A meia altura de uma árvore indeterminada, um pássaro invisível
empenhava-se em que fosse breve o dia, explorando com uma nota prolongada a
solidão circundante, mas recebia desta uma réplica tão unânime, um contragolpe
tão reduplicado de silêncio e imobilidade que dir-se-ia que ele acabava de
parar para sempre o instante que procurava fazer passar mais depressa.
Marcel Proust
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