Hoje o Brasil completa 200 anos de independência. A data relembra a ocasião em que o então príncipe regente d. Pedro declara o rompimento político com Portugal, em 07 de setembro de 1822. Ao receber, às margens do rio Ipiranga, em São Paulo, informes sobre as exigências das Cortes portuguesas, d. Pedro teria proferido sua famosa declaração: “independência ou morte”.
No entanto, a emancipação política brasileira deve ser compreendida não como um acontecimento isolado, mas como um processo, pontuado por eventos ocorridos antes e depois do “Grito do Ipiranga”, e não necessariamente tendo d. Pedro como principal agente.
A vinda da família real para o Brasil, em 1808, foi um fator fundamental, assim como a elevação do Brasil à categoria de Reino Unido a Portugal e Algarves, em 1815. Em 1822, podemos citar o “Cumpra-se”, em maio, determinando que as ordens vindas de Portugal só teriam validade se aprovadas pelo príncipe regente; e a sessão extraordinária do Conselho de Estado, em 2 de setembro, presidida pela princesa regente Leopoldina, em que foi decidida por unanimidade a separação de Portugal. No período posterior, devemos lembrar a aclamação de d. Pedro I como imperador do Brasil, em 12 de outubro de 1822, e o reconhecimento da independência brasileira por parte de Portugal, em 29 de agosto de 1825.
Além disso, o processo de independência incluiu conflitos armados em algumas províncias. Nas chamadas guerras de independência, se confrontavam aqueles que defendiam a separação e grupos leais a Portugal.
O fato é que o Sete de Setembro foi cristalizado como marco definidor da independência e escolhido para comemorar o “Dia da Pátria”. Neste post, podemos ver um filmete governamental de 1979 que contém uma cena do filme “Independência ou Morte”, de 1972. As imagens mostram d. Pedro I, interpretado pelo ator Tarcísio Meira, no momento do “Grito do Ipiranga”.
No vídeo, filmete institucional celebrando o Dia da Pátria, 1979. Arquivo Nacional. Fundo Agência Nacional.
**Fonte: ArquivoNacional
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