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quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

Uma irmã é mais do que uma amiga, é a metade de nosso coração


Ainda que possamos ter épocas com uma relação mais distante, a verdade é que nossas irmãs sempre estarão prontas quando precisarmos delas, e serão aquelas amigas a quem poderemos contar tudo, em qualquer momento.
  


Uma irmã é mais que uma amiga. O vínculo que estabelecemos com elas vai além do familiar. É uma companheira de batalhas, o pilar cotidiano e inquebrável com quem sempre podemos contar.

Apesar de podermos ter diferenças, e do fato de que os anos de adolescência ou infância foram, muitas vezes, um campo de competição, discussões, roupas para dividir e invejas para esconder, ao final os anos nos fizeram compreender a importância deste laço.

Com frequência costuma-se dizer que a verdadeira família é aquela que a pessoa escolhe, sem a necessidade de um mesmo código genético. Isso é verdade, todos sabemos. No entanto, muitas vezes a união que se estabelece com uma irmã supera qualquer relação.

É uma conexão emocional, biológica e de intimidade tão exclusiva que quem tem a sorte de ter uma irmã sabe muito bem que é um autêntico tesouro que precisamos cuidar e valorizar.

  
Uma irmã, o vínculo que transcende a própria família

É possível que você tenha passado algum tempo sem falar com a sua irmã. A vida, em algumas ocasiões, nos coloca em encruzilhadas estranhas onde pesa muito o orgulho, ou as discrepâncias marcadas por um momento de pouco tato.

No entanto, apesar da distância e da irritação, o coração sempre fica machucado e é difícil manter por muito tempo esta separação, esta inimizade. No final das contas é nossa irmã menor, ou mais velha, quem sempre nos guiou e nos aconselhou da forma mais acertada.

Uma chamada telefônica, risadas, uma lembrança, e de repente surge de novo esta conexão que jamais poderá ser destruída, apesar da distância, apesar dos problemas.

Vejamos agora como se caracteriza esta relação com nossas irmãs


Uma mesma criação, mas com personalidades muito diferentes

Em algumas ocasiões é quase incrível como, apesar de terem recebido a mesma educação, de terem vivido as mesmas coisas, cada irmã acaba sendo muito diferente da outra.

Há as reacionárias e rebeldes, as que nos ensinaram a defender nossos espaços, nossos direitos, a termos voz e saber escolher o que é melhor para nós.

Outras irmãs, por outro lado, são um mar de calma e equilíbrio que sempre sabem nos oferecer conselhos valiosos. São o apoio em dias de dificuldade em que nos sentidos ouvidas e compreendidas.

Não há motivo para que os irmãos compartilhem a mesma personalidade. Assim como os filhos não são cópia dos pais, entre irmãos costumam estar presentes interesses muito diferentes e reações muito distintas sobre as mesmas coisas.

Isso é também uma ajuda e uma forma de crescer, já que eles podem se complementar em muitos aspectos.

Quando não são necessárias palavras

Não é preciso indicar a uma irmã que estamos mal quando estamos frente a frente com ela. O vínculo emocional de sangue e a experiência fazem com que ela perceba, quase instantaneamente, que algo está errado.

É aí que surge a proximidade e a preocupação que tanto nos reconfortam.

Apesar de termos amigas, parceiros, e de contarmos com nossos pais, uma irmã compartilha conosco todo um legado de histórias e situações que as farão compreender muito bem de que maneira podem nos ajudar.

Não importa a distância, nem as diferenças


Não importa se houver um oceano entre nós, se a maturidade e nossas histórias nos obrigaram a nos separarmos para formarmos nossas próprias famílias.

A preocupação e o interesse pela irmã sempre estarão presentes. É algo natural e quase instintivo. Chamadas, mensagens… sempre haverá um modo de contar com este apoio, com este interesse contínuo pela outra metade de nosso coração de quem tanto sentimos falta.

Ninguém nos diz a verdade com tanta sinceridade como nossa irmã

Talvez sejam os anos, ou tudo que foi compartilhado, mas sabemos muito bem que nossa irmã sempre nos dirá a verdade de forma sincera e quase sem anestesia.

Uma irmã não sente a obrigação de ser condescendente, nem ao menos de nos agradar com falsos convencionalismos. Ela sabe que a sinceridade é parte deste laço familiar e é, sem dúvida, o que sempre esperamos dela.

