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domingo, 18 de abril de 2021

O clima de trabalho

A afetividade como propulsora da produtividade escolar

 

“Escola é...

o lugar onde se faz amigos

não se trata só de prédios, salas, quadros,

programas, horários, conceitos...

Escola é, sobretudo, gente,

gente que trabalha, que estuda,

que se alegra, se conhece, se estima."

(Paulo Freire)

 

Abordar a afetividade como propulsora da boa produtividade escolar e a alegria no espaço educativo, pois é o lócus onde circulam histórias de vidas contextualizadas ao processo ensino-aprendizagem. Desse modo, a escola propaga o bom clima de trabalho e consolida seus benefícios. Através do clima de trabalho bom e saudável, os profissionais da educação passam a ser mediadores da relação do educando com o objeto de conhecimento dentro do contexto da realidade.

O professor é um profissional que lida diretamente com pessoas, seja em sala de aula, com os seus alunos, ou nos corredores da escola, com os “colegas de trabalho”. O educador cria, alimenta e aguça a alma e o conhecimento das pessoas. Dessa maneira, Codo (p. 50, 1999) afirma:

“[...]a relação afetiva é obrigatória para o próprio exercício do trabalho seja efetivo, ou seja, que atinja seus objetivos, a relação afetiva necessariamente tem que ser estabelecida”.

 

Verificar a interferência do clima de trabalho entre os profissionais da educação na dinâmica e no funcionamento da vida escolar é essencial, bem como analisar como o clima de trabalho interfere no desempenho e na produtividade dos funcionários, identificando os aspectos positivos do clima agradável de trabalho e relacionando a prática com as literaturas existentes. Desse modo, é importante também comparar o clima de trabalho e a produtividade dos funcionários de duas escolas diferentes e compreender alguns motivos que tornam o ambiente de trabalho mais propulsor da afetividade.

 

Hipóteses


O clima de trabalho adequado interfere positivamente na produtividade dos funcionários de uma escola, bem como nos educandos da mesma.

Um clima de trabalho é agradável se houver motivos e indícios para que isso ocorra.

Uma escola, possivelmente, produz mais mediante o seu bom clima de trabalho e afetividade entre os funcionários.

Uma escola é propulsora da afetividade se existir em sua instituição um bom clima de trabalho.

Os profissionais da educação desenvolvem melhor o seu trabalho em escolas onde o clima de trabalho é considerado bom.

 

Clima de trabalho: a escola como lugar de alegria

 

De acordo com a Gespafe – Gestão de Pessoas e do Ambiente Físico Escolar – (2009), clima de trabalho:

 

 “é o ambiente interno. O clima de trabalho auxilia, objetiva e retrata os aspectos críticos que configuram o momento motivacional dos funcionários da escola através da apuração de seus pontos fortes, deficiências, expectativas e aspirações”.

 

O bom humor entre os profissionais da educação suscita simpatia e confiança aos alunos e transforma a sisudez e angústias em aulas agradáveis estruturadas pela existência do riso.

 

A importância da afetividade na relação entre os profissionais da educação

 

A afetividade é geradora da produtividade na escola como um todo, e deve ser motivada sempre que se perceber o desinteresse dos profissionais e educandos pelo conhecimento, demonstrando-se assim que esta é sem dúvida uma importante aliada da liberdade de expressão e da socialização no processo ensino-aprendizagem.

 

O clima de trabalho no funcionamento e dinâmica escolar

 

O clima de trabalho decorrente do bom humor e da alegria na escola, modifica o paradigma pedagógico, envolvendo educadores num âmbito agradável. Através do clima de trabalho saudável, os profissionais da educação passam a ser o mediadores da relação do educando com o objeto de conhecimento dentro do contexto da realidade, dando condições emocionais para a sua reflexão, para a sua organização do conteúdo apreendido através das atividades.

 

A fome de felicidade no ambiente escolar

 

Afirma Tiba (2002, p.76): “A educação das crianças deve abranger também a busca da felicidade comunitária [...] A felicidade social é a expressão máxima da saúde relacional social, pois se eleva acima das felicidades anteriores”.

Para um convívio amistoso, a escola é sobretudo de grande importância, pois corredores e salas felizes tornam o funcionamento da escola mais produtivo à medida em que há a liberação de energias estimuladoras e edificantes.

Urge criar vertentes para provocar a fome, porém deve-se estar preparado para saciá-la, servindo-se do próprio tempero da vida.

 

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