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quinta-feira, 21 de junho de 2018

Uma breve reflexão sobre o celular


por Zhé Lopes
 
Celular... do inglês “mobile phone” – telefone móvel, foi criado para um fim. E hoje é utilizado para dezenas de outros.

Me lembro da época em que ele era usado para ligações. Há 10 anos, as pessoas que tinham celulares eram os “ricos”. A ostentação daquele tempo, era pendurar o seu super tijolo, digo, celular na cintura ou acondicioná-lo em uma “pochete”.

Ter a oportunidade de falar através de um destes, não tinha preço.

Depois disso, a tecnologia, como de praxe, desenvolveu aparelhos cada vez menores e mais eficientes. Deixando o então “tijolar” defasado.

Antes do zap-zap, que para muitos é o melhor sistema de troca de mensagens, existiu o bipe ou pager. Era um aparelho para troca de mensagens rápidas.

Desde quando não percebemos, as coisas surgem e se proliferam muito rápido. De uma hora para outra o que era “in” se transforma em “out”.

Hoje os aparelhos mais utilizados são os chamados Smart Phones – telefones inteligentes. E é isso que eles realmente são. Com sua infinidade de funções. Cada dia uma novidade!

Confesso que uso o meu celular [telefone] para tudo, o menos possível, para fazer ligações. É engraçado neste aspecto, pois hoje quando fazemos aniversário, ao invés de muitas ligações, o que mais recebemos são felicitações em nosso Facebook. Sem contar pelas demais redes sociais existentes em nossos celulares que nos afastam do real sentido da relação física social.

Por causa da fixação e vício que o celular causa, as pessoas não andam mais olhando para frente ou para os lados. Olham para baixo... Quando você entra em qualquer ambiente, seja fechado ou aberto, você não vê os olhos das pessoas, mas sim suas cabeças encurvadas, com os olhos fitos nos seus celulares, ou para alguns, em seus próprios mundos. Todos presos em seus próprios interesses. Presos num mundo de fantasias chamado REDE SOCIAL.

[Não falo aqui como alguém que não faz parte deste grupo, pois por exemplo, ao invés de escrever em folhas de papel, uso o bloco de notas do celular e se por acaso fico sem ele, estou condicionado a não conseguir exteriorizar minhas ideias e pensamentos...]

Hoje podemos ouvir músicas, rádios, utilizar a internet, jogar jogos, uma infinidade de aplicativos... E fazer ligações. Mas como eu mesmo já confessei acima, a funcionalidade inicial não é mais o atrativo principal.

Chego a conclusão hoje, que um celular sem redes sociais não serve para mais nada.

Findo assim este conto que não vale nem um conto. Findo agora essa história que não é história. É a verdade nua e crua. Tão virtual, mas real.
Zhé Lopes

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