Uma irmã sempre será mais do que uma amiga porque passamos com elas por diversas vicissitudes. A experiência da infância, muitas vezes complicada, estas falhas da juventude onde tivemos seu apoio, e a maturidade à qual ambas chegaram são triunfos pessoais compartilhados que deixam marcas maravilhosas.

Marcas no coração…

Se neste momento você estiver distante de sua irmã por uma pequena desavença, guarde seu orgulho e saiba que isso não vale a pena.

A vida é muito mais simples do que pensamos, e o apoio entre irmãos é um presente especial do qual deveríamos desfrutar todos os dias.

Os gritos causam danos ao cérebro infantil


“Por ignorância caímos na escravidão, pela educação alcançamos a liberdade”, disse certa vez Diego Luís de Córdoba.


No entanto, a educação das crianças não tem nada a ver com a imposição e com os gritos. Na verdade, os gritos podem causar danos significativos no cérebro infantil.

Educar gritando não traz nenhum benefício para as crianças, ou pelo menos é o que demonstram alguns estudos. Por trás de muitos desses gritos está a impotência dos pais para transmitirem a informação que desejam. Os gritos são uma liberação de energia e não conseguem transmitir a mensagem que os pais desejam impor para as crianças.

“Diga-me e eu esqueço, ensina-me e eu me lembro, envolva-me e eu aprendo”.
-Benjamin Franklin-

Os gritos da impotência

Alguns autores, como Aaron James, dizem que gritar não lhe dá mais razão e nem lhe confere uma posição de vantagem em uma discussão. Isto foi confirmado através dos seus estudos, referindo-se inclusive ao atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Dessa forma, se quisermos ter razão, gritar não nos ajudará em nada. Pelo contrário, devemos argumentar ao invés de levantar a voz.

Geralmente os gritos aparecem quando alguém perde o controle. Dessa forma, o estado emocional interfere na expressão da mensagem, distorcendo as informações. Se para os adultos é complicado lidar com isso, imagine para as crianças. Os gritos têm um efeito devastador sobre o cérebro infantil.

Os gritos que afetam o cérebro infantil

De acordo com um novo estudo da Universidade de Pittsburgh, concluiu-se que esses gritos, especialmente quando são emitidos regularmente, afetam o cérebro da criança e acarretam uma série de riscos para o seu desenvolvimento psicológico.

Ou seja, as pessoas que optam por gritar, com o objetivo de direcionar ou repreender, estão aumentando o risco do qual falamos anteriormente. Na verdade, por causa dos gritos as crianças desenvolvem comportamentos agressivos ou defensivos.

Esse estudo foi realizado com 1.000 famílias com crianças entre um e dois anos. Os pesquisadores perceberam que as crianças que conviviam com pais que recorriam aos gritos para educá-las desenvolviam na adolescência, a partir de 13 e 14 anos, sintomas depressivos e problemas comportamentais.

Na verdade, eles chegaram à conclusão de que o grito não minimiza os problemas, mas os agrava. Por exemplo, no que diz respeito à desobediência, os pais que são carinhosos com seus filhos conseguem minimizar muito esse tipo de comportamento.

Mais estudos sobre esse assunto

Na verdade, foram realizados muitos estudos sobre esse assunto. A prestigiada Harvard Medical School, através de estudos realizados pelo departamento de psiquiatria, afirma que o abuso verbal, os gritos, a humilhação ou a combinação dos três elementos alteram de forma permanente a estrutura cerebral da criança.

Depois de analisar mais de 50 crianças com transtornos psiquiátricos causados por problemas familiares e compará-las com quase 100 crianças saudáveis, os pesquisadores fizeram uma descoberta alarmante: perceberam que havia uma redução severa do corpo caloso, ou seja, na parte que conecta os dois hemisférios cerebrais.

Dessa forma, tendo as metades do cérebro menos integradas, as mudanças na personalidade e no humor são mais acentuadas, comprometendo a estabilidade emocional. Outra consequência desta conectividade diminuída é a dispersão da atenção.

Como podemos acabar com os gritos?

É verdade que as crianças podem nos deixar loucos, mas o grito não é a solução, por mais que estejamos irritados. Para evitar cair nessa tentação podemos usar algumas das seguintes estratégias:

-Gritar é perder o controle. Se perdemos o controle, perdemos toda a capacidade de disciplinar adequadamente a criança.

