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quarta-feira, 29 de agosto de 2018

Dica de Redação: Linguagem Inclusiva


Nossas práticas linguísticas são muito importantes, e significam de forma expressiva de acordo com nossas escolhas de palavras e expressões, dependendo, inclusive, do contexto de uso. Por exemplo: a palavra “denegrir” possui uma conotação pejorativa e racista que remete a algo “ruim” relacionado à palavra “negro”. Portanto, é preciso evitá-la. Quando pensar em usá-la, é melhor substituir por “comprometer”. Este post, pretende ajudar a modalizar um pouco mais o discurso, com uma linguagem inclusiva e não tendenciosa.

Deficiências:

Ao mencionar alguma deficiência, é bom lembrar-se de referenciar a pessoa por trás daquela condição antes da limitação com a qual ela convive. Portanto, sugere-se usar a expressão pessoa com deficiência X.

A pessoa não deve ser chamada de “portadora”, já que não pode escolher deixar de portar a deficiência como se faz com um aparelho, por exemplo. Não se trata de uma “necessidade especial”, não é bom querer amenizar a condição daquela pessoa. Termos como aleijado, defeituoso, incapacitado e inválido são completamente inaceitáveis. Quando puder, o melhor é especificar o tipo de deficiência: se física, intelectual ou sensorial.

Doenças:

Seguem algumas doenças cuja definição costuma ser pejorativa e os termos para substituir:

Hanseníase: jamais deve ser chamado de “leproso” como era comum antigamente. O correto é “pessoa com hanseníase”.

Aids: não chama a pessoa de “aidética”, mas sim “portadora do HIV”.
   
Síndrome de Down: era comum chamar a pessoa com Síndrome de Down (forma correta de referência) de “mongol”, o que é extremamente pejorativo e não deve mais ser propagado. É possível, também, chamar apenas de “pessoa com Down”.
   
Autismo: em contextos inadequados, muitas pessoas acabam usando a condição do autista como uma forma de xingamento, o que não deve jamais ocorrer, por ser uma forma de banalizar a doença.
   
• Epilepsia: não se deve chamar a pessoa com essa condição de epilético. Como nos demais casos já exemplificados, melhor optar por “pessoa com epilepsia”.

Etnia:

Para pessoas negras, usar os termos “negro” ou “afrodescendente”.

Pessoas que nascem na Ásia são “asiáticos”, e os índios devem ser chamamos com tal, já que “indígena” é adjetivo.

Gênero:

Convencionou-se que ao usar o termo masculino em certas situações contempla-se, também, o sexo feminino. Hoje, já aconselhável que se faça a distinção, citando ambos separadamente, até mesmo como uma forma de valorização à mulher.

Orientação sexual:

Não se usa o termo “homossexualismo” para denominar aqueles cuja orientação sexual é definida por relações entre indivíduos do mesmo sexo. Muitas doenças terminam com o sufixo “-ismo”, tornando a palavra incabível em qualquer contexto. Além disso, não se trata de “opção sexual”, pois não se opta pela prática.

Citar características com julgamentos de valor:

Esquerdopata, maconheiro, drogado, feminazi, natureba, cachaceiro, aborteiro, tarado. Todas essas palavras, e muitas outras, julgam um indivíduo por um ato ou uma escolha de vida, o que é inadequado e antiético.

Fonte: Blog Imaginie

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