Luís Vaz de Camões foi um poeta
português, nascido em Coimbra ou Lisboa, não se sabe o local exato nem o ano de
seu nascimento, supõe-se por volta de 1524, e morreu em Lisboa, Portugal, no
dia 10 de junho 1580, na mais absoluta pobreza. Ingressou no Exército da Coroa
de Portugal e em 1547, embarcou como soldado para a África, onde participou da
guerra contra os Celtas, no Marrocos, e em combate perde o olho direito.
Autor do poema “Os Lusíadas”, uma das
obras mais importantes da literatura portuguesa, que celebra os feitos
marítimos e guerreiros de Portugal. É o maior representante do Classicismo
português.
Camões é o poeta erudito do
Renascimento, se inspira em canções ou trovas populares e escreve poesias que
lembram as cantigas medievais. Revela em seus poemas uma sensibilidade para os
dramas humanos, amorosos ou existenciais. A maior parte da obra lírica de
Camões é composta de sonetos e redondilhas, de uma perfeição geométrica, sem
abuso de artifícios, tudo parece estar no lugar correto.
No século XVI, em todos os reinos
católicos, os livros deveriam ter a aprovação da Inquisição para serem
publicados. Isso ocorreu com “Os Lusíadas”, conforme texto de frei Bartolomeu,
onde comenta as características da obra e ressalva que a presença de deuses
pagãos não devem preocupar porque não passa de recurso poético do autor.
Em 1552, de volta à Lisboa frequentou
tanto os serões da nobreza como as noitadas populares. Numa briga, feriu um
funcionário real e foi preso. Embarcou para a Índia em 1553, onde participou de
várias expedições militares. Em 1556, foi para a China, também em várias
expedições. Em 1570, voltou para Lisboa, já com os manuscritos do poema “Os
Lusíadas”, que foi publicado em 1572, com a ajuda do rei D. Sebastião.
O poema “Os Lusíadas”, funde elementos
épicos e líricos e sintetiza as principais marcas do Renascimento português: o
humanismo e as expedições ultramarinas. Inspirado em A Eneida de Virgílio, narra
fatos heroicos da história de Portugal, em particular a descoberta do caminho
marítimo para as Índias por Vasco da Gama. No poema, Camões mescla fatos da
História Portuguesa à intrigas dos deuses gregos, que procuram ajudar ou
atrapalhar o navegador.
Um aspecto que diferencia Os Lusíadas
das antigas epopeias clássicas é a presença de episódios líricos, sem nenhuma
relação com o tema central que é a viagem de Vasco da Gama. Entre os episódios,
destaca-se o assassinato de Inês de Castro, em 1355, pelos ministros do rei D.
Afonso IV de Borgonha, pai de D. Pedro, seu amante.
Uma das amadas de Camões foi a jovem
chinesa Dinamene, que morreu afogada em um naufrágio na viagem de volta a
Portugal, num naufrágio na costa da Conchinchina (no Vietnã). Diz a lenda que
Camões conseguiu salvar o manuscrito de Os Lusíadas, segurando com uma das mãos
e nadando com a outra (noutra versão carregava o material à boca). Camões
escreve vários sonetos lamentando a morte da amada. O mais famoso é “A Saudade
do Ser Amado”. Camões deixou além de “Os Lusíadas”, um conjunto de poesias
líricas, entre elas, “Os Efeitos Contraditórios do Amor" e “O Desconcerto
do Mundo”, e as comédias “El-Rei Seleuco”, “Filodemo” e “Anfitriões”.
Gruta de Camões – uma espécie de nicho
formada por três grandes rochedos facetados, sendo dois colocados verticalmente
e o terceiro servindo de teto. Atualmente não apresenta as suas primitivas
características, alteradas pelas modificações introduzidas para o melhorar, mas
que a fizeram perder a sua beleza natural. Conta a história que foi na Gruta,
em Macau que Camões se refugiou para escrever parte d’Os Lusíadas.
Na obra de Camões, a língua portuguesa
passou a expressar sentimentos, sensações, fatos e ideias de uma forma que até
então não fora alcançada por ninguém. Sua posição de destaque entre os poetas
portugueses de seu tempo é devida também ao fato de em sua obra estarem
presentes tanto o humanismo como a expansão ultramarina, isto é, os dois
elementos que caracterizaram o Renascimento português.
Fonte: http://www.e-biografias.net/luis_camoes/
Fonte: http://www.e-biografias.net/luis_camoes/
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