Especialistas dão dicas de
como os jovens podem planejar melhor o seu futuro.
Recentemente uma pesquisa da
Datafolha sobre os jovens brasileiros revelou que 18% deles almejam trabalhar e
se formar em uma profissão. Já o sonho do “sucesso profissional na carreira” ou
apenas ter um bom emprego, ou seja, uma contratação sólida, com carteira, numa
boa empresa e com bom salário ocupam o segundo lugar dos maiores sonhos dos
brasileiros entre 16 e 25 anos, com 15% das respostas.
No entanto, tais aspirações
podem barrar em dificuldades no seu próprio dia a dia, já que é necessário
algum planejamento para tais conquistas. Sem tempo livre para a reflexão, a
ansiedade toma conta deste público que está exposto a uma multiplicidade de
eventos que se apresentam e fracionam o tempo de tal maneira que não se
consegue dar atenção a nada.
De acordo com o diretor da PowerSelf, Jaime Wagner, a pressa, o
ritmo acelerado da vida torna-se um vício e os jovens estão bastante
vulneráveis em relação a esta realidade. “Semelhante à nicotina, à cocaína e as
outras drogas que, uma vez experimentadas, demandam doses cada vez maiores, a
adrenalina, decorrente do estresse e da pressa, também vicia”.
Jaime Wagner afirma que o
processo de amadurecimento é acompanhado de um aprofundamento do horizonte de
tempo. Por isso, ele considera o planejamento primordial. “Voltar a atenção
para o futuro de modo sistemático e afirmativo, organizando a ação para atingir
os objetivos e prevenir o indesejado é fundamental”.
Além da falta de planejamento,
os jovens se deparam hoje com uma grande disponibilidade de tecnologia da
informação, o que pode ser positivo e negativo. Ao passo que traz grandes
benefícios, já que torna os usuários cada vez mais eficientes, o culto ao
instantâneo tem dois efeitos maléficos. Primeiro, porque a frustração de
verificar que mesmo com ferramentas mais rápidas, versáteis e portáteis, a
capacidade de entendimento não aumenta. E, segundo, porque o estreitamento do
horizonte de tempo, priorizando a adaptação às circunstâncias imediatas em
detrimento de uma visão crítica que possa modificá-la no longo prazo. Assim
cria-se uma distorção da perspectiva do tempo e da vida e o que preocupa é que
esses efeitos afetam ainda mais, e cada vez mais, os jovens.
Nenhum comentário:
Postar um comentário