Paulo
quase não viu a senhora, com o carro parado no acostamento. Chovia forte e já
era noite. Percebeu que ela precisava de ajuda. Assim, parou seu carro e se
aproximou. O carro dela era bem novo, e a senhora pensou que pudesse se tratar de
um bandido.
Paulo
percebeu que ela estava com muito medo e disse:
-
Eu estou aqui para ajudá-la, senhora. Não se preocupe. Meu nome é Paulo e eu vou
trocar seu pneu furado.
Paulo
abaixou-se, colocou o macaco e levantou o carro. Logo, ele já estava trocando o
pneu. Ficou um tanto sujo e machucou, um pouco, uma das mãos.
Enquanto
Paulo apertava as porcas da roda, ela abriu a janela e começou a conversar com
ele.
Contou
que era de São Paulo e que só estava de passagem por ali, e que não sabia como
agradecer pela preciosa ajuda. Paulo apenas sorriu, enquanto se levantava. Ao
final, ela perguntou quanto lhe devia. Tinha imaginado tudo de ruim que poderia
ter acontecido, se Paulo não tivesse parado e ajudado. Paulo não pensava em
dinheiro, gostava de ajudar as pessoas. Era seu jeito, seu modo de viver. E
respondeu-lhe:
- Se quiser me pagar, da próxima vez que
encontrar alguém que precise de ajuda, dê para esta pessoa a ajuda de que ela
precisar, e lembre-se de mim.
Alguns
quilômetros depois, a senhora parou em um pequeno restaurante. A garçonete
trouxe-lhe uma toalha limpa para secar o cabelo molhado, e lhe dirigiu um
sorriso. A senhora notou que a garçonete estava quase no final da gravidez, e
que isso não mudou seu bom humor. Ficou surpresa com a gentileza de alguém que
tinha tão pouco, tratar tão bem a um estranho. Então, se lembrou do Paulo.
Depois
que terminou a sua refeição, e enquanto a garçonete buscava troco, a senhora se
retirou.
Quando
a garçonete voltou, queria saber onde a senhora estava, quando notou algo
escrito no guardanapo e, sob ele, 5 notas de R$ 100,00. Lágrimas encheram seus
olhos, quando leu o que a senhora escreveu. Dizia:
-
Você não me deve nada, eu já tenho o bastante. Alguém me ajudou hoje e, da
mesma forma, estou ajudando você. Se quiser me reembolsar por este dinheiro,
não deixe este círculo de amor terminar com você: ajude alguém.
Naquela
noite, quando a garçonete foi para casa e deitou-se na cama, seu marido já
estava dormindo. Ela ficou pensando no dinheiro e no que a senhora deixou
escrito. Como pode, aquela senhora, saber o quanto ela e o marido precisavam
daquele dinheiro? Ia ser gasto com coisas para o bebê que estava para nascer no
próximo mês. Ficou pensando na bênção que havia recebido. Agradeceu a Deus. Virou-se
para o marido que dormia ao lado, deu-lhe um beijo e sussurrou:
-
Tudo ficará bem. Eu te amo, Paulo. (O homem que trocou o pneu).
Pense nisso!
A VIDA É ASSIM, UM ESPELHO.
TUDO QUE VOCÊ TRANSMITE, VOLTA PARA VOCÊ.
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