mesa sem marca de copo?
Tá na cara que é casa sem festa.
E se o piso não tem arranhão, é porque ali ninguém dança.
Casa com vida, pra mim, tem banheiro com vapor perfumado no meio da tarde.
Tem gaveta de entulho, daquelas que a gente guarda barbante,
passaporte e vela de aniversário, tudo junto...
Casa com vida é aquela em que a gente entra e se sente bem-vinda.
A que está sempre pronta pros amigos, filhos...
Netos, pros vizinhos...
E nos quartos, se possível, tem lençóis revirados por gente que brinca
ou namora a qualquer hora do dia.
Casa com vida é aquela que a gente arruma pra ficar com a cara da gente.
Arrume a sua casa todos os dias...
Mas arrume de um jeito que lhe sobre tempo pra viver nela...
E reconhecer nela o seu lugar.
31 de Outubro - Halloween
HALLOWEEN – UMA FESTA É DE ARREPIAR!
Popularizada no Brasil pelas escolas de inglês, a festa do Dia das Bruxas – que se comemora em 31 de outubro – é um pretexto divertido para reunir crianças e adultos ao redor de uma mesa com decoração “assustadora”, cheia de doces e outras delícias bem temperadas.
Do caldeirão de culturas e crenças, inclusive cristão, surgiu a festa de Halloween – nome que deriva de All Hallows Eve, o dia de todos os santos. O evento tem origem na Irlanda, com os celtas, há 2.500 anos, nas comemorações das boas colheitas. Acreditava-se que na noite de 31 de outubro acontece o encontro do mundo espiritual com o material e a volta dos mortos à Terra. Para afastar os maus espíritos, as pessoas apagavam o fogo das casas, fantasiavam-se e enfeitavam as ruas com esculturas de legumes, principalmente nabos, iluminados com velas. No século XIX, o costume foi levado aos Estados Unidos, onde, em vez de nabos, foram utilizadas abóboras. A data virou tradição entre as crianças, que pedem doces aos vizinhos perguntando: “Trick-or-Treat? (travessuras ou gostosuras?). no Brasil, a festa acontece há cerca de poucos anos e é bastante comemorada nas escolas de inglês.
As lanternas de abóboras. (em inglês Jack o’-lantern) vêm do folclore irlandês. A lenda diz que o ferreiro Jack fez um acordo com o diabo, preso no alto de uma árvore. O homem desenhou uma cruz no tronco e se o diabo nunca o atormentasse ele apagaria a cruz, deixando o capeta descer. Quando Jack morreu, por causa do trato, ele foi condenado a vagar pela terra e recebeu uma vela. Para mantê-la acesa por mais tempo colocou-a dentro de uma nabo esculpido. Nos EUA, o costume de colocar abóboras na janela é para ajudar Jack encontrar seu caminho na escuridão.
Diz a lenda que o costume do trick-or-treat é relacionada ao Souling, que tem origem na Europa no século IX. No Dia dos Mortos, os cristãos andavam pelas ruas pedindo “soul cakes” (tortas feitas com pão e groselha), em troca de orações para os parentes mortos dos doadores das guloseimas. Naquela época, o povo acreditava que todas as lamas ficavam no purgatório após a morte e que somente com orações elas iriam para o céu.
Popularizada no Brasil pelas escolas de inglês, a festa do Dia das Bruxas – que se comemora em 31 de outubro – é um pretexto divertido para reunir crianças e adultos ao redor de uma mesa com decoração “assustadora”, cheia de doces e outras delícias bem temperadas.
Do caldeirão de culturas e crenças, inclusive cristão, surgiu a festa de Halloween – nome que deriva de All Hallows Eve, o dia de todos os santos. O evento tem origem na Irlanda, com os celtas, há 2.500 anos, nas comemorações das boas colheitas. Acreditava-se que na noite de 31 de outubro acontece o encontro do mundo espiritual com o material e a volta dos mortos à Terra. Para afastar os maus espíritos, as pessoas apagavam o fogo das casas, fantasiavam-se e enfeitavam as ruas com esculturas de legumes, principalmente nabos, iluminados com velas. No século XIX, o costume foi levado aos Estados Unidos, onde, em vez de nabos, foram utilizadas abóboras. A data virou tradição entre as crianças, que pedem doces aos vizinhos perguntando: “Trick-or-Treat? (travessuras ou gostosuras?). no Brasil, a festa acontece há cerca de poucos anos e é bastante comemorada nas escolas de inglês.
As lanternas de abóboras. (em inglês Jack o’-lantern) vêm do folclore irlandês. A lenda diz que o ferreiro Jack fez um acordo com o diabo, preso no alto de uma árvore. O homem desenhou uma cruz no tronco e se o diabo nunca o atormentasse ele apagaria a cruz, deixando o capeta descer. Quando Jack morreu, por causa do trato, ele foi condenado a vagar pela terra e recebeu uma vela. Para mantê-la acesa por mais tempo colocou-a dentro de uma nabo esculpido. Nos EUA, o costume de colocar abóboras na janela é para ajudar Jack encontrar seu caminho na escuridão.
Diz a lenda que o costume do trick-or-treat é relacionada ao Souling, que tem origem na Europa no século IX. No Dia dos Mortos, os cristãos andavam pelas ruas pedindo “soul cakes” (tortas feitas com pão e groselha), em troca de orações para os parentes mortos dos doadores das guloseimas. Naquela época, o povo acreditava que todas as lamas ficavam no purgatório após a morte e que somente com orações elas iriam para o céu.
Poema
Versos íntimos
Vês?! Ninguém assistiu ao formidável
Enterro de tua quimera.
Somente a ingratidão – esta pantera –
Foi tua companheira inseparável!
Acostuma-te à lama que te espera!
O homem, que, nesta terra miserável,
Mora, entre feras, sente inevitável
Necessidade de também ser fera.
Toma um fósforo, Ascende teu cigarro!
O beijo, amigo, é a véspera do escarro,
A mão que fadiga é a mesma que apedreja.
Se alguém causa inda pena a tua chaga,
Apedreja esta mão vil que te afaga,
Escarra nesta boca que te beija!
Augusto dos Anjos
Vês?! Ninguém assistiu ao formidável
Enterro de tua quimera.
Somente a ingratidão – esta pantera –
Foi tua companheira inseparável!
Acostuma-te à lama que te espera!
O homem, que, nesta terra miserável,
Mora, entre feras, sente inevitável
Necessidade de também ser fera.
Toma um fósforo, Ascende teu cigarro!
O beijo, amigo, é a véspera do escarro,
A mão que fadiga é a mesma que apedreja.
Se alguém causa inda pena a tua chaga,
Apedreja esta mão vil que te afaga,
Escarra nesta boca que te beija!
Augusto dos Anjos
terça-feira, 18 de outubro de 2011
“As pessoas dizem que desejam o sucesso,
mas insistem em fugir dos problemas.
No entanto, enfrentar os problemas é condição para sermos bem-sucedidos.
