Segundo a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) “um planejamento com foco na equidade também exige um claro compromisso de reverter a situação de exclusão histórica que marginaliza grupos” (BRASIL, 2017, p.15). No Brasil, na América Latina e em muitas outras partes do mundo, as populações que ocupavam estes espaços originalmente foram violentadas durante os processos de expansão territorial dos colonizadores.
Ailton Krenak conta que “Essas pessoas foram arrancadas de seus coletivos, de seus lugares de origem, e jogadas nesse liquidificador chamado humanidade. Se as pessoas não tiverem vínculos profundos com sua memória ancestral, com as referências que dão sustentação a uma identidade, vão ficar loucas neste mundo maluco que compartilhamos”. (KRENAK, Ideias para adiar o fim do mundo, 2019, p. 14)
Dia 9 de agosto é o Dia Internacional dos Povos Indígenas. A data escolhida pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e a Cultura (UNESCO) em 1994 faz alusão à primeira reunião do Grupo de Trabalho das Nações Unidas sobre as Populações Indígenas, realizada em Genebra em 1982.
Logo após esse marco, em 2007, foi aprovada a Declaração sobre os Direitos dos Povos Indígenas, documento que estipula padrões mínimos universais para a dignidade humana dessa população. Dentre as reivindicações do documento, destaca-se a inserção dos indígenas na Declaração Internacional dos Direitos Humanos, a inibição de remoção dos indígenas de seus territórios, o direito à autodeterminação, a garantia e a preservação da integridade física e cultural dos povos indígenas, e o direito à utilização, educação e divulgação dos seus idiomas próprios.
Além da comemoração, a data nos aponta para a luta dos povos indígenas por visibilidade social, direitos básicos e dignidade humana, e para a necessidade de, ao nos comprometermos com uma luta antirracista, também falarmos do racismo estrutural sofrido por essa população.
Entendendo a leitura, a mediação de leitura e um debate de qualidade como fundamentais para o contato com a diversidade e a construção de estruturas mais justas e democráticas baseadas em uma real equidade, sugerem-se alguns títulos da Editora Companhia das Letras que trazem questões relacionadas às culturas indígenas:
Ensino fundamental – Anos Iniciais
Vó coruja
O mundo de Tainá
Aldeias, palavras e mundos indígenas
Histórias de índio
Uma amizade (im)possível
Histórias do Xingu
Qual é o seu Norte? – Viagem pelo Brasil
Menina Japinim
Naná descobre o céu
Ensino fundamental – Anos iniciais e finais
Diário de Pilar na Amazônia
Nós: uma antologia de literatura indígena
Ensino fundamental – Anos finais
Contos e lendas da Amazônia
Ensino fundamental – Anos finais e Ensino médio
Índios no Brasil: história, direitos e cidadania
Artes indígenas
Ideias para adiar o fim do mundo
Histórias indígenas dos tempos antigos
A majestade do Xingu
Ensino médio
Rio acima
A vida não é útil
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