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sábado, 2 de abril de 2022

Conheça os vícios de linguagem mais comuns e veja como evitá-los

by clubedafala



A fala no ambiente corporativo deve ser direta e precisa, mas alguns equívocos são bem comuns e acabam prejudicando a imagem profissional e a comunicação. Por isso, é essencial que identificar se esta realidade faz parte da sua vida para modificá-la.

 

Além disso, a boa oratória é fundamental em eventos, como reuniões e palestras; portanto, essa competência deve ser obrigatória para os profissionais de excelência. Afinal, falar tem sido um dos requisitos mais importantes em todas as áreas de atuação.

 

Percebe, por isso, a importância de eliminarmos esse mau costume da nossa vida? Sim, se existem vícios de linguagem, é certo que há lacunas em você que precisam de ajuda especializada, pois isso não é um ponto que pode ser deixado de lado, ainda mais se estamos falando de crescimento profissional.

 

A importância do Português correto

 

Credibilidade, confiança, motivação, entre outros, são alguns dos vários benefícios do bom uso do Português para palestrantes e também para todos os profissionais, de modo geral. É ótimo falar em público com naturalidade, sem repetições inadequadas, transmitindo uma imagem positiva sobre o tema.

 

E aqui vai um alerta curioso: provavelmente você fará palestras e falará para muitas pessoas que são profissionais que conhecem a Oratória e dominam a Língua Portuguesa. Em casos de repetições em finais de frases, como “né”, “tá”, “ok” e outras, você passará uma imagem de insegurança.

 

Outro aspecto importante é transmitir uma afirmação e não hipóteses. Dessa forma, você deve evitar determinadas expressões, como: “eu acho”, “talvez”, “gostaria” etc. Em vez disso, é importante utilizar expressões afirmativas e imperativas que passam a sensação de domínio sobre o tema abordado.

 

O fim de tudo isso deve ser a exata transmissão da mensagem. Afinal de contas, o que aconteceria se, ao final da palestra, ninguém compreendesse o que foi dito ou conseguisse se conectar com o palestrante? Certamente, esse seria um evento frustrado. Percebe o mal que os vícios de linguagem causam?

 

 

Os vícios comuns

 

Um passo fundamental para um Português agradável, sem colocações monótonas e repetitivas é evitar os principais vícios de linguagem que ferem a boa oratória. Confira agora os mais comuns e aprenda como escapar deles, criando discursos que te destacarão positivamente.

 

1 – Barbarismo

 

Pode soar “bárbaro” para quem domina a Língua Portuguesa, mas a verdade é que muitas palavras são colocadas de maneira equivocada. Isso é muito comum em palavras parônimas, que possuem a escrita e também a pronúncia semelhantes, mas um significado diferente. Veja alguns exemplos:

 

• Eminente (algo ou alguém muito importante) é diferente de iminente (algo que está prestes a acontecer);

• Dirigente (pessoa de comando, líder) não é o mesmo que diligente (pessoa aplicada, rápida);

• Retificar (correção ou emenda de algo) nada tem a ver com ratificar (confirmação ou comprovação de algo).

• Outro exemplo de construção equivocada seria: “os temas estão descriminados no folder”. O correto seria dizer que “os temas estão discriminados no folder”. Enquanto o primeiro vocábulo se refere a inocentar alguém ou retirar a culpa, o segundo indica descrição de algo.

 

2 – Estrangeirismo

 

Outro erro bastante comum é o uso exagerado de palavras estrangeiras, como show, delivery, stress, entre outras. E não se trata apenas de repetição; em casos de termos técnicos não dominados, o palestrante pode passar uma imagem de inteiro desconhecimento sobre o assunto. Isso é péssimo!

 

A proposta deve ser sempre de uma linguagem mais próxima da Língua Portuguesa e com explicações detalhadas em menções de termos estrangeiros. Dessa forma, o palestrante não perde a conexão com o seu público por uma má informação ou uma linguagem inadequada.

 

Sendo assim, é preciso ter em mente que os termos estrangeiros são mais bem aceitos em públicos mais técnicos, que já pratiquem esse tipo de linguagem e utilizem-na para facilitar o entendimento de rotinas de trabalho mais complexas. Fora isso, o ideal é evitar o estrangeirismo exagerado.

 

3 – Redundância

 

Esse é mais um exemplo de vícios de linguagem que acontece de forma bem sutil e, muitas vezes, passa despercebido pelas pessoas. São construções internalizadas na fala comum e que refletem uma repetição desnecessária de ideias. Veja alguns exemplos que costumamos encontrar no dia a dia:

 

• “Elo de ligação”;

• “Surpresa inesperada”;

• “Ambos os dois”;

• “Panorama geral”;

• “Pequenos detalhes”.