Você pode sonhar, criar,
Você pode sonhar, criar,
desenhar e construir o lugar mais maravilhoso do mundo...
mas é necessário ter pessoas para transformar
seu sonho em realidade”.
quarta-feira, 3 de agosto de 2011
sexta-feira, 29 de julho de 2011
segunda-feira, 4 de julho de 2011
sexta-feira, 1 de julho de 2011
Inclusão Digital
Imagem fantástica
Quando falamos em inclusão digital, pensamos em incluir tecnologias no ambiente escolar, trazendo para as salas de aulas novos e diversificados equipamento tecnológicos; em outros casos, como instituições com parcerias governamentais, trazer estudantes e pessoas da comunidade nos ambientes educativos para desfrutarem dos meios tecnológicos. Dessa forma, pouco pensamos em pessoas (como o indivíduo da imagem) que também podem usufruir e ter o mesmo domínio de muitas pessoas instruídas e capacitadas para trabalhar com um simples computador. Pessoas que não são vistas com os mesmos critérios para frequentar ambientes onde a maioria das pessoas que, por trabalho ou por simples entretenimento, costumam passar horas com seu laptop, seja em lan houses, em praças de alimentação ou em simples praças públicas. Não é realidade em nosso meio ver um mendigo, descansando do seu trabalho com um laptop sentado em meio a uma praça ou rua qualquer. O que vemos são pessoas desse tipo conversando ou bebendo com seus companheiros de trabalho. Entretanto, esta imagem fantástica nos traz inúmeras reflexões. Um excelente exemplo de inclusão digital.
terça-feira, 21 de junho de 2011
REFLEXÃO
Imagine a vida como uma viagem, feita com amigos como você que compartilham determinados trechos.
Quando juntos, cada um dos amigos de viagem faz suas descobertas e procura passá-las para os outros, sabendo que a riqueza da luz se amplia quando é compartilhada.
Sejamos cúmplices no aprender e desvendar os mistérios da vida.
Amigos nas transformações, pois este é o grande segredo da vida.
Quase tudo é provisório. De definitivo e eterno, somente e simplesmente somos companheiros de viagem.
Que possamos crescer na convivência e que nossa viagem seja feita de bons momentos para você e as pessoas com quem dividimos nosso dia a dia.
Nossa viagem será um sucesso se conseguirmos conhecer de verdade os caminhos que precisamos andar.
Deixe o universo se movimentar à sua volta, descubra a alegria de ser uma surpresa para você mesmo.
Todos os caminhos vão para o mesmo lugar, mas escolha o seu e vá até o final.
Quando juntos, cada um dos amigos de viagem faz suas descobertas e procura passá-las para os outros, sabendo que a riqueza da luz se amplia quando é compartilhada.
Sejamos cúmplices no aprender e desvendar os mistérios da vida.
Amigos nas transformações, pois este é o grande segredo da vida.
Quase tudo é provisório. De definitivo e eterno, somente e simplesmente somos companheiros de viagem.
Que possamos crescer na convivência e que nossa viagem seja feita de bons momentos para você e as pessoas com quem dividimos nosso dia a dia.
Nossa viagem será um sucesso se conseguirmos conhecer de verdade os caminhos que precisamos andar.
Deixe o universo se movimentar à sua volta, descubra a alegria de ser uma surpresa para você mesmo.
Todos os caminhos vão para o mesmo lugar, mas escolha o seu e vá até o final.
quinta-feira, 16 de junho de 2011
Sugestões de blogs
Quero compartilhar alguns blogs e sites interessantes:
O blog “Leitura e escrita na escola”
O blog “Leitura e escrita na escola”
http://leituraescola.blogspot.com/ traz sugestões com diferentes metodologias de trabalho com leitura e escrita através de vídeos, músicas e também artigos com temas relacionados à educação. Há o link “marcadores” que separa por categorias as diferentes disciplinas e temas selecionados do blog. Para quem procura temas diferentes com diferentes recursos didáticos, este blog é excelente.
O blog “Tecnologias na educação”
O blog “Tecnologias na educação”
http://internetnaeducacao.blogspot.com/ é um espaço para discutir a sala de aula hoje. Os recursos, tecnologias e diferentes meios de trabalhar uma escola que tanto almejamos. É uma troca de experiências produzida através de artigos e trabalhos acadêmicos que, se desfrutarmos, tem muito a nos acrescentar.
O blog “Meus trabalhos pedagógicos”
O blog “Meus trabalhos pedagógicos”
http://meustrabalhospedagogicos.blogspot.com/ traz projetos e atividades que podemos utilizar para trabalhar em nossas aulas. O blog conta com o apoio dos educadores que colaboram em postar seus projetos e atividades postas em prática que deram certo e outras que são sugestões para nos auxiliar.
Quero também compartilhar alguns sites para quem trabalha com língua estrangeira, os quais sempre tenho utilizados para minhas atividades:
Richmond Teacher’s Room: WWW.richmond.com.br/area-teachers-room sempre tem artigos interessantes para nossa prática educativa.
The Garden: http://www.richmondpark.net/
Comunidade British Council: http://www.britishcouncil.org.uk/
Planeta Sustentável: http://planetasustentavel.abril.com.br/ manual com atividades não somente para língua estrangeira, com recursos para trabalharmos a questão ambiental.
Conselho Britânico: WWW.teachingenglish.org.uk/brazil
Janaina Cardoso: http://techweb.wikispaces.com/
Alley e seus amigos: http://alleycandidojunior.blogspot.com/ com muita interatividade com atividades excelentes para trabalhar língua estrangeira.
Escola da Ponte: http://www.eb1-ponte-n1.rcts.pt/ traz questões para refletirmos e também colocarmos em prática nosso método de trabalho.
Celebrating Multiple Talents: WWW.west.asu.edu/idmce/webquest/task.htm com sugestões de atividades com datas comemorativas.
Delicious Social Bookmarking: http://www.del.icio.us/
Flat Classroom Project: http://www.flatclassroomproject.org/ tem projetos que podemos trabalhar adaptando ao nosso conteúdo em sala de aula.
Quero também compartilhar alguns sites para quem trabalha com língua estrangeira, os quais sempre tenho utilizados para minhas atividades:
Richmond Teacher’s Room: WWW.richmond.com.br/area-teachers-room sempre tem artigos interessantes para nossa prática educativa.
The Garden: http://www.richmondpark.net/
Comunidade British Council: http://www.britishcouncil.org.uk/
Planeta Sustentável: http://planetasustentavel.abril.com.br/ manual com atividades não somente para língua estrangeira, com recursos para trabalharmos a questão ambiental.
Conselho Britânico: WWW.teachingenglish.org.uk/brazil
Janaina Cardoso: http://techweb.wikispaces.com/
Alley e seus amigos: http://alleycandidojunior.blogspot.com/ com muita interatividade com atividades excelentes para trabalhar língua estrangeira.
Escola da Ponte: http://www.eb1-ponte-n1.rcts.pt/ traz questões para refletirmos e também colocarmos em prática nosso método de trabalho.
Celebrating Multiple Talents: WWW.west.asu.edu/idmce/webquest/task.htm com sugestões de atividades com datas comemorativas.
Delicious Social Bookmarking: http://www.del.icio.us/
Flat Classroom Project: http://www.flatclassroomproject.org/ tem projetos que podemos trabalhar adaptando ao nosso conteúdo em sala de aula.
quinta-feira, 2 de junho de 2011
Proposta de projeto - Educação Ambiental
"A educação ambiental deve estar presente de forma interdisciplinar em todo o currículo escolar. Assim poderá atingir todos os cidadãos por meio de um processo pedagógico participativo, que procure construir no educando uma visão crítica sobre as questões ambientais".
A educação ambiental vem contribuir para a formação de cidadãos conscientes, aptos para decidirem e atuarem na realidade, comprometidos com a vida, com o bem-estar de cada um, e da sociedade em que se encontram inseridos e globalmente. Comportamento ambiental será aprendido na prática do dia-a-dia na escola através de gestos de solidariedade, hábitos de higiene pessoal e do meio.
