Era comum os poetas árcades adotarem a pastora (musa) como Pseudônimo em seus poemas. E o nome Marília foi muito usado
pelos poetas portugueses. Na mesma época Manoel de Bocage usou Marília, mas de forma mais
depravada, (satírica). Em 1573 o poeta Antônio Ferreira tem sua Marília como opção de Amarílis do poeta romano
Virgílio (anos
70 AC.) na sua poesia.
(Arcádia - clube
literário português em que se destaca as paixões pela natureza)
Assim, Thomas Antônio Gonzaga (1744-1810). Enquanto estava preso no Brasil, produziu Marília de Dirceu, o
mais belo romance colonial brasileiro, publicado em Lisboa, em 1792, ano em que
Gonzaga partira para o exílio em Moçambique, relatando seu amor pela brasileira Maria Dorothea Joaquina de
Seixas, de quem fora noivo por dois anos. Mulher,
cuja mítica beleza
inspirou o poeta inconfidente a escrever uma das mais importantes obras literária: Marília de Dirceu. Sua
história
ocorrida em Vila Rica, capital de Minas Gerais, durante o final do século dezoito, teve
como pano de fundo a Inconfidência Mineira.
Na África trabalha como advogado e hospeda-se em casa de abastado comerciante
de escravos, vindo a se casar em 1793 com a filha dele, Juliana de Sousa
Mascarenhas (“pessoa de muitos dotes e poucas letras”), com quem teve dois
filhos: Ana Mascarenhas Gonzaga e Alexandre Mascarenhas Gonzaga, vivendo depois
disso, durante quinze anos, rico e considerado, até morrer em 1810.
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