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domingo, 11 de outubro de 2020

Chico Xavier e o Vento

Uma vez, em Pedro Leopoldo, eu ensinava catecismo às crianças, mas um dia me proibiram. Eu ensinava catecismo para quarenta crianças e fui proibido porque me tornara espírita. Fiquei em casa, mas as crianças queriam o tio Chico... Então as famílias levaram as crianças lá em casa e eu fiquei com muita pena, porque na igreja elas tinham lanche. Já eram duas horas e eu só tinha água e uns pedacinhos de pão em casa.

 

Eram quarenta crianças... Como eu iria alimentar aquelas crianças? Eu fiz uma prece e pedi a Deus que me ajudasse, porque elas não podiam ficar sem comer. Como é que eu iria fazer?

 

Estávamos embaixo de uma árvore.

E, então, um vento muito estranho começou a balançar as folhas da árvore.

 

O vento uivava entre os galhos daquela árvore.

 

Uma vizinha saiu e perguntou:

 

— Chico, que é isso? Que barulho é esse?

 

— O vento...

 

— O vento?!... E essas crianças aí?

 

— Catecismo!...

 

— Você não deu nada para elas comerem?

 

— Não tenho!...

 

— Oh, Chico! Eu tenho, aqui, bolo e pão.

 

E a outra vizinha do lado também apareceu e perguntou:

 

— O que foi isso, Chico? Que vento foi esse?

 

— O vento...

 

— E essas crianças aí?

 

— O catecismo...

 

E assim, doze famílias se reuniram e passaram a oferecer o alimento, o lanche daquelas crianças, por causa do vento.

 

"Ora e pede. Em seguida, presta atenção. Algo virá por alguém ou por intermédio de alguma coisa, doando-te, na essência, as informações ou os avisos que solicites." Ah, o vento...

 

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