O projeto visa arrecadar material reciclável com o objetivo de angariar fundos para arborização e a jardinagem do espaço externo da escola.
Atividades:
Pesquisas de campo para identificação de problemas ambientais próximos da realidade dos alunos.
Pesquisa bibliográfica para análise de várias realidades ambientais com uso da Internet.
Elaboração de resumos críticos, gráficos, textos, desenhos sobre a pesquisa realizada.
Produção de slides e vídeos para a exposição da pesquisa.
Atividades para diferentes disciplinas
Língua Portuguesa: trabalho de conscientização e concurso das melhores frases educativas para exposição em todo o colégio. Confecção de jornal escolar ecológico.
Matemática: trabalhar com estatística, tabelas e gráficos relacionados com dados ambientais.
Ciências: conhecer as plantas e diferenciá-las em relação aos tipos comestíveis, medicinais, as que servem para fornecer madeira, entre outros. Colecionar os diversos tipos de folhas, estudar suas diferenças, ensinar a desidratar as folhas e flores, e com elas formar pequenos quadros.
Biologia: criação da horta da escola.
Química e Física: fazer o reaproveitamento do lixo orgânico.
Arte: produção de objetos reciclados para exposição. Produção de trabalho com o papel reciclado.
Geografia: confecção de maquetes, orientar um debate sobre questões (desmatamento e queimadas, efeito estufa, pesca predatória, aquecimento global).
Filosofia e Sociologia: pesquisas e produções de textos, realizar trabalhos que relacionem a devastação ambiental à lógica do capitalismo, trabalhar valores e comportamentos.
O projeto visa arrecadar material reciclável com o objetivo de angariar fundos para arborização e a jardinagem do espaço externo da escola.
Atividades:
Pesquisas de campo para identificação de problemas ambientais próximos da realidade dos alunos.
Pesquisa bibliográfica para análise de várias realidades ambientais com uso da Internet.
Elaboração de resumos críticos, gráficos, textos, desenhos sobre a pesquisa realizada.
Produção de slides e vídeos para a exposição da pesquisa.
Atividades para diferentes disciplinas
Língua Portuguesa: trabalho de conscientização e concurso das melhores frases educativas para exposição em todo o colégio. Confecção de jornal escolar ecológico.
Matemática: trabalhar com estatística, tabelas e gráficos relacionados com dados ambientais.
Ciências: conhecer as plantas e diferenciá-las em relação aos tipos comestíveis, medicinais, as que servem para fornecer madeira, entre outros. Colecionar os diversos tipos de folhas, estudar suas diferenças, ensinar a desidratar as folhas e flores, e com elas formar pequenos quadros.
Biologia: criação da horta da escola.
Química e Física: fazer o reaproveitamento do lixo orgânico.
Arte: produção de objetos reciclados para exposição. Produção de trabalho com o papel reciclado.
Geografia: confecção de maquetes, orientar um debate sobre questões (desmatamento e queimadas, efeito estufa, pesca predatória, aquecimento global).
Filosofia e Sociologia: pesquisas e produções de textos, realizar trabalhos que relacionem a devastação ambiental à lógica do capitalismo, trabalhar valores e comportamentos.
quinta-feira, 26 de maio de 2011
Meus objetivos
Este blog tem por objetivo a apresentação de atividades, artigos a textos relacionados a aatividade educacional, tanto na prática pedagógica como na atualização profissional; Socializar conhecimentos com os colegas e visitantes; Apresentar reflexão para nosso dia a dia.
terça-feira, 24 de maio de 2011
APRESENTAÇÃO
Meu nome é Marilene dos Santos, sou Professora, e exerço o cargo de Professora de Língua Portuguesa e Língua Estrangeira – Inglês.
Atualmente trabalho na Escola de Ensino Básico Professor Salustiano Antônio Cabreira de Faxinal dos Guedes.
Sou formada em Letras pela Universidade do Oeste de Santa Catarina – Unoesc Xanxerê.
Cursei Pós-Graduação em Educação Interdisciplinar com Ênfase em Metodologia de Línguas: Português, Inglês e Espanhol pelo Instituto de Desenvolvimento Educacional do Alto Uruguai – IDEAU, Faculdade de Getúlio Vargas.
Gosto muito de estudar e por isso estou aqui compartilhando esses momentos com meus colegas de curso, algumas pessoas ainda desconhecidas, mas acredito que com o decorrer do tempo nossos laços serão estreitados.
Acredito que este curso irá nos proporcionar, além do conhecimento que todos almejam, a interação com profissionais da área de educação.
Sabemos que a educação é a mola propulsora de uma vida digna e feliz. Além do que está diretamente e intimamente relacionada com a Sociedade. Pessoas ocupadas e preocupadas com educação, não ficam ociosas, e, provavelmente, não tendem à criminalidade.
Desejo bom curso a todos.
Sou formada em Letras pela Universidade do Oeste de Santa Catarina – Unoesc Xanxerê.
Cursei Pós-Graduação em Educação Interdisciplinar com Ênfase em Metodologia de Línguas: Português, Inglês e Espanhol pelo Instituto de Desenvolvimento Educacional do Alto Uruguai – IDEAU, Faculdade de Getúlio Vargas.
Gosto muito de estudar e por isso estou aqui compartilhando esses momentos com meus colegas de curso, algumas pessoas ainda desconhecidas, mas acredito que com o decorrer do tempo nossos laços serão estreitados.
Acredito que este curso irá nos proporcionar, além do conhecimento que todos almejam, a interação com profissionais da área de educação.
Sabemos que a educação é a mola propulsora de uma vida digna e feliz. Além do que está diretamente e intimamente relacionada com a Sociedade. Pessoas ocupadas e preocupadas com educação, não ficam ociosas, e, provavelmente, não tendem à criminalidade.
Desejo bom curso a todos.
quarta-feira, 2 de março de 2011
As Bem-Aventuranças do Educador
Felizes os Educadores
que tomam consciência do conflito social em que estão metidos
e nele tomam partido pelo projeto social dos empobrecidos
porque assim contribuirão para a transformação da sociedade.
Infelizes os Educadores
que imaginam que a ação educativa é politicamente neutra
porque acabam transformando a educação num instrumento de ocultação
das contradições da realidade social
e de reprodução da ideologia e das relações sociais vigentes.
Felizes os Educadores
que sabem articular o saber chamado científico com o saber popular
porque ajudarão as classes populares a afirmar sua identidade cultural.
Infelizes os Educadores
que transmitem mecanicamente um saber elitista
porque contribuem para reforçar a marginalização
e a dominação cultural do povo.
Felizes os Educadores
que aprendem a dialogar com os educandos
porque resgatam a comunicação pedagógica criadora no processo educativo.
Infelizes os Educadores
que impedem os educandos de dizerem sua palavra,
porque estão reproduzindo a educação do colonizador.
Felizes os Educadores
que se tornam competentes em suas "disciplinas"
ensinando a "desopacizar" ideologicamente seus conteúdos
porque ajudarão os educandos a se apropriarem do saber
como ferramenta de luta na defesa e afirmação de sua dignidade.
Infelizes os Educadores
que não se esforçam para ser criticamente competentes
porque enfraquecerão mais ainda o poder cultural das classes oprimidas
reforçando o autoritarismo cultural das classes dominantes.
Felizes os Educadores
que procuram se organizar para conquistar
melhores salários e melhores condições de ensino
porque estão ajudando a conquistar a educação a que o povo tem direito.
