Quando o Talibã tomou controle do vale do Swat, uma menina levantou a
voz. Malala Yousafzai recusou-se a permanecer em silêncio e lutou pelo seu
direito à educação. Mas em 9 de outubro de 2012, uma terça-feira, ela quase
pagou o preço com a vida. Malala foi atingida na cabeça por um tiro à
queima-roupa dentro do ônibus no qual voltava da escola. Poucos acreditaram que
ela sobreviveria. Mas a recuperação milagrosa de Malala a levou em uma viagem
extraordinária de um vale remoto no norte do Paquistão para as salas das Nações
Unidas em Nova York. Aos dezesseis anos, ela se tornou um símbolo global de
protesto pacífico e a candidata mais jovem da história a receber o Prêmio Nobel
da Paz. Eu sou Malala é a história de uma família exilada pelo terrorismo
global, da luta pelo direito à educação feminina e dos obstáculos à valorização
da mulher em uma sociedade que valoriza filhos homens. O livro acompanha a
infância da garota no Paquistão, os primeiros anos de vida escolar, as
asperezas da vida numa região marcada pela desigualdade social, as belezas do
deserto e as trevas da vida sob o Talibã. Escrito em parceria com a jornalista
britânica Christina Lamb, este livro é uma janela para a singularidade poderosa
de uma menina cheia de brio e talento, mas também para um universo religioso e
cultural cheio de interdições e particularidades, muitas vezes incompreendido
pelo Ocidente. “Sentar numa cadeira, ler
meus livros rodeada pelos meus amigos é um direito meu”, ela diz numa das
últimas passagens do livro. A história de Malala renova a crença na capacidade
de uma pessoa de inspirar e modificar o mundo.
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