Ilha de Idílios
O escopo primordial do livro é o resgate do estilo literário “décimas do cancioneiro Ibero-português” do século XVI, muito utilizado por grandes poetas como Bernardim Ribeiro, Sá de Miranda e Camões, sendo elas largamente difundidas e declamadas no litoral de Santa Catarina por descendentes portugueses até 1950, – alvo igual teve o livro anterior do autor, Canoas Ventos e Mares. Como tal estilo referido está voltando à voga em terras lusitanas, aqui, Laerte o adota e procura contar a História e histórias da Ilha de Santa Catarina e outros casos e causos, utilizando essa vertente poética. Constam, em versos nessa obra, a história da fundação da Ilha e a faina na pesca de tainha nela, baseadas em textos escritos por Virgílio Várzea, grande escritor local. A obra traz ainda, dados dos antigos bares, carnavais, clubes, figuras humanas ilustres que marcaram épocas no lugar referido; exaltação à tradição e ao folclore desse povo, recintos, monumentos, praças e logradouros, bem como, canto, encanto e desencantos, tendo por tema o vento sul que encrespa os mares das baías e praias locais, para eriçar vegetações e cabeleiras, e levantar saias que “desavisadamente” desfilem na calmaria a ser surpreendidas pelo “sudunga”.
Há ainda, poemas
líricos, além de sonetos de amor e de temas diversos – muitos, homenageando
esta nossa ilha de idílios. Laerte Tavares, o autor, nasceu em praia catarinense
de armação baleeira, com cultura e tradição portuguesas que cultuavam cantigas,
trovas, canções e décimas do cancioneiro português - Armação do Itapocoróy, e
sendo neto materno de um poeta nato e declamador, Antônio Brígido de Souza, ele
assimilou poesia. Cursou engenharia, e debatendo-se com matérias áridas, nunca
deixou de compor seus poemas. Laerte se diz um engenheiro construtor de versos.
http://www.jinews.com.br/home/ver.php?id=266370
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