Infelizes os Educadores
que atuam isoladamente, buscando apenas seus próprios interesses
porque deixarão de contribuir para a conquista de uma escola digna.
Felizes os Educadores
que iluminam sua prática com o sonho de um futuro novo
em que as pessoas aprendam, através de novas relações sociais,
as lições da justiça e da solidariedade.
Infelizes os Educadores
que não sonham
porque não terão a coragem de se comprometer na luta criadora
de uma nova sociedade a partir de sua prática educativa.
Felizes os Educadores
que aprendem a fazer da ação de cada dia
a semente da nova sociedade.
Infelizes os Educadores
que pensam que as coisas novas só aparecerão no futuro
porque não perceberão, nem farão perceber
que o "novo" já está no meio de nós,
brotando de nossas práticas transformadoras,
solidárias com as lutas dos espoliados da terra.
Autor José Ivan Pimenta Teófilo
quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011
ARTIGO
OBRIGATORIEDADE DO ENSINO FUNDAMENTAL NA PERSPECTIVA DA ESCOLA PÚBLICA
Marilene dos Santos
Toda a educação varia sempre em função de
uma “concepção da vida” refletindo,
em cada época, a filosofia predominante que
é determinada, a seu futuro pela estrutura da sociedade.
(O manifesto dos Pioneiros da Educação Nova-1932)
RESUMO
Este artigo tem por finalidade analisar o porquê da obrigatoriedade do Ensino Fundamental. O ensino não pode se tornar obrigatório sem ser gratuito. Longo foi o trajeto até ter-se consciência da necessidade de conciliar, educação com qualidade e trabalho produtivo. Necessitamos de uma escola de formação contínua e comprometida com os anseios de seus alunos, garantindo-lhes uma educação onde possa capacitá-los, formando-os cidadãos aptos a construir diferentes situações sociais.
Palavras-chave: Ensino Fundamental, Obrigatoriedade, Escola Pública.
ABSTRACT
This article have purpose to analyze the compulsory of secondary education. The education cannot become an obligation without free. A long time until to have became aware of a necessity of an education with quality and productive work. We need vocational training in continuous and compromise with people and student that desire to get good results, assure them an education which can do ability, to live in different social situations.
Key-words: Elementary School; Obligation; Public School.
INTRODUÇÃO
Como o próprio tema do trabalho sugere: porque há obrigatoriedade no Ensino Fundamental, o foco de atenção desse trabalho está centrado no tema e análise do processo da obrigatoriedade do Ensino Fundamental. Partindo deste princípio, desenvolveremos um estudo no sentido de encontrar fundamentos teóricos na caminhada da obrigatoriedade do Ensino Fundamental no Brasil.
Um dos objetivos do ensino obrigatório é desenvolver o senso crítico do educando sendo assim, assegurar-lhe uma formação comum, ainda no Ensino Fundamental, é importante desenvolver ao máximo a capacidade de aprender a pensar e ter um fortalecimento nos vínculos sociais.
O Ensino Fundamental abrange da 1ª a 8ª série e tem com proposta uma educação que contemple o desenvolvimento cognitivo, físico afetivo, social, ético e estético, tendo em vista uma formação ampla. A escola acredita que é de sua responsabilidade capacitar o aluno para que possa enfrentar novos desafios, ampliando sua potencialidade e posicionando-se da maneira crítica, responsável e construtiva nas diferentes situações sociais.
TEMA: A OBRIGATORIEDADE DO ENSINO FUNDAMENTAL
PROBLEMA: PORQUE HÁ OBRIGATORIEDADE NO ENSINO FUNDAMENTAL?
A ESCOLARIDADE OBRIGATÓRIA NAS CONSTITUIÇÕES BRASILEIRAS
Com o crescimento populacional e a Revolução Industrial surge a necessidade das pessoas se alfabetizarem e se inserirem no mundo da educação, com o intuito de estarem em contato com diferentes situações e delas conseguirem se sobressair e se tornar cidadãos competentes.
Ninguém melhor que nós mesmos, brasileiros, sabemos o que é sentir na pele a vida confusa e agitada que marca o nosso dia a dia e o de nossas famílias. Quem não vive a realidade do país, a cada início de mês fazendo contas e mais contas, apertando aqui e cortando dali, procurando sempre o “bode expiatório” mais próximo para desabafar nossas insatisfações.
Mas o que poucas pessoas procuram fazer, em meio a essas confusões, é refletir sobre as razões do que está acontecendo. Então não se trata aqui apenas das razões recentes. Trata-se daquelas causas mais profundas, com origens mais distantes no tempo e que podem nos ajudar a entender o que está se passando no momento atual.
Uma dessas razões é, sem dúvida, a forma como se processou a industrialização brasileira e os rumos por ela tomados nos diferentes momentos de nossa história. Somente mergulhando nesse passado é que poderemos compreender alguns dos motivos de um presente tão difícil como o nosso.
É a história da industrialização brasileira que, em contraposta com a competitividade estrangeira que possuía mão-de-obra de pessoas escolarizadas, alfabetizadas e prontas para qualquer tipo de atividade que o governo e suas Políticas educativas tiveram que dirigir.
O homem para a sua sobrevivência e a de seus direitos, precisou passar por diversos estágios de aprendizagem. Para preservar sua existência teve que se adaptar a natureza ávida, e ao que ela oferece.
A escola vem de uma necessidade onde o homem valida com suas experiências no processo de aprendizagem contínua, onde a escola passa a ser, forma principal e dominante da educação, pois a partir daí, podemos entender o porquê das sociedades burguesas trazerem consigo a bandeira da escolarização universal e obrigatória.
Com o princípio da obrigatoriedade da frequência á escola do Ensino Fundamental, nasce e desenvolvem-se várias constituições que foram adotadas.
Nasce então a primeira Constituição de 1824, outorgada por D. Pedro I que não chegou a mencionar a escolaridade obrigatória, somente limitou-se a gratuidade da escola a todos os cidadãos. Com a primeira lei do ensino primário foi determinado que deviam ser criadas escolas em todas as cidades, vilas e lugarejos. Escolas de meninas nas cidades mais populosas.
Na constituição de 1891, já no período Republicano não se fez referências nem a obrigatoriedade nem a gratuidade no ensino primário. A gratuidade e a obrigatoriedade foram questões, que os constituintes preferiram dar liberdade aos estados para que resolvessem.
Na constituição de 1934, determinou-se a obrigatoriedade e gratuidade do ensino primário integral e extensivo aos adultos. Não houve referencia à faixa etária. Isto é, o ensino primário era obrigatório para todos, crianças e adultos. Mais tarde, na constituição de 1937, no art. 130 pressupôs que este ensino seria de 5 anos, que era a duração do ensino primário da época. Percebe-se que estes pressupostos estiveram longe de serem postos em prática. A obrigatoriedade não foi cumprida até hoje, menos ainda após o primário, pois são poucos que ultrapassam o 1º grau do Ensino Fundamental.
Na Constituição de 24 de janeiro de 1967, fez-se referência a faixa etária: “o ensino dos 7 aos 14 anos é obrigatório para todos e gratuito nos estabelecimentos primários oficiais” (art. 168, parágrafo 3º II). O ensino primário poderia ter o mínimo 4 e o máximo 6 anos.
