Cada vez mais os estudantes
querem deixar o lugar de apenas espectadores do processo educacional para
tornarem-se protagonistas de suas próprias aprendizagens
Instituto Singularidades
O estudante de ensinos fundamental e médio dos dias de hoje e dos que
virão não querem ser atores passivos do processo educativo, no qual apenas
recebem o conhecimento dos professores. A escola de hoje, ainda tradicional e,
por vezes anacrônica precisa se adequar para introduzir atividades e/ou
projetos significativos que propiciem a atual em conjunto e protagonismo
juvenil, que possibilitem experimentações que vão transformar não apenas sua
maneira de aprender, mas de atuar em sociedade, em suas futuras profissões e
relacionamentos.
Uma mostra de como estimular este protagonismo por parte da escola é
incentivar o desenvolvimento de projetos que tratem de temas atuais,
relacionados aos componentes curriculares e que possam, principalmente, ser
colocados em prática. Os formatos também podem destoar dos usuais e se aproximar
mais da tecnologia e da inovação.
A cada ano, o Instituto Singularidades promove o ICloc Jovem, evento com
a participação de milhares de estudantes dos ensinos fundamental II e médio das
redes pública, particular e do terceiro setor. O evento irá acontecer no dia 19
de outubro, próximo sábado.
Os projetos são desenvolvidos individualmente ou por grupos de alunos,
com a orientação de seus professores e/ou tutores dos espaços educacionais, mas
com liberdade de criação, abordagem e temática. Neste ano, foram inscritos 247
projetos de 50 instituições, destas 46% públicas.
Entre as áreas temáticas com maior número de inscrições está “Cidadania,
Ética, Participação Política e Debate sobre Valores” (12,5%). Na sequência, vem
“Saúde” (12%); “Meio ambiente e sustentabilidade” (10%); “Ações Sociais e bem estar”
(7%); “Tecnologia e Inovação” (7%) e “Protagonismo” (5,3%).
É interessante observar que, por mais que se caracterize como uma
categoria à parte, o protagonismo está presente na grande maioria dos inscritos
de uma forma ou outra, já que cada grupo escolhe, discute, cria, viabiliza e
resolve a forma de apresentar o produto aos professores, estudantes, pais e
demais convidados, com autonomia e poder de decisão.
Perceber que propostas tão diversas como trabalhar os territórios em
aprendizagem solidária, reduzir o racismo por meio do design, apostar na
cultura maker, reforçar o feminismo e
a identidade de gênero, criar aplicativos relacionados à saúde, além de ideias
relacionadas à reciclagem e outros cuidados com a natureza dialogam com uma
nova postura do jovem diante do mundo, que observa melhor o ambiente em que
está inserido, tem o desejo de colaborar com a sociedade e em criar novas
possibilidades de futuro. É este jovem que irá transformar o que está por vir.
Valdir
Silva é Coordenador de Relações Interinstitucionais
do Instituto Singularidades
e professor de Matemática.
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