-Evite os momentos estressantes. Às vezes é complexo, mas com um bom trabalho de observação perceberemos se estamos gritando ou não. Dessa forma, quando conseguirmos detectar esse padrão de comportamento, poderemos trabalhar para eliminá-lo.

-Acalme-se antes de agir. Procure fazer algo que o tranquilize quando perceber que está no seu limite. Dessa forma, você evitará perder o controle. Pare por um momento, relaxe e assuma o comando.

-Não se culpe e não se exceda. Tenha cuidado com as expectativas que você cria a respeito dos seus filhos. Não os culpe por não serem da forma como você gostaria. São apenas crianças: o importante é que desfrutem, sejam felizes e se desenvolvam adequadamente.


“Não podemos moldar os nossos filhos de acordo com os nossos desejos, devemos estar com eles e amá-los como Deus nos deu”.
-Goethe-

Agora já sabemos quais são os danos que os gritos frequentes podem causar no cérebro infantil. Então, está em nossas mãos, como adultos responsáveis que somos, encontrar soluções alternativas para educar corretamente sem causar danos ao cérebro das crianças.

Automutilação/Cutting: Ferir o corpo para aquietar a mente


Existem outras formas de automutilação, tais como: arranhões, queimaduras, mordidas, etc. mas vamos falar especificamente do ato de cortar-se.



Por Audrey Leme

Comportamento mais comum em sujeitos adolescentes, a automutilação, também denominada de self cutting (“cortando a si mesmo”) consiste em cortes intencionais que o sujeito faz em sua própria pele, no intuito de ferir-se, deixando uma cicatriz no corpo (os braços são o local mais comum).

Existem outras formas de automutilação, tais como: arranhões, queimaduras, mordidas, etc. mas vamos falar especificamente do ato de cortar-se.

O comportamento de cortar-se ocorre, geralmente, em um momento em que o sujeito vivencia uma experiência emocional muito angustiante e não consegue verbalizar sua dor, transferindo sua sobrecarga emocional para o corpo, ou seja, para buscar alívio de uma dor psíquica, esta é convertida em dor física.

Podemos pensar que o corpo é um instrumento que nos permite estar no mundo e expressar a nossa subjetividade. A imagem corporal pode transmitir a nós mesmos e aos outros uma mensagem de sucesso ou de fracasso, dependendo da relação que estabelecemos com nosso corpo.

Em Psicanálise dizemos que existem duas pulsões básicas que impelem o sujeito a agir: a) uma pulsão de vida: com o objetivo de preservação e de ligação afetiva aos outros; b) uma pulsão de morte: no sentido de buscar o desligamento das coisas e das pessoas em um processo de rompimento.

Para uma vida emocional saudável estas pulsões devem estar em harmonia e equilíbrio.

Embora pareça incompreensível em um primeiro momento, na automutilação estão presentes estas duas pulsões (de vida e de morte). Ao ser incapaz de conter o excesso de angústia o psiquismo transborda para o corpo, sendo que o sujeito sacrifica uma parte de seu corpo no intuito de proteger-se da dor e descarregar os afetos que o ameaçam.
Submete-se a um sofrimento para livra-se de outro sofrimento.

No entanto, trata-se de um ato lesivo que pode tornar-se uma compulsão, repetindo-se frequentemente, aumentando em sua gravidade e nos riscos que pode provocar (inflamação, amputação, risco de suicídio).

Podemos pensar que no comportamento de automutilação está presente o sentimento de culpa e o desejo (inconsciente) de autopunição.

Assim, a agressividade dirigida a si mesmo pode ser uma defesa contra a agressividade dirigida ao exterior. Os sofrimentos que tornam-se difíceis de serem nomeados, simbolizados e expressos em palavras e o desejo de atacar o outro podem se tornar um auto ataque.

Para ajudar o paciente que pratica automutilação é necessário, como em todo sintoma, investigar sua dinâmica psíquica, suas relações afetivas, seus vínculos parentais e as pressões emocionais a que o sujeito está submetido.

A automutilação pode estar relacionada, ainda, a outros transtornos psicológicos (depressão, ansiedade, obsessão, etc.)

O trabalho do psicólogo consiste em auxiliar o sujeito a falar de seus sentimentos, a se posicionar diante do outro, a identificar suas potencialidades e a resgatar sua autoestima.

Quanto antes for procurada ajuda psicológica para casos como estes, maiores são as chances de progressos.