Corpus Christi em latim significa Corpo de Cristo – “Festa
de Guarda”. Evento com bases na tradição católica que se realiza na
quinta-feira após ao domingo da Santíssima Trindade, que, por sua vez, acontece
no domingo seguinte ao de Pentecostes.
A origem da Solenidade do Corpo e Sangue de Cristo remonta ao século XIII. Naquela época o papa Urbano IV, cônego Tiago Pantaleão de Troyes, arcediago do Cabido Diocesano de Liège, na Bélgica,
recebeu o segredo da freira agostiniana Juliana
de Mont Cornillon, a qual
afirmava ter tido visões de Cristo demonstrando desejo de que o mistério da
Eucaristia fosse celebrado com destaque.
Por volta de 1264, na comuna italiana de Bolsena –
província de Viterbo próxima Orvieto (onde o já então papa Urbano IV tinha sua
corte), ocorreu o Milagre de Bolsena, em que um sacerdote celebrante da Santa
Missa, no momento de partir a Sagrada Hóstia, teria visto sair dela sangue, que
empapou o corporal (pano onde se apoiam o cálice e a patena durante a Missa).
Assim então, o papa determinou que tais objetos
milagrosos fossem trazidos a Orvieto em grande procissão em 19 de junho de
1264, sendo recebidos solenemente por Sua Santidade e levados para a Catedral
de Santa Prisca. Sendo esta a primeira procissão do Corporal Eucarístico de que
se tem notícia. A partir daí, Corpus Christi foi oficialmente instituída por
Urbano IV com a publicação da bula Transiturus em 8 de setembro de 1264.
"Celebrar a festa do Corpo e Sangue de Cristo é vivermos o sentido profundo de seu gesto supremo de amor, de entrega e doação. É anunciar a morte do Senhor, vivendo o morrer para nós mesmos para doar-nos aos outros em solidariedade e misericórdia. É impossível comungar com Jesus, sem comungar com o corpo, com a vida, com as alegrias e as tristezas, as angústias e as esperanças dos irmãos e irmãs. Engolir a hóstia, sem comungar com o corpo de Cristo que é a comunidade cristã e sem fazer comunhão com os irmãos, especialmente mais necessitados, não passa de um rito formal, vazio e anticristão. Ser Eucaristia inclui partilharmos nossos dons e nosso ser, superando a insensibilidade, a indiferença e o fechamento em torno do mundinho do nosso eu e de cada família".
Pe. Ivo Pedro Oro
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