Em cerca de 2500
a.C., os gregos realizavam festivais esportivos em honra a Zeus no santuário de
Olímpia – o que originou o termo olimpíada. O evento era tão importante que
interrompia até as guerras. Os nomes dos vencedores das competições começam a
ser registrados a partir de 776 a.C. Participavam apenas os cidadãos livres,
disputando provas de atletismo, luta, boxe, corrida de cavalo e pentatlo (que
incluía luta, corrida, salto em distância, arremesso de dardo e de disco). Os vencedores
recebiam uma coroa de louros.
Mais tarde, os
atletas se profissionalizam e passam a receber prêmios em dinheiro. As
Olimpíadas perdem prestígio com o domínio romano na Grécia, no século II a.C.
Em 392, o imperador Teodósio I converte-se ao cristianismo e proíbe todas as
festas pagãs, inclusive as Olimpíadas.
A versão moderna
dos festivais esportivos gregos é realizada, pela primeira vez, em 1896, em
Atenas, por iniciativa do francês Pierre de Fredy (1863-1937), o barão de
Coubertin. Participam 285 atletas de 13 países, disputando provas de atletismo,
ciclismo, esgrima, ginástica, halterofilismo, luta livre, natação e tênis. Os
vencedores são premiados com medalha de ouro e ramo de oliveira. Adota-se o
termo "olimpíadas", no plural, pois na competição cada modalidade é
encarada como uma olimpíada em separado.
Nas Olimpíadas
seguintes, realizadas em Paris, em 1900, a falta de infraestrutura e de
divulgação tornam os Jogos um fracasso. Em 1904, as Olimpíadas de Saint Louis
chegam a durar quase cinco meses.
História das
Olimpíadas: Deuses e Homens
Uma delas diz
que Hércules, filho de Zeus, o deus supremo, matou um homem em um dia difícil,
por um motivo bobo. Arrependido, ele criou as Olimpíadas para pedir desculpas
ao pai e aos outros deuses.
Na verdade, os
gregos inventaram os jogos para exibir suas habilidades e agradar aos deuses do
Olimpo, um monte sagrado que era a morada das antigas divindades gregas.
Criaram então quatro grandes festas, das quais as Olímpias - que aconteciam na
cidade de Olímpia, onde havia um templo dedicado a Zeus - eram as mais
importantes. O primeiro registro desses jogos é de 776 a.C. (antes de Cristo).
Os gregos foram
impedidos de continuar a festa quando os romanos dominaram a Europa, por volta
do século II antes de Cristo.
Os implicantes romanos achavam que as Olimpíadas não
tinham a menor importância e que os gregos deviam trabalhar para eles... como
escravos!
Os jogos
entraram em decadência, até que um imperador mandou derrubar os templos e o
estádio de Olímpia.
A origem dos
Jogos e espetáculos atléticos remontam ao terceiro milênio a.C.
No Egito a
atividade desportiva era praticada por todas as classes sociais, tendo o
atletismo o objetivo de espetáculo popular, que se aproximava um pouco do circo
moderno, e os exercícios atléticos estavam ligados a um conjunto de práticas sócio
religiosas.
Nas Ilhas do Mar
Egeu e Creta o espírito atlético surge por volta dos anos 1500 a.C. De entre os
Jogos mais praticados salientam-se a acrobacia, o boxe, a luta, o volteio na
corda bamba acima de um touro. Estes Jogos tinham lugar num recinto preparado
para o efeito - uma arena, e estas provas atléticas estavam também relacionadas
com cerimônias religiosas.
Em Micenas o
atletismo teve uma grande amplitude, desenvolvendo-se variadas manifestações
desportivas quer por ocasião de festas religiosas em honra de um deus quer nas
cerimônias dedicadas a um herói morto. Os Micênicos criaram novos jogos, como a
corrida a pé e as corridas de carros. É com estes jogos que surge a noção de
competição.
