É importante ressaltar que a atitude fundamental de maior ou menor proatividade pessoal não é inata, pode ser aprendida e modificada por cada um. As atitudes não são definitivas. Uns migram de uma atitude mais passiva para outra mais dinâmica, quando acham sentido novo no que fazem. Outros podem cansar-se de ser pró-ativos incompreendidos e se acomodam no convencional.
A mudança pode ser induzida, provocada, preparada. Quando há uma insistência
institucional maior, quando os gestores mantêm por muito tempo a atenção focada
na mudança ela acontece mais facilmente. Quando surge num ímpeto temporário,
sem o acompanhamento permanente, costuma provocar uma acomodação dos que não
estão motivados. Preferem voltar ao conforto do habitual. Em organizações
fragmentadas em grupos, nichos, onde não há diretrizes e modelos de gestão
convergentes, as mudanças são muito mais difíceis, porque dependem do
voluntarismo pessoal e grupal e não da gestão profissional convergente.
Vale a pena que, além de profissionalizar a gestão institucional, mostrar na
gestão pessoal que sendo pró-ativos conseguimos maior realização e ganhos
profissionais em reconhecimento e econômicos. Os proativos são mais
requisitados, porque trazem mais benefícios para a instituição, se souberem
também trabalhar em equipe. Muitos pensam que fazendo o previsível, já é
suficiente e é o melhor na relação custo-benefício. Há pouco incentivo para
mostrar que a mudança, que a atitude positiva, proativa traz uma realização
muito maior, principalmente a longo prazo. Para a mudança da mentalidade
acomodada de muitos gestores e educadores, é importante fazer uma divulgação
maior dos empreendedores, dos inovadores, dos proativos, dos que trazem
contribuições significativas para a instituição, para os alunos e também para
si mesmos.
Texto mais completo em www.eca.usp.br/prof/moran/profissionais.htm
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