Nossas práticas linguísticas são muito importantes, e significam de
forma expressiva de acordo com nossas escolhas de palavras e expressões,
dependendo, inclusive, do contexto de uso. Por exemplo: a palavra “denegrir”
possui uma conotação pejorativa e racista que remete a algo “ruim” relacionado
à palavra “negro”. Portanto, é preciso evitá-la. Quando pensar em usá-la, é
melhor substituir por “comprometer”. Este post, pretende ajudar a modalizar um
pouco mais o discurso, com uma linguagem inclusiva e não tendenciosa.
Deficiências:
Ao mencionar alguma deficiência, é bom lembrar-se de referenciar a
pessoa por trás daquela condição antes da limitação com a qual ela convive.
Portanto, sugere-se usar a expressão pessoa
com deficiência X.
A pessoa não deve ser chamada de “portadora”, já que não pode escolher
deixar de portar a deficiência como se faz com um aparelho, por exemplo. Não se
trata de uma “necessidade especial”, não é bom querer amenizar a condição
daquela pessoa. Termos como aleijado, defeituoso, incapacitado e inválido são
completamente inaceitáveis. Quando puder, o melhor é especificar o tipo de
deficiência: se física, intelectual ou sensorial.
Doenças:
Seguem algumas doenças cuja definição costuma ser pejorativa e os termos
para substituir:
• Hanseníase: jamais deve ser chamado de “leproso” como era comum
antigamente. O correto é “pessoa com hanseníase”.
• Aids: não chama a pessoa de “aidética”, mas sim “portadora do
HIV”.
• Síndrome de Down: era comum chamar a pessoa com Síndrome de
Down (forma correta de referência) de “mongol”, o que é extremamente pejorativo
e não deve mais ser propagado. É possível, também, chamar apenas de “pessoa com
Down”.
• Autismo: em contextos inadequados, muitas pessoas acabam usando
a condição do autista como uma forma de xingamento, o que não deve jamais
ocorrer, por ser uma forma de banalizar a doença.
• Epilepsia: não se deve chamar a pessoa com essa condição de
epilético. Como nos demais casos já exemplificados, melhor optar por “pessoa
com epilepsia”.
Etnia:
Para pessoas negras, usar os termos “negro” ou “afrodescendente”.
Pessoas que nascem na Ásia são “asiáticos”, e os índios devem ser
chamamos com tal, já que “indígena” é adjetivo.
Gênero:
Convencionou-se que ao usar o termo masculino em certas situações
contempla-se, também, o sexo feminino. Hoje, já aconselhável que se faça a
distinção, citando ambos separadamente, até mesmo como uma forma de valorização
à mulher.
Orientação sexual:
Não se usa o termo “homossexualismo” para denominar aqueles cuja orientação
sexual é definida por relações entre indivíduos do mesmo sexo. Muitas doenças
terminam com o sufixo “-ismo”, tornando a palavra incabível em qualquer
contexto. Além disso, não se trata de “opção sexual”, pois não se opta pela
prática.
Citar características com
julgamentos de valor:
Esquerdopata, maconheiro, drogado, feminazi, natureba, cachaceiro,
aborteiro, tarado. Todas essas palavras, e muitas outras, julgam um indivíduo
por um ato ou uma escolha de vida, o que é inadequado e antiético.
Fonte:
Blog Imaginie
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