Algumas considerações sobre a data: Carnaval
Calendários variam conforme países e culturas. O ritmo que surgiu na Bahia e se sedimentou no Rio de Janeiro espalhou-se Brasil afora. Sendo assim, o samba tornou-se o gênero símbolo do Carnaval brasileiro.
O Rio de Janeiro de antigamente
No início do século 20, nas principais cidades brasileiras, a festa se dividia entre o Carnaval de elite e o popular. No primeiro havia corsos (desfiles de carruagens) e desfiles das sociedades carnavalescas, com carros alegóricos e bandas que tocavam marchas e até trechos de ópera. No outro predominavam blocos, cordões e ranchos, onde se ouvia chulas e lundus, ritmos populares que deram origem ao maxixe e ao samba.
Carro alegórico em 1907
O corso reunia famílias mais abastadas que saíam com
amigos e convidados em desfile com seus carros, fantasiados de pierrôs1, colombinas ou marinheiros, travando batalhas de
confete e serpentina. Muitas vezes iam acompanhados de bandas tocando marchas.
Ainda na metade do século 19 surgiram no Rio de Janeiro as sociedades
carnavalescas, formadas por brancos da classe média e aristocratas que se
reuniam para discutir negócios, jogar cartas, beber e organizar o carnaval.
Na literatura brasileira – em livros de José de Alencar, Júlio Ribeiro entre outros – há inúmeras descrições a revelar que nas rodas de danças de negros da área rural, se criava um intercâmbio cultural provocado por aquela proximidade física das famílias brancas dos proprietários com seus escravos e colonos.
O carnaval de nossa gente, era o carnaval de antigamenteA Vida Como A Vida Quer
Para saber mais sobre ritmos e gêneros do Carnaval brasileiro, leia e ouça uma reportagem especial sobre marchinhas, com a temática Crônica Social em Forma de Música, publicada no site da Câmara dos Deputados.
1 Personagem sentimental da antiga comédia italiana que passou para o antigo teatro francês.
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