É na Era
Homérica e pós-Homérica que o desporto se instala nos hábitos de vida das
pessoas. Os exercícios que tinham aplicação militar foram objeto de verdadeiras
provas entre os concorrentes. A sociedade tinha em alta estima o atletismo e os
atletas e o desporto determinou o nascimento de uma aristocracia - somente os
melhores participavam nas competições. Para Homero, o herói ideal possuía força
física e mental, era inteligente, bravo e possuidor de caráter. Os Jogos eram
organizados visando o simples prazer do esforço físico, da proeza e da vitória.
A prática
desportiva tornou-se parte integrante na educação grega em que o ideal a
alcançar era o homem belo e nobre (Kalos Kagatos), o homem consumado ou
perfeito referenciado por Sófocles, Platão e Xenofonte. Surge nesta altura a ideia
de se alcançar um equilíbrio harmonioso entre o corpo e o espírito, e a música,
o canto e a dança constituíram também complementos da formação do adolescente.
Os primeiros ginásios surgem em Atenas no séc. sexto.
Na maioria das
religiões da Antiguidade o mundo terrestre é uma representação do cosmos. Assim
sendo, os homens da Grécia criaram os heróis e deuses da sua mitologia com as
características, atitudes e atividades próprias da natureza humana e os
encontros atléticos foram projetados para um plano divino e às competições
desportivas foi dada uma feição sagrada.
Jogos Olímpicos
da Era Moderna
Em 1886 o barão
Pierre de Coubertin escreve os primeiros artigos sobre a educação desportiva,
com o desejo de desenvolvimento do movimento desportivo nos liceus e colégios
de França.
Em 1889 sonha com o restabelecimento dos Jogos.
Em 1894 convoca
um congresso em Paris, do qual resultou a fundação do Comitê Olímpico
Internacional (COI), e a revitalização dos Jogos Olímpicos "adaptados à
Era Moderna, ajustando-se à antiguidade clássica e com base
internacional".
Os primeiros
Jogos Olímpicos da Era Moderna tiveram lugar em Atenas, em 1896, celebrando-se,
desde então, de 4 em 4 anos, com interrupções em 1916 e 1939-1945 devido às
grandes guerras mundiais.
Somente 14
países estiveram presentes com 245 atletas em 13 modalidades desportivas, tendo
sido utilizado o estádio construído todo em mármore e desenhado por Licurgo no
ano 350 a.C.
O ideal Olímpico restaurado visava a fraternidade dos
povos.
Na sessão
inaugural, também estabelecida por Coubertin, desfilam as delegações dos países
participantes e as suas bandeiras, faz-se a proclamação da abertura dos Jogos,
iça-se a bandeira olímpica ao mesmo tempo que se toca o hino olímpico,
acende-se a pira olímpica com um simbolicamente aceso em Olímpia e levado de
mão em mão pelos corredores até ao estádio e fazem-se os juramentos olímpicos
(atletas e juízes).
Aos vencedores
das competições é concedida a subida ao pódio sendo-lhes entregue diplomas e
medalhas para o 1º, 2º e 3º classificados por membros do COI. Segue-se o
hastear das bandeiras das nações dos vencedores e ouve-se o hino nacional do 1º
classificado.
A cerimônia
final efetua-se no final da última competição no estádio. Tornam a desfilar os
participantes e suas bandeiras e o presidente do COI declara os Jogos
encerrados, convidando a juventude de todos os países a voltar a reunir-se 4
anos mais tarde, na cidade já escolhida. Depois do soar das trombetas é arreada
a bandeira olímpica e entregue ao edil da cidade eleita para os próximos Jogos.
As Olimpíadas de
Inverno (começaram em 1924) que deviam realizar-se em 1996, tiveram lugar no ano
de 1994, em Lilimaier, de modo a que de futuro a sua realização ocorra,
alternadamente, com os Jogos de Verão.
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