A redação desta constituição foi modificada em 1969 em que a partir dos 14 anos, o ensino deixa de ser obrigatório. Instituiu-se em 1971 com a lei nº 5692/71, 8 anos de duração para o Ensino Fundamental para o 1º grau, entendendo-se o ensino primário como 1º. E na constituição de 1988, manteve-se a obrigatoriedade denominando Ensino Fundamental para o 1º grau, entendendo-se como um dever do estado, e dando acesso aos que não tiveram acesso na idade determinada.
Na constituição de 1996, determinou-se, com a lei nº 9384/96, uma carga horária mínima estipulada e o acompanhamento de condições e recursos adequados, como transporte, alimentação, material didático, atividades variadas que favoreçam o desenvolvimento do aluno. A lei exclui dessa regra os casos do ensino noturno e das formas alternativas como o ensino a distância, que para estes, a regra geral é de pelo menos 4 horas diárias de trabalho efetivo em sala de aula.
A qualidade de trabalho pedagógico está associada à capacidade de promoção de avanço no desenvolvimento do aluno, destacando-se a importância do papel do professor no processo ensino-aprendizagem assim como a relevância da proposta pedagógica adotada pela escola.
Com isso é importante que se tenha em conta que qualquer que seja o conteúdo, ele nunca é um fim em si mesmo, e sim, apenas um pretexto para se aprender a pensar e questionar o próprio conhecimento para se compreender que aprender a olhar para o mundo colhendo dados, interpretando-os, transformando-os e tirando conclusões.
Só assim é possível formar cidadãos, competitivos e capacitados e bastante para serem agentes transformadores de sua própria vida e da realidade que os cerca.
A OBRIGATORIEDADE DO ENSINO FUNDAMENTAL
O Ensino Fundamental é uma etapa extremamente importante para o desenvolvimento integral do ser humano. Os estímulos que a criança recebe nesta fase definem seu sucesso escolar e profissional.
Fazem parte dessa etapa, a construção de valores, as atitudes que norteiam as relações interpessoais e o contato do aluno com o objeto de conhecimento.
É preciso que a escola e o professor deem ao aluno a possibilidade de se manifestar livremente, expor seus interesses, preocupações, seus desejos, seus sentimentos. É preciso que tudo aquilo que brota espontaneamente de cada aluno seja respeitado a valorizado (2002 p.67).
Uma escola de formação, além disso, precisa promover condições para que o aluno se aproprie dos conteúdos, transformando-os em conhecimento próprio, garantindo um convívio social democrático com ênfase na compreensão e construção das regras desenvolvendo atitudes de respeito, cooperação e solidariedade. Não cabe á escola moldar seus alunos segundo um modelo único, mas oportunizar que cada um se desenvolva conforme suas próprias aptidões e interesses.
De acordo com a LDB (9394/96, artigo 32), o Ensino Fundamental com duração mínima de 9 anos obrigatório e gratuito na escola pública, terá por objetivo a formação básica do cidadão. É obrigatório para todas as crianças na faixa entre 7 a 14 anos e jornada escolar anual de 800 horas/aula, distribuídas em 200 dias letivos. A meta de cada escola pública é fornecer ao aluno acesso á base comum nacional e á parte diversificada, o que inclui as características regionais da sociedade, da cultura, da economia e do cotidiano do aluno.
Alguns objetivos que o Ensino Fundamental na formação básica do cidadão, é a capacidade de aprender, tendo como meios básicos, o pleno domínio da leitura e do cálculo, compreender-se como a parte do ambiente natural e social do sistema político e tecnológico, aprender habilidades e formação de valores fortalecendo os vínculos familiares e a vida social.
A gestão democrática da escola, os materiais de didático-pedagógicos e a formação do professor são fatores determinantes para a qualidade social da educação, que forma indivíduos críticos e criativos, preparados para o pleno exercício da cidadania.
Falou-se muito em 1990 sobre uma nova reforma nos sistemas educativos.
Recomendava que os países da região investissem em reforma dos sistemas educativos para adequá-los a oferta os conhecimentos e habilidades específicas requeridas pelo sistema produtivo [...] versatilidade, capacidade de inovação, comunicação motivação, destrezas básicas, flexibilidade para adaptar-se à novas tarefas e habilidades como cálculo, ordenamento de prioridades e clareza na exposição, que deveram ser construídas na educação básica. (EVANGELISTA; MORAES; SHIROMA, VERANO, p.63)
A formulação das políticas públicas educacionais é feita com a participação demográfica dos sistemas de ensino, em parceria com órgãos governamentais, organizações não governamentais e organismos institucionais internacionais. Realiza-se pelo planejamento educacional e financiamento de programas priorizando a permanência dos alunos nas escolas.
Entre alguns programas, podemos considerar, através do MEC, a Bolsa Escola como mais eficaz e importante.
que consiste em um auxílio financeiro á famílias com crianças em idade escolar, cuja renda per capta seja inferior a um salário mínimo estipulado pelo programa. A bolsa está condicionada a matricula e à frequência dos filhos no Ensino Fundamental (idem, p.88).
Os órgãos buscam melhoria da qualidade da educação a partir dos princípios da autonomia, de colaboração, da participação, da igualdade de oportunidades e da inclusão social.
Para que se efetive um trabalho no qual, professores e alunos tenham autonomia, possam pensar e refletir sobre seu próprio processo de construção de conhecimento e tenham acesso a novas informações deve-se observar questões fundamentais e específicas desta fase em que os alunos possam gradativamente do estágio operatório-concreto para o pensamento formal.
Propiciar um clima harmonioso de trabalho, valorizando a construção de vínculos afetivos e o respeito a individualidade cidadã, garante que o aluno se perceba como dependente e agente transformador do meio ambiente, contribuindo ativamente para a sua melhoria.
A meta de cada escola de Ensino Fundamental e fornecer ao aluno acesso a base comum nacional e a parte diversificada, o que inclui as características regionais da sociedade, da cultura, da economia e do cotidiano do aluno. Com isso cabe aos professores propiciarem questões, atividades, em que os agentes do processo ensino-aprendizagem possam dialogar, duvidar, discutir, questionar compartilhar informações, e que se haja espaço para transformações, para diferenças, para o errado, para as contradições, para a colaboração mutua e para a criatividade.
OBJETIVOS DO ENSINO FUNDAMENTAL
No Artigo 22, a lei nº 9394/96 dispõe que educação básica, que inclui o Ensino fundamental, tem por finalidades desenvolver o educando, assegurar-lhe a formação comum para o exercício da cidadania e fornecer-lhe os meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores.
Portanto, as finalidades específicas da educação básica são quatro:
1. Desenvolver o educando: o educando não se desenvolve somente na escola; não são só as matérias do currículo que promovem o seu desenvolvimento. Mas a escola e todo o ambiente escolar têm uma responsabilidade importante nesse sentido que deve estar organizado de modo a favorecer o desenvolvimento do educando.
2. Assegurar a formação comum indispensável para o exercito da cidadania; nessa formação, está incluindo aspectos ao conhecimento dos materiais escolares e aspectos práticos, para que possa compreender a sociedade em que vive e participa ativamente na sua transformação.
3. Fornecer os meios para progredir no trabalho: compreender e criar situações que favoreçam o desenvolvimento da compreensão do espírito crítico em relação ao mundo do trabalho, além do treinamento para uma profissão. Adquirir consciência de seus direito e deveres, da importância da organização e da solidariedade para que se alcance melhores condições de trabalho.
4. Favorecer os meios para progredir em estudos posteriores: para que o aluno possa progredis naturalmente do ensino fundamental para o médio e deste para o superior, é preciso que haja uma efetiva articulação entre os níveis de ensino.
