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quinta-feira, 15 de outubro de 2020

Língua Inglesa na BNCC: Competências e Habilidades


Por Amanda Viegas

EnglishStars

 

Em uma realidade mais interconectada e globalizada, o conhecimento de outros idiomas, além do nativo, se torna cada vez mais requisitado. A Língua Inglesa, em especial, possui uma grande importância de comunicação internacional. Geralmente o inglês é optado como idioma comum entre falantes de línguas diversas, servindo como elo de integração global.

 

Devido a isso, o inglês foi previsto como aprendizado essencial pela Base Nacional Comum Curricular, o que aumentou bastante a sua demanda por pais, responsáveis e alunos.

 

Segue um artigo, cujo foco é apresentar o que são e quais são as competências e habilidades específicas para o aprendizado do inglês durante a Educação Básica.

 

Mas afinal, o que é a BNCC?

 

A Base Nacional Comum Curricular é o documento que visa a nortear a elaboração dos currículos escolares. Seu objetivo é unificar um conjunto de aprendizagens essenciais que todos os alunos do país devem aprender durante a Educação Básica. A Base foi elaborada a partir de uma necessidade latente de garantir objetivos padronizados, almejando diminuir a discrepância existente entre diferentes propostas pedagógicas. Para isso, o documento para a Educação Infantil e Ensino Fundamental foi homologado pelo Ministério da Educação em dezembro de 2017.

 

Vale ressaltar que a BNCC não é um currículo pronto, mas sim um documento norteador e de caráter normativo. Ou seja, as instituições de ensino devem se guiar através das diretrizes propostas pela Base para elaborar seus currículos escolares, garantindo que os ensinamentos essenciais apontados pela Base Nacional Comum Curricular sejam contemplados. Na verdade, as escolas têm a liberdade para construir o currículo e devem levar em consideração as características regionais e o contexto local no qual está inserida.

 

O aprendizado do inglês de acordo com a Base Nacional Comum Curricular

 

“Criação de novas formas de engajamento e participação dos alunos em um mundo social cada vez mais globalizado e plural, em que as fronteiras entre países e interesses pessoais, locais, regionais, nacionais e transnacionais estão cada vez mais difusas e contraditórias. Assim, o estudo da língua inglesa pode possibilitar a todos o acesso aos saberes linguísticos necessários para engajamento e participação, contribuindo para o agenciamento crítico dos estudantes e para o exercício da cidadania ativa, além de ampliar as possibilidades de interação e mobilidade, abrindo novos percursos de construção de conhecimentos e de continuidade nos estudos.” – Trecho retirado do documento oficial da BNCC, p. 241.

 

De acordo com o documento, a língua inglesa foi escolhida dentre as demais devido a sua relevância na comunicação global, sendo considerada uma língua franca. Na prática isso quer dizer que dentre as inúmeras formas de comunicação linguísticas, o inglês é comumente optado por nativos de outros idiomas para se comunicarem. Além disso, a língua está entre as mais faladas do mundo e é a que possui maior relevância.

 

Segundo a BNCC, o principal intuito do aprendizado do idioma é fazer com que os estudantes desenvolvam uma autonomia para utilizar o idioma estrangeiro como recurso comunicativo. Para isso, a Base aponta que o processo de ensino-aprendizagem do inglês deve ocorrer semelhante ao da língua portuguesa. Ou seja, o aluno deve aprender o idioma por meio de práticas linguísticas do dia a dia, do seu uso e reflexão sobre elas.

 

O aprendizado da língua inglesa se torna obrigatório apenas a partir do Ensino Fundamental II. Isso quer dizer que todas as escolas do país devem conter em sua grade curricular o componente inglês obrigatoriamente a partir dessa etapa escolar. Um ponto importante é que, apesar disso, as instituições podem introduzir o ensino do idioma previamente. Na prática, quanto antes o aluno entrar em contato com a língua estrangeira, melhor será seu desenvolvimento e formação, segundo estudos.

 

Competências e Habilidades: o que são?

