A bandeira brasileira
Com a Proclamação da República, era necessária a
substituição dos símbolos nacionais que remetessem à monarquia. Sendo assim, no
dia 19 de novembro, quatro dias após a proclamação, a nova bandeira foi
apresentada e, oficialmente, adotada como bandeira nacional. A nova bandeira
foi adotada a partir do Decreto nº 04, assinado pelo presidente provisório
Deodoro da Fonseca. Nesse decreto consta:
O Governo Provisório da República dos Estados Unidos do Brasil:
Considerando que as cores da nossa antiga bandeira recordam as lutas e
vitórias gloriosas do Exército e da Armada na defesa da Pátria;
Considerando, pois, que essas cores, independentemente de forma de
governo, simbolizam a perpetuidade e integridade da Pátria entre as outras
Nações:
Decreta:
Art. 1º – A bandeira adotada pela República mantém a tradição das
antigas cores nacionais – verde e amarela – do seguinte modo: um losango
amarelo em campo verde, tendo no meio a esfera celeste azul, atravessada por
uma zona branca, em sentido oblíquo e descendente da esquerda para a direita,
com a legenda – Ordem e Progresso – e ponteada por vinte e uma estrelas, entre
as quais a da constelação do Cruzeiro do Sul, dispostas na sua situação
astronômica, quanto à distância e ao tamanho relativos, representando os vinte
Estados da República e o Município Neutro; tudo segundo o modelo desenhado no
anexo no 1.
O estilo básico da Bandeira Nacional (o losango
amarelo em meio a um quadro verde) já fazia parte da bandeira do Império e foi
definido pelo pintor francês Jean-Baptiste Debret. Com a Proclamação da
República, algumas transformações pontuais aconteceram na bandeira:
► O losango amarelo foi redimensionado.
► O símbolo de Armas do Império foi
substituído por uma esfera republicana da cor azul.
► Na esfera, foi acrescentado um lema de
orientação positivista, “Ordem e
Progresso”, em letras verdes dentro de uma faixa branca.
► Na esfera azul, foram adicionadas
estrelas, que representam os estados brasileiros. A posição de cada estrela foi
definida por lei e corresponde ao céu do Rio de Janeiro, observado no dia 15 de
novembro de 1889 às 8:30h.
Os autores da Bandeira Nacional foram Raimundo
Teixeira Mendes, Miguel Lemos, Manuel Pereira Reis e Décio Vilares. A última
modificação feita na bandeira brasileira aconteceu no dia 11 de maio de 1992,
quando foram adicionadas novas estrelas, que correspondem aos estados do Amapá,
Roraima, Rondônia e Tocantins.
A estruturação da bandeira brasileira é definida pela
Lei nº 5.700 de 1º de setembro de 1971, que determina questões relativas aos
símbolos nacionais2. Essa lei estipula os detalhes obrigatórios na composição
da Bandeira Nacional, como a posição do losango e da esfera, o tamanho da faixa
branca, a posição das estrelas, etc.
As cores apresentadas na bandeira, como sabemos, são o
verde, amarelo, azul e branco. A escolha dessas cores remonta a fatores
relacionados com a história portuguesa. Vejamos a origem dessas cores:
► Verde: faz
menção a povos que habitavam Portugal há mais de dois mil anos. O verde
tornou-se símbolo da luta dos portugueses pela liberdade e passou a ser
utilizado como cor nacional pelos portugueses durante as guerras contra os
mouros.
► Amarelo:
passou a ser utilizado no brasão de armas de Portugal logo após a conquista de
Algarve (região ao sul do país) em 1250. Pode fazer menção também à cor da Casa
dos Habsburgo-Lorena, dinastia da qual fazia parte D. Leopoldina, esposa de D.
Pedro I.
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