No artigo 32, a lei trata especificamente do objetivo do ensino fundamental, que é a formação básica dos cidadãos, a ser promovida mediante:
1. Desenvolvimento do educando: o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como os meios básicos o domínio da leitura e do cálculo.
2. Assegurar a formação comum: fornecer meios para progredir no trabalho e nos estudos.
3. Compreensão do ambiente natural e social: aquisição de conhecimentos e habilidades do sistema político, da tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade.
4. Formação de atitudes e valores: fortalecimento dos vínculos sociais, dos laços da solidariedade humana.
Num mundo em rápida transformação, os conteúdos também mudam rapidamente. E no lugar do sentimento de inferioridade, a escola deve estimular os alunos a desenvolverem a consciência da própria capacidade de aprender e transformar o mundo.
CONCLUSÃO
Todo sistema escolar é montado para cumprir uma função social. Cabe a sociedade estabelecer os objetivos a serem buscados, que são as expressões de anseios, dos valores e das tradições da própria sociedade.
Durante o período republicano, o ensino fundamental passou por várias reformas, dessas, as que mais foram discutidas pelo Congresso Nacional foi a lei nº 4024/61 e a lei nº 9394/96, ambas mencionam a obrigatoriedade do ensino na escola pública, no entanto, essa obrigatoriedade de não corresponder a qualidade aos recursos, incentivos nem a valorização dos docentes.
Percebe-se que há obrigatoriedade porque não se conseguiu viver alienados no que tange a construção de uma nação com indivíduos que saibam defender-se e conseguir sua colocação tanto no mundo da escrita quanto na profissionalização. Cabe á educação básica assegurar a base sólida para a aprendizagem futura.
Com finalidade, a educação no ensino fundamental prioriza formas de trabalhadores adaptáveis, capazes de adquirir novos conhecimentos sem dificuldades, atendendo à demanda da economia.
Para um ensino de qualidade, a sociedade deve estabelece os objetivos a serem buscados, mas as leis para o ensino, na sua maioria não tem sido discutidas nem levadas à conhecimento público. Muitas nem aprovadas pelo Congresso Nacional, pelos representantes da sociedade.
A escola precisa valorizar o que o aluno sabe fazer o que gosta de fazer, pois há obrigação de frequentar as aulas, aprendendo a aceitando positivamente o que lhes é imposto pelo professor. Mas para darmos ensino com qualidade, deveríamos aproveitar e ocupar-lhes de atividade culturais que lhe garantam uma formação contínua, muito além das matérias do currículo escolar e das salas de aula. Só a obrigatoriedade legal de frequência à escola não basta. Para que atinjam seus objetivos as atividades escolares devem incluir e valorizar o que os alunos aprendem fora da escola. Em lugar do sentimento de inferioridade, a escola deve estimular os alunos a desenvolver a consciência da própria capacidade de aprender a transformar o mundo.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
EVANGELISTA, Olinda; MORAES, Maria Célia M. de; SHIROMA, Eneida Oto. Política educacional. Rio de Janeiro: DP&A, 2000.
FREIRE, Paulo. Educação como prática da liberdade. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1967.
Lei Federal nº 9394 de 20/12/96
Manifesto Pioneiro da Educação Nova, 1932. Disponível em http://home.iis.com.br/~jbello//hermanif.htm.
MENDONÇA, Sonia. A industrialização brasileira. São Paulo: Moderna, 1995_ (Coleção Polêmica).
PILETTI, Nelson. Estrutura e funcionamento do ensino fundamental. 26 ed. Ática, 2002.
Santa Catarina, Secretaria de Estado Educação e do Desporte. Tempo de Aprender: Produção coletiva de educadores da rede pública estadual de ensino de Santa Catarina. Florianópolis: DIEF, 2000.
OBRIGATORIEDADE DO ENSINO FUNDAMENTAL NA PERSPECTIVA DA ESCOLA PÚBLICA
Marilene dos Santos
Toda a educação varia sempre em função de
uma “concepção da vida” refletindo,
em cada época, a filosofia predominante que
é determinada, a seu futuro pela estrutura da sociedade.
(O manifesto dos Pioneiros da Educação Nova-1932)
RESUMO
Este artigo tem por finalidade analisar o porquê da obrigatoriedade do Ensino Fundamental. O ensino não pode se tornar obrigatório sem ser gratuito. Longo foi o trajeto até ter-se consciência da necessidade de conciliar, educação com qualidade e trabalho produtivo. Necessitamos de uma escola de formação contínua e comprometida com os anseios de seus alunos, garantindo-lhes uma educação onde possa capacitá-los, formando-os cidadãos aptos a construir diferentes situações sociais.
Palavras-chave: Ensino Fundamental, Obrigatoriedade, Escola Pública.
ABSTRACT
This article have purpose to analyze the compulsory of secondary education. The education cannot become an obligation without free. A long time until to have became aware of a necessity of an education with quality and productive work. We need vocational training in continuous and compromise with people and student that desire to get good results, assure them an education which can do ability, to live in different social situations.
Key-words: Elementary School; Obligation; Public School.
INTRODUÇÃO
Como o próprio tema do trabalho sugere: porque há obrigatoriedade no Ensino Fundamental, o foco de atenção desse trabalho está centrado no tema e análise do processo da obrigatoriedade do Ensino Fundamental. Partindo deste princípio, desenvolveremos um estudo no sentido de encontrar fundamentos teóricos na caminhada da obrigatoriedade do Ensino Fundamental no Brasil.
Um dos objetivos do ensino obrigatório é desenvolver o senso crítico do educando sendo assim, assegurar-lhe uma formação comum, ainda no Ensino Fundamental, é importante desenvolver ao máximo a capacidade de aprender a pensar e ter um fortalecimento nos vínculos sociais.
O Ensino Fundamental abrange da 1ª a 8ª série e tem com proposta uma educação que contemple o desenvolvimento cognitivo, físico afetivo, social, ético e estético, tendo em vista uma formação ampla. A escola acredita que é de sua responsabilidade capacitar o aluno para que possa enfrentar novos desafios, ampliando sua potencialidade e posicionando-se da maneira crítica, responsável e construtiva nas diferentes situações sociais.
TEMA: A OBRIGATORIEDADE DO ENSINO FUNDAMENTAL
PROBLEMA: PORQUE HÁ OBRIGATORIEDADE NO ENSINO FUNDAMENTAL?
A ESCOLARIDADE OBRIGATÓRIA NAS CONSTITUIÇÕES BRASILEIRAS
Com o crescimento populacional e a Revolução Industrial surge a necessidade das pessoas se alfabetizarem e se inserirem no mundo da educação, com o intuito de estarem em contato com diferentes situações e delas conseguirem se sobressair e se tornar cidadãos competentes.
Ninguém melhor que nós mesmos, brasileiros, sabemos o que é sentir na pele a vida confusa e agitada que marca o nosso dia a dia e o de nossas famílias. Quem não vive a realidade do país, a cada início de mês fazendo contas e mais contas, apertando aqui e cortando dali, procurando sempre o “bode expiatório” mais próximo para desabafar nossas insatisfações.
Mas o que poucas pessoas procuram fazer, em meio a essas confusões, é refletir sobre as razões do que está acontecendo. Então não se trata aqui apenas das razões recentes. Trata-se daquelas causas mais profundas, com origens mais distantes no tempo e que podem nos ajudar a entender o que está se passando no momento atual.