 

O documento da Base conceitua esses termos como:

 

 Competência é definida como a mobilização de conhecimentos (conceitos e procedimentos), habilidades (práticas, cognitivas e socioemocionais), atitudes e valores para resolver demandas complexas da vida cotidiana, do pleno exercício da cidadania e do mundo do trabalho.”, Já as Habilidades “expressam as aprendizagens essenciais que devem ser asseguradas aos alunos nos diferentes contextos escolares.” – Trechos retirados da Base.

 

A partir dessas definições, pode-se entender Competência como sendo a capacidade do aluno de mobilizar recursos para resolver determinado problema. Já a Habilidade é a aplicabilidade prática da competência, é colocar em ação a competência visando solucionar algum desafio. Resumidamente, uma competência é SABER-SABER ou SABER-CONHECER e uma habilidade é o SABER-FAZER!

 

Levando em consideração a prática escolar, as competências e habilidades se relacionam com os objetivos de aprendizagem. Sendo assim, cabe a cada escola buscar construir currículos que determinem de que maneira a instituição visa potencializar isso nos alunos. Ou seja, é preciso que a escola trace metas e estratégias adequadas para ensinar os estudantes a desenvolver e mobilizar recursos para solucionar impasses e desafios.

 

As Competências e Habilidades para o ensino do inglês

 

A Base apresenta uma referência dos objetivos de aprendizagem para cada uma das etapas contempladas durante a formação básica do aluno. Isso se dá a partir de uma definição de competências e habilidades essenciais, essas que possuem o objetivo de assegurar o desenvolvimento das dez competências gerais ao longo da Educação Básica. Além das competências gerais, existem as competências específicas que são ligadas a cada área do conhecimento.

 

Sendo assim, o documento aponta quais são as competências específicas de Língua Inglesa para o Ensino Fundamental. Além disso, a BNCC apresenta tabelas com as habilidades para cada ano da escolaridade. O objetivo é que cada instituição de ensino desenvolva seus currículos escolares guiando-se pela Base, mas adequando-os às realidades locais.

 

A Base indica que o componente curricular da Língua Inglesa deve garantir aos alunos as seguintes competências durante o Ensino Fundamental:

 

1. Identificar o lugar de si e o do outro em um mundo plurilíngue e multicultural, refletindo, criticamente, sobre como a aprendizagem da língua inglesa contribui para a inserção dos sujeitos no mundo globalizado, inclusive no que concerne ao mundo do trabalho.

   

2. Comunicar-se na língua inglesa, por meio do uso variado de linguagens em mídias impressas ou digitais, reconhecendo-a como ferramenta de acesso ao conhecimento, de ampliação das perspectivas e de possibilidades para a compreensão dos valores e interesses de outras culturas e para o exercício do protagonismo social.

   

3. Identificar similaridades e diferenças entre a língua inglesa e a língua materna/outras línguas, articulando-as a aspectos sociais, culturais e identitários, em uma relação intrínseca entre língua, cultura e identidade.

   

4. Elaborar repertórios linguístico-discursivos da língua inglesa, usados em diferentes países e por grupos sociais distintos dentro de um mesmo país, de modo a reconhecer a diversidade linguística como direito e valorizar os usos heterogêneos, híbridos e multimodais emergentes nas sociedades contemporâneas.

   

5. Utilizar novas tecnologias, com novas linguagens e modos de interação, para pesquisar, selecionar, compartilhar, posicionar-se e produzir sentidos em práticas de letramento na língua inglesa, de forma ética, crítica e responsável.

   

6. Conhecer diferentes patrimônios culturais, materiais e imateriais, difundidos na língua inglesa, com vistas ao exercício da fruição e da ampliação de perspectivas no contato com diferentes manifestações artístico-culturais.

 

O inglês na Base Nacional Comum Curricular

 

Ao longo do texto, mostramos como a Base Nacional Comum Curricular apresenta as diretrizes para o aprendizado da Língua Inglesa durante a Educação Básica. Desenvolver o conhecimento em um idioma estrangeiro, como o inglês, é essencial para a realidade contemporânea. Essa língua é uma ferramenta de integração global, possibilitando que o falante se conecte com pessoas de várias partes do mundo. Além disso, esse ponto não é mais considerado um diferencial, mas sim um requisito básico para inserção em grande parte do mercado de trabalho.

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