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quarta-feira, 30 de novembro de 2022

Valorização do Corpo Humano

 Infinito enquanto dure

 

No contexto atual, é muito evidente a valorização do corpo humano. Formas físicas perfeitas e descobertas na medicina são constantemente divulgadas pelos meios de comunicação, que bombardeiam a população com essas informações. Ao contrário do que gostam de afirmar aqueles que têm posicionamentos radicais, essa estima não é negativa. Pode ser muito positivo valorizar o corpo, desde que isso venha atrelado ao apreço, também, pelo intelecto e pelo espiritual, pois essas noções se complementam. O problema é que muitos tendem ao exagero, e optam por somente um dos meios, como se fossem, então, excludentes. E a adoração somente ao corpo humano pode, enfim, ser perigosa.

Vive-se a realidade ocidental da cultura de massa, na qual a mídia divulga modelos a serem seguidos de acordo com a ilusão de plenitude proposta pelo consumismo desenfreado. Considerando que o belo é, constantemente, ligado ao caráter positivo da vida e à felicidade, sendo essa ideia vendida por celebridades sempre estonteantes e bem sucedidas, o homem comum busca o mesmo. Entretanto, a valorização do corpo em direção à perfeição física acarreta constantes frustrações com modelos e ideais inatingíveis pela maioria das pessoas. O que deveria trazer felicidade, assim, traz angústia e insatisfação.

Além disso, é importante apontar como esse processo é interessante para o capitalismo. A quantidade de dinheiro gasta com exames e procedimentos cirúrgicos e estéticos é enorme, o que movimenta a economia e gera capital. É notável, no entanto, que em um mundo com profundas desigualdades sociais, somente uma minoria tem acesso a essas possibilidades. Dessa forma, perpetua-se a ideia de que a riqueza está diretamente relacionada à plenitude, pois ela pode bancar a busca e obtenção do corpo perfeito, assim como artifícios caros e valorizados, como roupas, bolsas e acessórios, para enfeitá-lo.

Por fim, é vital perceber que a valorização do corpo humano não se liga somente à ideia de beleza. Vive-se uma era de constantes e profundos avanços em medicina e tecnologia. A busca incessante pela vida longa, e a estimada ideia da eterna juventude, acarretam cada vez mais pesquisas em torno da manutenção do corpo sempre jovem. Isso é importante, também, para que cada cidadão dê conta de viver em um mundo competitivo e atribulado, onde o mercado de trabalho é tão acirrado e falta tempo para o cumprimento de todas as atribuições. É necessário um corpo saudável para que se possa sobreviver ao dia a dia, e a busca da saúde maximiza o apreço pelo corpo humano.

Dessa forma, faz-se imprescindível uma reflexão maior sobre os benefícios e malefícios da valorização do corpo humano. Ao mesmo tempo em que é louvável a procura pelo bem estar, pois uma pessoa saudável é mais feliz, disposta, e pode trazer benefícios à sociedade, é preciso tomar cuidado com o fortalecimento da superficialidade, pois ao valorizar a perfeição do físico em detrimento do espiritual e do mental, incentiva-se a efemeridade leviana. Cabe aos meios educacionais priorizarem a conscientização em direção ao equilíbrio de valores. Não é necessário recriminar a busca da perfeição física, mas é preciso entender a transitoriedade da vida, para aproveitá-la em sua plenitude, juntando estética e saúde, bem estar físico e mental, sem exageros e em prol de um bem maior. O corpo não será imortal, posto que é matéria, mas pode ser infinito enquanto durar.

segunda-feira, 21 de novembro de 2022

Protagonismo juvenil

Adolescência, educação e participação democrática

                              

Uma educação com foco no potencial nos permite ver, pensar, sentir e agir em relação aos mais jovens a partir do que eles são e podem, mas nunca de suas carências e seus riscos.   

                            

   Segundo o art 2º da LDB diz: “A Educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.”

