Com o
avanço da inteligência artificial, Yuval Noah Harari, autor de ‘Sapiens’, prevê
que muitos profissionais não apenas ficarão desempregados, como também não
serão mais empregáveis
Realidade
virtual: o futuro da humanidade?
Com o avanço da inteligência artificial, os humanos serão substituídos
na maioria dos trabalhos que hoje existem. Novas profissões irão surgir, mas
nem todos conseguirão se reinventar e se qualificar para essas funções. O que
acontecerá com esses profissionais? Como eles serão ocupados? Yuval Noah
Harari, professor da Universidade Hebraica de Jerusalém e autor do livro
Sapiens – Uma Breve História da Humanidade, pensa ter a resposta.
O verdadeiro perigo da tecnologia, segundo o autor de 'Sapiens'
Yuval Noah Harari afirma que os riscos não estão em uma possível
"supremacia e tirania dos robôs", mas sim no uso que faremos dos
avanços tecnológicos
Ana
Laura Stachewski
Quando pensamos nos impactos da tecnologia para o futuro, uma das
preocupações comuns tem a ver com os empregos: o que será de nós quando a
inteligência artificial for capaz de fazer o que fazemos? Para o historiador
Yuval Noah Harari, autor de Sapiens – Uma Breve História da Humanidade e
professor da Universidade Hebraica de Jerusalém, esse cenário têm proporção
maior do que pensamos. Segundo ele, a tecnologia pode favorecer a formação de
tiranias – e não precisa ter vontade própria para isso.
A análise foi feita por ele em um artigo publicado no site The Atlantic.
O autor cita, por exemplo, o crescente protagonismo da tecnologia em detrimento
do humano. No século XX, o “homem comum” era visto como herói e como a figura
mais importante para o futuro. Hoje, termos como inteligência artificial (IA),
blockchain e engenharia genética ganham cada vez mais relevância. O resultado
disso é um aparente crescimento da insignificância do humano.
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