A beleza feminina sob a ótica masculina
por Paulo Coelho
Não importa o quanto pesa. É fascinante tocar, abraçar e acariciar o
corpo de uma mulher.
Saber seu peso não nos proporciona nenhuma emoção.
Não temos a menor ideia de qual seja seu manequim.
Nossa avaliação é visual. Isso quer dizer, se tem forma de guitarra…
está bem.
Não nos importa quanto medem em centímetros – é uma questão de proporções,
não de medidas.
As proporções ideais do corpo de uma mulher são: curvilíneas, cheinhas,
femininas…
Essa classe de corpo que, sem dúvida, se nota numa fração de segundo.
As magrinhas que desfilam nas passarelas, seguem a tendência desenhada
por estilistas que, diga-se de passagem, são todos gays e odeiam as mulheres e
com elas competem. Suas modas são retas e sem formas e agridem o corpo que eles
odeiam porque não podem tê-los.
Não há beleza mais irresistível na mulher do que a feminilidade e a
doçura.
A elegância e o bom trato, são equivalentes a mil viagras.
A maquiagem foi inventada para que as mulheres a usem. Usem! Para andar
de cara lavada, basta a nossa.
Os cabelos, quanto mais longos, melhor. Para andar com os cabelos
curtos, bastam os nossos.
As saias foram inventadas para mostrar suas magníficas pernas. Por que
razão as cobrem com calças longas?
Lei da natureza… que todo aquele que se casa com uma modelo magra, anoréxica,
bulêmica e nervosa logo procura uma amante cheinha, simpática, tranquila e
cheia de saúde.
Entendam de uma vez! Tratem de agradar a nós e não a vocês, porque,
nunca terão uma referência objetiva, do quanto são lindas, dita por uma mulher.
Nenhuma mulher vai reconhecer jamais, diante de um homem, com
sinceridade, que outra mulher é linda.
As jovens são lindas… mas as de 30 para cima, são verdadeiros pratos
fortes. Por tantas delas somos capazes de atravessar o Atlântico a nado.
O corpo muda… cresce. Não podem pensar, sem ficarem psicóticas que podem
entrar no mesmo vestido que usavam aos 18.
Entretanto uma mulher de 36, na qual entre a roupa que usou aos 18 anos,
ou tem problemas de desenvolvimento ou está se autodestruindo. Nós gostamos das
mulheres que sabem conduzir sua vida com equilíbrio e sabem controlar sua
natural tendência a culpas. Ou seja, aquela que quando tem que comer, come com
vontade (a dieta virá em setembro, não antes; quando tem que fazer dieta, faz
dieta com vontade não se saboteia e não sofre); quando tem que ter intimidade
com o parceiro, tem com vontade; quando tem que comprar algo que goste, compra;
quando tem que economizar, economiza.
Algumas linhas no rosto, algumas cicatrizes no ventre, algumas marcas de
estrias não lhes tira a beleza. São feridas de guerra, testemunhas de que
fizeram algo em suas vidas, não tiveram anos ‘em formol’ nem em spa… viveram!
O corpo da mulher é a prova de que Deus existe. É o sagrado recinto da
gestação de todos os homens, onde foram alimentados, ninados e nós, sem querer,
as enchemos de estrias, de cesáreas e demais coisas que tiveram que acontecer
para estarmos vivos.
Cuidem-no! Cuidem-se! Amem-se!
A beleza é tudo isto. Tudo junto!
Nenhum comentário:
Postar um comentário