   Assim temos a liberdade como princípio na LDB e, em nossa proposta educativa, isso se traduz em formação para a autonomia, ou seja, para que o jovem seja capaz de fazer escolhas bem fundamentadas na vida e se autodeterminar. A LDB propõe ainda que a educação tenha como ideal a solidariedade e prepare para o exercício da cidadania, isso se traduz em nossa proposta educativa no jovem solidário, capaz de preocupar com o outro e de participar ativamente da sociedade. E, por último, a LDB propõe que a educação prepare para o trabalho, isso se traduz na ideia de jovem competente, ou seja, que leve suas competências para o mundo, inclusive para o mundo do trabalho.

Portanto apresentamos os três eixos indissociáveis neste trabalho:

 

EDUCAÇÃO PARA VALORES

 

Conduz à Autonomia: dá subsídios para que o jovem possa capacitar-se para tomada de decisões.

 

PROTAGONISMO JUVENIL

 

Conduz à solidariedade: estimula a participação do adolescente nos problemas concretos de sua comunidade.

 

 TRABALHABILIDADE

 

Conduz à competência no mundo do trabalho: auxilia o jovem a compreender o novo mundo do trabalho e as habilidades que precisa dominar para ingressar e permanecer nele.

 

 

O termo “protagonismo juvenil”

                                                                                                                    

Ø Origem grega

Ø Proto: O primeiro, o principal

Ø Agon: Luta

Ø Agoniste: Lutador

Ø Protagonista: O lutador principal (de uma contenda na Grécia antiga)

ü O ator principal (teatro)

ü O personagem principal

 

Aqui temos a origem da palavra protagonismo, para conceituar a palavra juventude não é tarefa fácil porquê:

 

Ø O conceito de juventude varia de acordo com o interesse específico de quem o maneja.

Ø O contexto econômico, social e cultural é outro fator de variabilidade do conceito.

Ø Há que se ter em conta a conceituação de que de si mesmos fazem os próprios jovens.

 

Quando falamos em protagonismo juvenil, que conceito de jovem estamos usando?  Que jovem é esse?

 

Ø Definições de Juventude

 

-       Critério cronológico (ONU) 15 a 24 anos

-       Definição clássica: trânsito entre a infância e a idade adulta.

-       Definições do mundo adulto são voltadas mais para o dever de ser do que para o ser.

-       Não existe um paradigma hegemônico para se definir juventude.

 

 JOVEM

“Adolescente é um ser que se procura e se experimenta”

(Paul Eugène Charbonneau)

 

Portanto vamos trabalhar, com este conceito, numa perspectiva pedagógica de educar para valores, de construção de autonomia e de protagonismo.

Experimentar é a pré-disposição natural do jovem de vivenciar, de incorporar os valores pela vivência. Assim ao contrário do que costumamos pensar, o jovem adolescente é um terreno forte para o trabalho com valores.

 

PROTAGONISMO JUVENIL

 

Conceito: método de ação social e educativa capaz de possibilitar ao jovem o desenvolvimento da sua cidadania, por meio de geração de espaços e situações propiciadoras da sua participação criativa, construtiva e solidária na solução de problemas reais na escola, na comunidade ou na vida social mais ampla.

 

 

Objetivo: contribuir para a formação de jovens capazes de exercer a cidadania plena, participando do encaminhamento e resolução de questões que dizem respeito ao bem comum de forma crítica, criativa, construtiva e solidária.

 

Então, os jovens protagonistas vão trabalhar numa dimensão da realidade ao seu redor para melhorá-la concretamente. É o jovem como solução ao exercer cidadania em favor do bem comum.

 

 FUNDAMENTOS BÁSICOS DO PROTAGONISMO JUVENIL

 

Ø O jovem é parte da solução e não pode ser considerado problema;

Ø Na ação social e educativa, o jovem é parceiro e interlocutor da equipe de educadores;

Ø É preciso apoiar nas forças e não nas fraquezas dos jovens;

Ø O jovem é fonte de iniciativa (ação) liberdade (opção) e compromisso (responsabilidade);

Ø A ação protagônica é um caminho para sair do conceito de participação e chegar à prática autêntica;

Ø Uma visão sistêmica do protagonismo juvenil tem a participação como base, cooperação como meio e a autonomia do jovem como fim;

Ø Uma ação social e educativa de qualidade ajuda o jovem a construir sua identidade e seu projeto de vida.                                                                

 

A participação como base;

A cooperação como meio;

A autonomia como fim.