Uma dessas razões é, sem dúvida, a forma como se processou a industrialização brasileira e os rumos por ela tomados nos diferentes momentos de nossa história. Somente mergulhando nesse passado é que poderemos compreender alguns dos motivos de um presente tão difícil como o nosso.
É a história da industrialização brasileira que, em contraposta com a competitividade estrangeira que possuía mão-de-obra de pessoas escolarizadas, alfabetizadas e prontas para qualquer tipo de atividade que o governo e suas Políticas educativas tiveram que dirigir.
O homem para a sua sobrevivência e a de seus direitos, precisou passar por diversos estágios de aprendizagem. Para preservar sua existência teve que se adaptar a natureza ávida, e ao que ela oferece.
A escola vem de uma necessidade onde o homem valida com suas experiências no processo de aprendizagem contínua, onde a escola passa a ser, forma principal e dominante da educação, pois a partir daí, podemos entender o porquê das sociedades burguesas trazerem consigo a bandeira da escolarização universal e obrigatória.
Com o princípio da obrigatoriedade da frequência á escola do Ensino Fundamental, nasce e desenvolvem-se várias constituições que foram adotadas.
Nasce então a primeira Constituição de 1824, outorgada por D. Pedro I que não chegou a mencionar a escolaridade obrigatória, somente limitou-se a gratuidade da escola a todos os cidadãos. Com a primeira lei do ensino primário foi determinado que deviam ser criadas escolas em todas as cidades, vilas e lugarejos. Escolas de meninas nas cidades mais populosas.
Na constituição de 1891, já no período Republicano não se fez referências nem a obrigatoriedade nem a gratuidade no ensino primário. A gratuidade e a obrigatoriedade foram questões, que os constituintes preferiram dar liberdade aos estados para que resolvessem.
Na constituição de 1934, determinou-se a obrigatoriedade e gratuidade do ensino primário integral e extensivo aos adultos. Não houve referencia à faixa etária. Isto é, o ensino primário era obrigatório para todos, crianças e adultos. Mais tarde, na constituição de 1937, no art. 130 pressupôs que este ensino seria de 5 anos, que era a duração do ensino primário da época. Percebe-se que estes pressupostos estiveram longe de serem postos em prática. A obrigatoriedade não foi cumprida até hoje, menos ainda após o primário, pois são poucos que ultrapassam o 1º grau do Ensino Fundamental.
Na Constituição de 24 de janeiro de 1967, fez-se referência a faixa etária: “o ensino dos 7 aos 14 anos é obrigatório para todos e gratuito nos estabelecimentos primários oficiais” (art. 168, parágrafo 3º II). O ensino primário poderia ter o mínimo 4 e o máximo 6 anos.
A redação desta constituição foi modificada em 1969 em que a partir dos 14 anos, o ensino deixa de ser obrigatório. Instituiu-se em 1971 com a lei nº 5692/71, 8 anos de duração para o Ensino Fundamental para o 1º grau, entendendo-se o ensino primário como 1º. E na constituição de 1988, manteve-se a obrigatoriedade denominando Ensino Fundamental para o 1º grau, entendendo-se como um dever do estado, e dando acesso aos que não tiveram acesso na idade determinada.
Na constituição de 1996, determinou-se, com a lei nº 9384/96, uma carga horária mínima estipulada e o acompanhamento de condições e recursos adequados, como transporte, alimentação, material didático, atividades variadas que favoreçam o desenvolvimento do aluno. A lei exclui dessa regra os casos do ensino noturno e das formas alternativas como o ensino a distância, que para estes, a regra geral é de pelo menos 4 horas diárias de trabalho efetivo em sala de aula.
A qualidade de trabalho pedagógico está associada à capacidade de promoção de avanço no desenvolvimento do aluno, destacando-se a importância do papel do professor no processo ensino-aprendizagem assim como a relevância da proposta pedagógica adotada pela escola.
Com isso é importante que se tenha em conta que qualquer que seja o conteúdo, ele nunca é um fim em si mesmo, e sim, apenas um pretexto para se aprender a pensar e questionar o próprio conhecimento para se compreender que aprender a olhar para o mundo colhendo dados, interpretando-os, transformando-os e tirando conclusões.
Só assim é possível formar cidadãos, competitivos e capacitados e bastante para serem agentes transformadores de sua própria vida e da realidade que os cerca.
A OBRIGATORIEDADE DO ENSINO FUNDAMENTAL
O Ensino Fundamental é uma etapa extremamente importante para o desenvolvimento integral do ser humano. Os estímulos que a criança recebe nesta fase definem seu sucesso escolar e profissional.
Fazem parte dessa etapa, a construção de valores, as atitudes que norteiam as relações interpessoais e o contato do aluno com o objeto de conhecimento.
É preciso que a escola e o professor deem ao aluno a possibilidade de se manifestar livremente, expor seus interesses, preocupações, seus desejos, seus sentimentos. É preciso que tudo aquilo que brota espontaneamente de cada aluno seja respeitado a valorizado (2002 p.67).
Uma escola de formação, além disso, precisa promover condições para que o aluno se aproprie dos conteúdos, transformando-os em conhecimento próprio, garantindo um convívio social democrático com ênfase na compreensão e construção das regras desenvolvendo atitudes de respeito, cooperação e solidariedade. Não cabe á escola moldar seus alunos segundo um modelo único, mas oportunizar que cada um se desenvolva conforme suas próprias aptidões e interesses.
De acordo com a LDB (9394/96, artigo 32), o Ensino Fundamental com duração mínima de 9 anos obrigatório e gratuito na escola pública, terá por objetivo a formação básica do cidadão. É obrigatório para todas as crianças na faixa entre 7 a 14 anos e jornada escolar anual de 800 horas/aula, distribuídas em 200 dias letivos. A meta de cada escola pública é fornecer ao aluno acesso á base comum nacional e á parte diversificada, o que inclui as características regionais da sociedade, da cultura, da economia e do cotidiano do aluno.
Alguns objetivos que o Ensino Fundamental na formação básica do cidadão, é a capacidade de aprender, tendo como meios básicos, o pleno domínio da leitura e do cálculo, compreender-se como a parte do ambiente natural e social do sistema político e tecnológico, aprender habilidades e formação de valores fortalecendo os vínculos familiares e a vida social.
A gestão democrática da escola, os materiais de didático-pedagógicos e a formação do professor são fatores determinantes para a qualidade social da educação, que forma indivíduos críticos e criativos, preparados para o pleno exercício da cidadania.
Falou-se muito em 1990 sobre uma nova reforma nos sistemas educativos.
Recomendava que os países da região investissem em reforma dos sistemas educativos para adequá-los a oferta os conhecimentos e habilidades específicas requeridas pelo sistema produtivo [...] versatilidade, capacidade de inovação, comunicação motivação, destrezas básicas, flexibilidade para adaptar-se à novas tarefas e habilidades como cálculo, ordenamento de prioridades e clareza na exposição, que deveram ser construídas na educação básica. (EVANGELISTA; MORAES; SHIROMA, VERANO, p.63)
A formulação das políticas públicas educacionais é feita com a participação demográfica dos sistemas de ensino, em parceria com órgãos governamentais, organizações não governamentais e organismos institucionais internacionais. Realiza-se pelo planejamento educacional e financiamento de programas priorizando a permanência dos alunos nas escolas.
Entre alguns programas, podemos considerar, através do MEC, a Bolsa Escola como mais eficaz e importante.
que consiste em um auxílio financeiro á famílias com crianças em idade escolar, cuja renda per capta seja inferior a um salário mínimo estipulado pelo programa. A bolsa está condicionada a matricula e à frequência dos filhos no Ensino Fundamental (idem, p.88).
