TOMSKOWSKI, Fábio. Bolsa família 10 anos.
Estado de Direito, Porto Alegre / RS, n.º40,
ano VIII, ano 2013.
BOLSA
FAMÍLIA: IDENTIDADE, SUBJETIVIDADE E INTEGRAÇÃO SOCIAL
Fábio Tomkowski é
advogado, Especialista em Direito Tributário e Mestrando em Direito pela
Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul.
O artigo Bolsa
família 10 anos, publicado no Jornal Estado de Direito, n.º40, Ano VIII, 2013, do especialista em Direito Tributário,
Fábio Tomkowski, traz algumas reflexões acerca do programa que se tornou
um dos principais instrumentos de combate à fome e de garantia do direito
humano à alimentação no Brasil.
Esta
matéria hoje está sendo para muitas pessoas algo de adoração, e de outro lado
como discussão, pois ao extenso de seus 10 anos de existência, o programa já
teve seus altos e baixos. O programa criado em 09 de janeiro de 2004, por meio
da Lei n.º 10.836, pelo então Presidente da
República Luiz Inácio da Silva a fim de ajudar pessoas de baixa renda e sem
condições de, até muitas vezes conseguirem comprar pão e leite para seu
sustento.
Na
realidade a Bolsa Família foi criada ao povo miserável, e não ao povo pobre. A
diferença disso está que o povo miserável já nasce sem nada, e muitas vezes sem
chances de ter algo em sua vida. Percebe-se também que muitas dessas pessoas
não querem ou não se dão a oportunidade de serem pessoas bem sucedidas na
comunidade. Vale ressaltar que estou me referindo ao povo lá de cima – os
governantes do nosso país. Nesse paradigma vemos que está faltando muito
incentivo, começando pela falta de escolas de ensinamentos, mais infraestrutura
nas que já existem, mais investimento em educação e, em geral, mais indústrias
e empresas. Isso independe de lado político, mas o principal: ser uma pessoa
que fale a verdade e cumpra com o que prometeu, principalmente com caráter e
honestidade.
O outro
lado, o povo pobre, esse já muda um pouco. Tem uma condição de vida melhor,
pois tem chances de trabalhar e sobreviver melhor. Não quero aqui generalizar,
muitas dessas pessoas se infiltram no outro lado da moeda, ou seja, do outro
lado da situação que é do lado dos miseráveis. Os que vão às assistências
sociais e em outros órgãos de ajuda, normalmente da prefeitura municipal em que
moram, afirmando terem problemas de saúde ou alguma deficiência no corpo, e até
problemas mais graves. Enfim, inventam as piores mentiras para terem direito ao
Programa Bolsa Família.
Também
há o outro lado, a se tratar do governo. Uma fiscalização mais rígida e severa
tem muitas pessoas, até de classe média alta, tirando a vez dessas pessoas
miseráveis que às vezes, além de passarem fome, algumas acabam morrendo por
falta de condições de vida.
Cabe
salientar ainda que tem outras pessoas que no dia a dia só sabem discutir e
reclamar dos políticos. Que falta tudo e tudo está errado no país. Mas muitas
vezes se esquecem ou fingem esquecer que o que está faltando hoje na sociedade
é, em primeiro lugar, os pais participarem mais da vida de seus filhos.
Educarem levando em consideração os valores que hoje estão um pouco esquecidos.
Muitos esquecem que a escola proporciona o aprendizado e não a educação que
cabe aos pais. A reclamação e descontentamento de alguns pais acabam fazendo
com que os professores não exerçam sua função corretamente.
Há uma
falha na educação brasileira que percebemos até em nós mesmos quando acabamos
dando exemplos erroneamente do que podemos fazer. Por exemplo, ao não dar a vez
para uma pessoa idosa, gestante ou lactante, ou a algum deficiente físico em
repartições ou órgãos públicos. Isso tudo faz com que a população, em sua
grande maioria, culpe os políticos ou as pessoas públicas pela falta de
consideração ao semelhante.
Com o
Programa Bolsa Família percebemos que há pessoas que necessitam de uma ajuda
financeira, mas falta saber administrá-la corretamente. O que se analisa é que
muitas pessoas, cerca de 30% a 40% necessitem do auxílio. Mas por outro lado,
há quem se aproveite do recurso. Então é mais do que necessária uma
fiscalização geral aos cadastros desses indivíduos que vivem com os recursos
cedidos pelo governo, com o pagamento dos cidadãos brasileiros. Pois assim,
o recurso da Bolsa Família fica preso entre o seu uso político e sua eficiência
econômica, pesando cada vez mais no orçamento do Estado. Quando mais o país
precisar desse recurso para acabar com a miséria, mais clara será, a noção do quanto ainda falta para que
a nação se torne uma potência.
A matéria tem por objetivo discutir
alternativas e oferecer sugestões para estudantes universitários e
pesquisadores, ligados à área do direito, a fim de que possam analisar e refletir
acerca do fato, utilizando-se do rigor necessário à produção de conhecimentos
relevantes. É de grande auxilio, principalmente, para contribuir para o
desenvolvimento da atitude crítica necessária ao progresso do conhecimento do
Programa criado pelo Governo para os brasileiros de baixa renda.
Trabalho de Metodologia Científica.
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