 

JOVENS MOBILIZAÇÃO E PARTICIPAÇÃO


Falar em mobilização participação de jovens na escola implica em discutir algumas questões iniciais, como papel e a função da escola frente às demandas sociais, especialmente no tocante à formação de cidadãos.

A Escola que se quer, é integradora e faz parte do movimento interno da sociedade; discute o que acontece fora de seus muros com seus agentes; uma escola que saiba lidar com as diferenças levando os alunos a respeitá-la; que construa valores, como a tolerância e a solidariedade; que acolha os jovens de maneira a desenvolver sua autoestima. Uma escola que integra, acolhe e realiza, ao mesmo tempo, sua função de desenvolver competências e de construir conhecimentos experiências e crítica social, formando cidadãos. Tedesco (1998) afirma que um dos problemas mais sérios relativos à formação do cidadão atualmente corresponde ao “déficit de socialização”. Segundo o autor, a família e a escola estão perdendo capacidade para transmitir, com eficácia, valores e normas culturais de coesão social.

Falamos da participação dos alunos:

Uma ação protagonista pressupõe etapas a serem percorridas; isto é não alcança sua autonomia sem ter vivenciado algumas formas de relação com a escola.

 

ETAPAS DE UMA AÇÃO PROTAGÔNICA FORMAS DE RELAÇÃO EDUCADOR-EDUCANDO.

ETAPAS

DEPENDÊNCIA

 COLABORAÇÃO

AUTONOMIA

1.     Iniciativa da ação.

 

Iniciativa unilateral dos educadores.

Educadores e Educandos discutem a ação.

Iniciativa dos jovens

2.     Planejamento da ação.

Educadores planejam sem os jovens

Planejam juntos

Os jovens planejam a ação.

3.     Execução da Ação

 

 

Educadores executam e jovens recebem

Executam juntos

Os jovens executam junto o que foi planejado.

4.     Avaliação da Ação

Educadores avaliam os jovens.

Avaliam juntos

Os próprios jovens avaliam a ação.

5.     Apropriação dos resultados da ação.

Resultados apropriados pelos educadores.

Compartilham resultados.

Os jovens se apropriam do resultado.

                                                                                     Antonio Carlos Gomes da Costa (2000)

 

Se os objetivos da Educação é promover o desenvolvimento pessoal do aluno, todos os esforços no sentido de incentivar nas escolas ações que estimulem o desenvolvimento de sua autonomia e, muito a sua autonomia intelectual, devem ser realizados.

Por isso, é essencial que os alunos tenham voz (e vez) na escola, através da concepção e elaboração de projetos curriculares, da organização das atividades que levem a reflexão e busca de soluções de forma coletiva e compartilhada. A escola precisa não somente recuperar o significado do seu currículo para os alunos, mas suas formas de relacionamento, valorizando a criatividade e a ousadia que os jovens possuem.

Muitas são as competências construídas quando os alunos se mobilizam e têm espaço para participar do cotidiano da escola: saber ouvir e respeitar a opinião do outro, trabalhar em grupo, interagindo com o diferente, selecionar o que é significativo, aprender a aprender, experimentar, argumentar, criticar, tomar decisões.

Uma das maneiras de estimular sua participação é integrar à vivência escolar aspectos de suas culturas. É preciso que os jovens tenham identidade com a escola. Neste sentido, é necessário que ela conheça seus alunos e os novos padrões culturais dos jovens, articulando-os aos seus desenhos curriculares.

 

            “As significativas diversidades na cultura juvenil se apóiam em alguns elementos comuns: a importância do corpo, da música, de algumas formas personalizadas de religião, o predomínio da imagem, a empatia com a utilização das novas tecnologias, a importância fundamental da afetividade como dimensão das relações sociais e o predomínio do presente como dimensão temporal dominante.” Tedesco –2001.