 

A melhor forma de evitar redundâncias é construindo frases que primem por concisão, objetividade e brevidade. A ideia é eliminar o excesso e a repetição de pensamento em uma mesma fala. Por isso, não se esqueça: quanto mais simples e direto, menos chance de se equivocar no seu discurso.

 

4 – Gerundismo

 

Essa nomenclatura provém do uso inadequado do gerúndio. O vício já é conhecido como bastante irritante em atendimentos de telemarketing e você já deve ter vivenciado esse ponto em vários momentos. Veja algumas das construções mais entediantes e desagradáveis:

 

• “Eu vou estar passando sua solicitação para o setor de cancelamento”;

• “Vamos estar fazendo a transferência”;

• “Vou estar te ajudando“.

 

Todas essas construções refletem o uso inadequado do gerúndio, que deve passar uma compreensão de continuidade sobre algo. Só quando há esse tipo de ocorrência que o uso é apropriado. Em todas as outras situações, prefira a forma conjugada ou no infinitivo.

 

5 – Ambiguidade

 

Quando o vício é a ambiguidade, a comunicação sofre duplo sentido e confunde a compreensão sobre o que realmente deveria ser transmitido. É preciso determinar com exatidão “a quem” e “ao que” está se referindo. Veja alguns exemplos comuns:

 

• Uso inadequado de pronome possessivo: “Marta pediu a André que pegasse seu tablet” (o tablet é de Marta ou de André?). Prefira “Marta pediu a André que pegasse o tablet dela (ou o dele)”.

• Uso indevido de formas nominais: “Vi o Paulo andando” (quem estava andando: eu ou o Paulo?). Prefira: “Vi o Paulo, que estava andando“ ou “Eu, quando estava andando, vi o Paulo”.

 

6 – Cacofonia

 


A palavra é originária do grego e significa som ruim. Ou seja, é um vício muito desagradável que causa uma péssima sensação no seu público. Geralmente, acontece na junção de sons entre palavras e causa sentidos inconvenientes ou mesmo obscenos. Veja alguns exemplos:

 

• “A boca dela era pequena” – (cadela);

• “Faça por cada um” – (porcada);

• “Ela tinha muita competência” – (latinha).

 

7 – Pleonasmo

 

Apesar de semelhante à redundância, pode reforçar uma ideia em construções escritas; porém, em falas, causa má impressão e irrita a audição. O objetivo é evitar repetições desnecessárias que prejudicam bastante a qualidade e o entendimento a respeito do nosso discurso. Veja alguns exemplos:

 

• “Salve-se a si mesmo”;

• “Entre para dentro”;

• “Suba para cima”.

 

8 – Neologismo

 

O neologismo está relacionado a termos que ainda não foram incorporados à norma culta da Língua Portuguesa. O vício acontece a partir de lacunas sobre novos conceitos. Não caia no erro de pensar que todas as pessoas vão entender o significado simplesmente porque “está na moda”. Veja exemplos:

 

• “Shippar”;

• “Internetês”;

• “Googlar”.

 

9 – Preciosismo

 

Outra construção bem chata é feita por meio de preciosismos, ou seja, quando o orador explora muitos termos rebuscados, pensando que isso contribui para a beleza da fala. Ao contrário disso, causa constrangimentos e má interpretação de várias partes do seu discurso. Alguns exemplos são:

 

• “Deveras”;

• “Destarte”;

• “Rejubilante”.

 

10 – Plebeísmo

 

Esse é mais um dos vícios de linguagem que não funciona para palestrantes profissionais. Esse tipo de problema ocorre quando há excesso de gírias ou expressões populares, transformando o discurso formal em uma conversa informal entre amigos. Veja só alguns exemplos:

 

• “Tá ligado”;

• “Bagulho”;

• “Bolado”.

 

A oratória em apresentações e palestras

 

Bom, agora que você já percebeu que existem muitos vícios de linguagem, sabe como podemos evitá-los de forma inteligente? Você vai precisar seguir algumas dicas para construir uma boa fala. Acompanhe, então, algumas práticas simples de aprimoramento:

 

• Grave suas apresentações e analise a formação sonora, identificando falhas;

• Fique principalmente na transmissão da mensagem, simplificando, ao máximo, a fala;

• Evite repetições;

• Melhore a dicção;

• Trabalhe a projeção de voz

 

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