Os órgãos buscam melhoria da qualidade da educação a partir dos princípios da autonomia, de colaboração, da participação, da igualdade de oportunidades e da inclusão social.
Para que se efetive um trabalho no qual, professores e alunos tenham autonomia, possam pensar e refletir sobre seu próprio processo de construção de conhecimento e tenham acesso a novas informações deve-se observar questões fundamentais e específicas desta fase em que os alunos possam gradativamente do estágio operatório-concreto para o pensamento formal.
Propiciar um clima harmonioso de trabalho, valorizando a construção de vínculos afetivos e o respeito a individualidade cidadã, garante que o aluno se perceba como dependente e agente transformador do meio ambiente, contribuindo ativamente para a sua melhoria.
A meta de cada escola de Ensino Fundamental e fornecer ao aluno acesso a base comum nacional e a parte diversificada, o que inclui as características regionais da sociedade, da cultura, da economia e do cotidiano do aluno. Com isso cabe aos professores propiciarem questões, atividades, em que os agentes do processo ensino-aprendizagem possam dialogar, duvidar, discutir, questionar compartilhar informações, e que se haja espaço para transformações, para diferenças, para o errado, para as contradições, para a colaboração mutua e para a criatividade.
OBJETIVOS DO ENSINO FUNDAMENTAL
No Artigo 22, a lei nº 9394/96 dispõe que educação básica, que inclui o Ensino fundamental, tem por finalidades desenvolver o educando, assegurar-lhe a formação comum para o exercício da cidadania e fornecer-lhe os meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores.
Portanto, as finalidades específicas da educação básica são quatro:
1. Desenvolver o educando: o educando não se desenvolve somente na escola; não são só as matérias do currículo que promovem o seu desenvolvimento. Mas a escola e todo o ambiente escolar têm uma responsabilidade importante nesse sentido que deve estar organizado de modo a favorecer o desenvolvimento do educando.
2. Assegurar a formação comum indispensável para o exercito da cidadania; nessa formação, está incluindo aspectos ao conhecimento dos materiais escolares e aspectos práticos, para que possa compreender a sociedade em que vive e participa ativamente na sua transformação.
3. Fornecer os meios para progredir no trabalho: compreender e criar situações que favoreçam o desenvolvimento da compreensão do espírito crítico em relação ao mundo do trabalho, além do treinamento para uma profissão. Adquirir consciência de seus direito e deveres, da importância da organização e da solidariedade para que se alcance melhores condições de trabalho.
4. Favorecer os meios para progredir em estudos posteriores: para que o aluno possa progredis naturalmente do ensino fundamental para o médio e deste para o superior, é preciso que haja uma efetiva articulação entre os níveis de ensino.
No artigo 32, a lei trata especificamente do objetivo do ensino fundamental, que é a formação básica dos cidadãos, a ser promovida mediante:
1. Desenvolvimento do educando: o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como os meios básicos o domínio da leitura e do cálculo.
2. Assegurar a formação comum: fornecer meios para progredir no trabalho e nos estudos.
3. Compreensão do ambiente natural e social: aquisição de conhecimentos e habilidades do sistema político, da tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade.
4. Formação de atitudes e valores: fortalecimento dos vínculos sociais, dos laços da solidariedade humana.
Num mundo em rápida transformação, os conteúdos também mudam rapidamente. E no lugar do sentimento de inferioridade, a escola deve estimular os alunos a desenvolverem a consciência da própria capacidade de aprender e transformar o mundo.
CONCLUSÃO
Todo sistema escolar é montado para cumprir uma função social. Cabe a sociedade estabelecer os objetivos a serem buscados, que são as expressões de anseios, dos valores e das tradições da própria sociedade.
Durante o período republicano, o ensino fundamental passou por várias reformas, dessas, as que mais foram discutidas pelo Congresso Nacional foi a lei nº 4024/61 e a lei nº 9394/96, ambas mencionam a obrigatoriedade do ensino na escola pública, no entanto, essa obrigatoriedade de não corresponder a qualidade aos recursos, incentivos nem a valorização dos docentes.
Percebe-se que há obrigatoriedade porque não se conseguiu viver alienados no que tange a construção de uma nação com indivíduos que saibam defender-se e conseguir sua colocação tanto no mundo da escrita quanto na profissionalização. Cabe á educação básica assegurar a base sólida para a aprendizagem futura.
Com finalidade, a educação no ensino fundamental prioriza formas de trabalhadores adaptáveis, capazes de adquirir novos conhecimentos sem dificuldades, atendendo à demanda da economia.
Para um ensino de qualidade, a sociedade deve estabelece os objetivos a serem buscados, mas as leis para o ensino, na sua maioria não tem sido discutidas nem levadas à conhecimento público. Muitas nem aprovadas pelo Congresso Nacional, pelos representantes da sociedade.
A escola precisa valorizar o que o aluno sabe fazer o que gosta de fazer, pois há obrigação de frequentar as aulas, aprendendo a aceitando positivamente o que lhes é imposto pelo professor. Mas para darmos ensino com qualidade, deveríamos aproveitar e ocupar-lhes de atividade culturais que lhe garantam uma formação contínua, muito além das matérias do currículo escolar e das salas de aula. Só a obrigatoriedade legal de frequência à escola não basta. Para que atinjam seus objetivos as atividades escolares devem incluir e valorizar o que os alunos aprendem fora da escola. Em lugar do sentimento de inferioridade, a escola deve estimular os alunos a desenvolver a consciência da própria capacidade de aprender a transformar o mundo.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
EVANGELISTA, Olinda; MORAES, Maria Célia M. de; SHIROMA, Eneida Oto. Política educacional. Rio de Janeiro: DP&A, 2000.
FREIRE, Paulo. Educação como prática da liberdade. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1967.
Lei Federal nº 9394 de 20/12/96
Manifesto Pioneiro da Educação Nova, 1932. Disponível em http://home.iis.com.br/~jbello//hermanif.htm.
MENDONÇA, Sonia. A industrialização brasileira. São Paulo: Moderna, 1995_ (Coleção Polêmica).
PILETTI, Nelson. Estrutura e funcionamento do ensino fundamental. 26 ed. Ática, 2002.
Santa Catarina, Secretaria de Estado Educação e do Desporte. Tempo de Aprender: Produção coletiva de educadores da rede pública estadual de ensino de Santa Catarina. Florianópolis: DIEF, 2000.
quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011
Oração do Professor
Senhor! Deste-me a vocação de ensinar e de ser professor.
É meu compromisso educar, comunicar e espalhar sementes, nas salas de aula da escola da vida.
Eu te agradeço pela missão que me confiaste e te ofereço os frutos do meu trabalho.
São grandes os desafios do mundo da educação, mas é gratificante ver os objetivos alcançados, na trajetória para um mundo melhor.
Quero celebrar a formação de cada aprendiz na felicidade de ter aberto um longo caminho.
Quero celebrar as minhas conquistas exaltando também o sofrimento que me fez crescer e evoluir.
Quero renovar cada dia a coragem de sempre recomeçar.
Senhor! Inspira-me na minha vocação de mestre e comunicador.
Dá-me paciência e humildade para servir, procurando compreender profundamente as pessoas que a mim confiaste.
Ilumina-me para exercer esta função com amor e carinho.
Obrigado meu Deus, pelo dom da vida e por fazer de mim um educador hoje e sempre.
Amém!
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