 

          Mobilizar jovens a participarem ativamente da construção do seu conhecimento e da vida escolar é incentivá-los a redesenhar uma escola onde tenham voz para compartilhar seus sonhos, seu poder criativo e sua alegria. E isto é dever de todos que dela participam. É oportunizar sua capacidade de ser cidadão pleno, de poder intervir no mundo em que vivem e na reconstrução do contexto em que se encontram, atuando por uma sociedade mais justa, solidária e que aceita as diferenças, ampliando os espaços de construção coletiva.

 

O QUE SIGNIFICA PENSAR NO PROTAGONISMO DO PONTO DE VISTA DO CURRÍCULO?

 

Pode-se pensar em três perspectivas:

 

1.    Dimensão didática pedagógica, protagonismo significa garantir certa autonomia ao estudante nos próprios processos de aprendizagem. Trata-se de planejar o currículo, os programas e as aulas de forma a estimular e assegurar a participação do aluno na construção do seu próprio conhecimento, na definição de conteúdos, no desenvolvimento das aulas e no processo de avaliação.

2.    Dimensão social, significa integrar os conteúdos curriculares de forma a dar condições ao jovem de, a partir desse conhecimento integrado, interferir efetivamente na realidade, por meio de projetos interdisciplinares que prevejam ações sociais a serem desenvolvidas com a população.  O contato com a comunidade gera sociabilidade e favorece a solidariedade. A possibilidade de usar o que se aprende na escola, por sua vez, estimula o desejo de saber mais e, ao mesmo tempo, favorece o desenvolvimento de competências e habilidades que sirvam aos jovens uma inserção no mercado de trabalho.

3.    Dimensão Cultural: significa abrir espaço no currículo para a participação do jovem em atividades culturais, permitindo que ele interfira também na produção cultural. “Por meio da produção cultural realizada por grande parte dos grupos [juvenis], os jovens se colocam como produtores ativos. As músicas que criam, os shows que fazem e os eventos culturais que promovem são espaços de construção de autoestima, possibilitando a formação de identidades positivas”. (Juarez Dayrell).

 

O PAPEL DO EDUCADOR/MEDIADOR

                                                    

A adesão à perspectiva pedagógica do protagonismo juvenil vai muito além da assimilação pelo educador de algumas noções e conceitos sobre o tema. Antes de tudo, essa adesão deve traduzir-se em um compromisso de natureza ética entre o educador e o adolescente. O protagonismo deve ser vivido como participação do adolescente no ato criador de ação educativa em todas as etapas de sua evolução.

Além de um compromisso ético, a opção pelo desenvolvimento de propostas baseadas no protagonismo juvenil exige do educador uma clara vontade política no sentido de contribuir, através de seu trabalho, para a construção de uma sociedade que respeite os direitos de cidadania e aumente progressivamente os níveis de participação democrática de sua população.    

Mas a clareza conceitual, o compromisso ético e a vontade política só potencializam verdadeiramente sua ação quando o educador está comprometido em níveis que ultrapassam em profundidade o conhecimento do assunto, ou seja, quando ele está emocionalmente envolvido com a causa da dignidade plena do adolescente. Para que isso ocorra, o educador deve evitar posturas que inibam a participação plena dos jovens. Eis um pequeno elenco de posturas assumidas pelos adultos ao trabalhar com adolescentes.

        

1- anunciar aos jovens decisões já tomadas, reservando-lhes apenas o dever de acatar;

2- decidir previamente e depois tentar convencer o grupo a assumir a decisão tomada pelo educador, como se fora sua própria decisão.

3- apresentar uma proposta de decisão e convocar o grupo para discuti-la;

4- o educador apresenta o problema, colhe sugestões e decide com auxílio do grupo;

5- o educador estabelece os limites de determinada situação e solicita aos adolescentes que tomem decisões dentro desses limites;

6- o educador deixa a decisão a cargo do grupo, sem interferir no processo que a originou.

 

A evolução do trabalho com um grupo de adolescentes empenhados em decidir a partir de uma ação protagônica segue de modo geral as seguintes etapas:

 

- apresentação da situação problema de modo mais realista e desafiante possível. É necessário embasa-la em dados informações e objetivos.

