Romane Fortes, coordenadora da
pós-graduação do Instituto Singularidades, comenta algumas das vantagens
pedagógicas que a nova BNCC prevê para uso em sala de aula
Instituto
Singularidades
A utilização de metodologias ativas é um desafio inerente à educação no
século XXI. Sem dúvida, com a nova Base Nacional Comum Curricular (BNCC) isto
ficou mais evidente, quando o foco do processo de ensino e aprendizagem deixa
de ser o conteúdo, e passa a ser o desenvolvimento de competências que vão
muito além dos aspectos cognitivos, abrangendo não só a mobilização de
conceitos e procedimentos, mas também
competências socioemocionais e
atitudinais.
Neste sentido, a sala de aula identificada como “tradicional” não
responde mais às necessidades impostas por esta nova perspectiva educacional.
Portanto, as decisões pedagógicas deverão, cada vez mais, utilizar estratégias
pedagógicas inovadoras com o objetivo de, ao longo da educação básica,
possibilitar aos estudantes continuarem sendo gestores de sua aprendizagem e
cada vez mais preparados para os desafios que a sociedade atual nos impõe.
Crescente a cada ano, o uso de
tecnologias na educação já vem sendo discutido mesmo antes da BNCC, porém, o
documento trouxe à luz algumas questões diversas e importantes sobre o tema.
Uma das 10 competências gerais da base destaca sua relevância:
“Compreender, utilizar e criar
tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa,
reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para
se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos,
resolver problemas e exercer o protagonismo e autoria na vida pessoal e
coletiva.” (Competência Geral 5, BNCC, p. 09)
Portanto, um grande desafio que se apresenta para as escolas e redes de
todo o país é incluir ou intensificar em seus currículos estratégias para o
desenvolvimento das tecnologias, da cultura e da comunicação nos meios
digitais.
Paralelamente, é necessário ampliar os horizontes para que os estudantes
possam desenvolver uma atitude crítica em relação ao conteúdo e sua própria
produção midiática e digital.
Aulas mais interessantes e
protagonismo dos alunos
Aos professores que buscam dicas para tornar suas aulas mais
interessantes, penso que o mais importante é ver o estudante como protagonista
do seu processo de aprendizagem, e isto pode ocorrer deste os primeiros anos de
sua formação até o final da educação básica, considerando como enfoque as
mudanças trazidas pela BNCC.
Outro aspecto importante é entender que os estudantes não têm um
percurso único, aprendendo de formas diversas e em tempos diferentes.
Assim, os professores são desafiados a oferecer experiências pedagógicas
diferenciadas que, com certeza, ampliarão as oportunidades de êxito das
aprendizagens essenciais definidas pela
BNCC.
As estratégias são variadas. Vão desde Project Based Learning (PBL) – ou
aprendizagens baseadas em projetos – por meio do qual os alunos são desafiados
a resolver um problema coletivamente, até aprendizagens em grupos (Team Based
Learning – TBL), nas quais os grupos ou times são levados a solucionar uma
questão e mobilizam as competências do grupo para alcançar seus objetivos.
Assim, as atividades didáticas devem ser planejadas com foco nas
necessidades do aluno e em estratégias múltiplas para atender seus objetivos,
sendo o mais importante a efetiva aprendizagem de nossos estudantes.
Romane
Fortes é Coordenadora Geral da
Pós-Graduação
do Instituto Singularidades
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