- proposta de alternativa ou vias de solução deve-se procurar extrair do grupo o maior número de alternativas de solução para o problema apresentado.

- discussão das alternativas de solução apresentadas. O grupo deve estar consciente de que são ideias e não as pessoas que as apresentarem que estão em julgamento.

 

Em seu trabalho com jovens envolvidos na realização de ações protagônicas, cabe ao educador:

 

- ajudar o grupo a identificar situações-problema e a posicionar-se diante delas;

- empenhar-se para que o grupo não desanime nem se desvie dos objetivos propostos;

- favorecer o fortalecimento dos vínculos entre os membros do grupo;

- animar o grupo, não o deixando abater-se pelas dificuldades;

- zelar permanentemente para que a ação dos jovens seja compreendida e por todos os que com eles se relacionam no curso do processo;

- manter um clima de empenho e mobilização do grupo;

- colaborar na avaliação das ações desenvolvidas pelo grupo e na incorporação de suas conclusões nas etapas dos seguintes do trabalho.

 

O Educador deverá em seu trabalho:

 

- ter consciência de que a participação na solução de problemas reais da comunidade é fundamental para o desenvolvimento pessoas e social de um adolescente;

- conhecer os fundamentos, a dinâmica e a evolução do trabalho com grupos;

- compreender adequadamente o projeto e ser capaz de explicá-lo quando necessário;

- ter capacidade de administrar oscilações de comportamento entre os adolescentes, como conflitos, passividade, indiferença, agressividade e destrutibilidade;

- ser capaz de conter-se para proporcionar aos educandos a oportunidade de pensar e agir livremente;

- respeitar a identidade, o dinamismo e a dignidade de cada um dos membros do grupo;

 

 PROTAGONISMO JUVENIL: EXISTEM AÇÕES  EM SUA ESCOLA?

 

1-    Roteiro de Investigação.

 

 A.   Retomar o projeto político-pedagógico da escola, procurando identificar ações que sejam de fato orientadas pelo princípio do protagonismo juvenil. Observar:

 

·      o tipo de participação dos alunos nos projetos desenvolvidos nas disciplinas;

·      o tipo de participação dos alunos nos conselhos de escola  e de classe;

·      o tipo de participação dos alunos nos momentos de avaliação;

·      até que ponto a metodologia de trabalho adotada pela maioria dos professores  permite a participação do aluno nas ações pedagógicas;

·      em que medida os interesses e as necessidades do aluno e as expectativas da comunidade escolar são considerados na definição das ações educativas;

·      se existem ações educativas que acolhem as culturas juvenis;

·      se estão previstas ações educativas que acolhem as culturas juvenis;

·      se estão previstas ações educativas para serem planejadas, desenvolvidas e avaliadas pelos alunos;

·      se existem projetos sociais e culturais voltados para a comunidade para serem planejados, desenvolvidos e avaliados pelos alunos.

 

B.   Observar nas ações cotidianas da escola:

 

o    Se existem canais de comunicação para que os alunos se manifestem, dando sugestões, relatando problemas ou sugerindo soluções, a respeito de questões cotidianas;

o   O tipo de tratamento dado aos alunos pelos diferentes profissionais que atuam na escola;

o   Como o aluno participa das decisões sobre a utilização do espaço escolar;

o   Qual atuação da equipe escolar para garantir a existência de espaços específicos de participação dos alunos- por exemplo, um grêmio;

o   O modo pelo qual as culturas juvenis são aceitas e promovidas no espaço escolar.

 

 

 “Na relação educativa não se ensina somente aquilo que se sabe e que se quer ensinar. Ensina-se aquilo que se é. O propósito do ato de educar é – a partir do que somos, sabemos e aspiramos – exercer sobre o outro uma influência verdadeiramente construtiva.”

                                                                             Antonio Carlos Gomes da Costa.

 

Bibliografia:

 

1-    COSTA, Antônio Carlos Gomes da – Protagonismo juvenil: adolescência, educação e participação democrática. Salvador: Fundação Odebrecht, 2000. 

2-    SUPERAÇÃO JOVEM – Fio Condutor para a Formação de Educadores. Instituto Ayrton Senna.