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sábado, 28 de janeiro de 2017

A todos os colegas aprendizes, fazedores, professores!!!



Uma breve reflexão sobre a paixão e a resistência do educador

“As verdadeiras questões da educação resultam de que nas escolas há pessoas jovens, que devem ser ajudadas, tanto quanto possível, a serem felizes".(...)

Nós, professores e professoras de todos dias, mergulhamos no complexo desafio de humanizar crianças, adolescentes, jovens e adultos a partir da construção do conhecimento. Os tempos mudam, mas não mudou o papel da escola. A escola é o grande laboratório onde se geram a socialização e convivência interpessoal, bem como a construção do conhecimento, a partir das ideias e iniciativas inerentes à criatividade humana.

Abençoada seja a nossa missão de educar. Abençoados sejam nossos propósitos, mesmo nem sempre compreendidos pelos alunos, pais e comunidade. Abençoadas sejam nossas famílias que se geram neste contexto que exige ousadia, paciência, preparo e persistência, em resumo, em doação à vida dos outros. Abençoada seja a nossa saúde física e mental, pois não podemos adoecer e nem fraquejar. Abençoados sejam todos aqueles e aquelas que, por nossas mãos, mentes e coração aceitaram e aceitam o desafio de fazer-se gente, a partir dos seus potenciais e da superação de seus limites. Abençoados todos aqueles que acreditam no trabalho do professor.

Nada mais gratificante em nossa profissão do que o reconhecimento de alunos e alunas que, mesmo tardiamente, fazem questão de afirmar que a gente fez diferença em suas vidas. Não há como medir, no cotidiano da vida escolar, quando e como realizamos ações ou atitudes que marcaram positivamente a vida de um de nossos alunos. Afinal, a gente nunca foi e nunca será gênio para adivinhar; sempre seremos visionários para arriscar, mudar e ousar. Nisto, sempre fomos mestres.

O que entristece a nossa vida é que tanto cuidamos da vida, dos sonhos e dos problemas dos outros, mas nem sempre somos bem cuidados. Queríamos, sim, reconhecimento por nosso maior feito: preservar a importância da educação e da escola para o nosso país, para o mundo.

Muitos falam de educação, mas não são professores. Arriscam palpites sobre melhorias na educação, mas não perguntam sobre o que a gente tem a dizer. Não se importam com nossos baixos salários, muito menos com nossas dificuldades de lidar com as múltiplas dimensões e necessidades presentes nos nossos alunos. Nestes últimos quesitos, lutamos solitários. Embora não tenha mudado o papel da escola e da educação, mudaram as exigências para que possamos construir uma boa aprendizagem. Temos observado que nem todo aluno e nem todos os pais veem a escola como uma forma de inserção na vida social e científica. Que as necessidades dos nossos alunos estão muito além para aquilo que a escola consegue oferecer. Que escolas e professores nem sempre estão em condições de dar conta de tudo o que está “depositado” neles.

O fato é que, a complexidade de nosso mundo é a complexidade da nossa escola; esta complexidade está nos distintos recantos de nosso país. O que muda de uma escola para o outra é o modo de conduzir os processos de aprendizagem e de interação social, mediados pelo conhecimento. A especificidade de cada escola e de cada contexto é que precisam ser sempre avaliados, reconhecidos e apoiados.

O professor, neste contexto, está fragilizado, exposto e pressionado por resultados e expectativas que não dependem somente de sua atuação. Mas professores e professoras resistem bravamente. Sabem que a dureza dos desafios cotidianos supera-se na disposição de lutar por melhores dias na educação, mas também na sua disposição de amar e sentir compaixão. Como escreveu Paulo Freire, “não é possível refazer este país, democratizá-lo, humanizá-lo, torná-lo sério, com adolescentes brincando de matar gente, ofendendo a vida, destruindo o sonho, inviabilizando o amor. Se a educação sozinha não transformar a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda”.

Nosso alento, “esperança de dias melhores".

(Prof.Nei Alberto Pies - Jornal Mundo Jovem)

domingo, 22 de janeiro de 2017

Luis Dourdil Crayons



 LUIS DOURDIL CRAYONS/PAPEL 80X57


Esta Gente Esta gente cujo rosto
Às vezes luminoso
E outras vezes tosco

Ora me lembra escravos
Ora me lembra reis

Faz renascer meu gosto
De luta e de combate
Contra o abutre e a cobra
O porco e o milhafre

Pois a gente que tem
O rosto desenhado
Por paciência e fome
É a gente em quem
Um país ocupado
Escreve o seu nome

E em frente desta gente
Ignorada e pisada
Como a pedra do chão
E mais do que a pedra
Humilhada e calcada

Meu canto se renova
E recomeço a busca
De um país liberto
De uma vida limpa
E de um tempo justo

Sophia de Mello

sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

São Sebastião



Nascido em Narbonne, se tornou cidadão de Milão e foi um mártir e santo cristão.
O seu nome deriva do grego sebastós, que significa divino, venerável (que seguia a beatitude da cidade suprema e da glória altíssima).

Segundo a história, foi um soldado do exército romano durante o ano de 283 d.C., e se alistou com a intenção de afirmar o coração dos cristãos que haviam sido enfraquecidos por causa das torturas. Foi designado como capitão da guarda pessoal do imperador Diocleciano, que o queria sempre por perto.

Ele possuía um comportamento calmo com os prisioneiros cristãos, o que levou o imperador a julgá-lo como traidor e decretar a sua morte com as flechas. Embora tenha sido dado como morto, seu corpo foi encontrado ainda com vida pela Santa Irene, que o socorreu.

Sebastião então se apresentou novamente ao imperador, que ordenou que ele fosse espancado até a morte. Seu corpo foi então jogado no esgoto público, porém Santa Luciana o resgatou e o sepultou nas catacumbas.

Por ser padroeiro da cidade carioca, o dia de São Sebastião do Rio de Janeiro se tornou feriado na cidade.

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São Sebastião foi o ícone de várias expressões artísticas. Foi tema de pintores da Renascença. Na literatura, São Sebastião teve sua trajetória contada no livro “Perseguidores e Mártires”, do escritor italiano Tito Casini. Ainda na literatura, foi um dos personagens centrais do romance “Fabíola” (também intitulado “A Igreja das Catacumbas”), escrito em 1854 pelo Cardeal Nicholas Wiseman.
Em 1911, Debussy produziu um misto de cantata, drama lírico e de balé, “Le Martyrre de Saint Sébastien”. A obra de Wiseman foi filmada por Alessandro Blasetti em 1949 na França, estrelando Michèle Morgan, e com o ator italiano Massimo Girotti no papel de São Sebastião. Foi refilmado por Nunzio Malasomma em 1961, na Itália, como “La Rivolta degli Schiavi” (A Revolta dos Escravos), protagonizado pela estrela estadunidense Rhonda Fleming, com o romano Ettore Manni como o santo mártir.

O pintor brasileiro Eliseu Visconti teve sua tela “Recompensa de São Sebastião”, premiada com a medalha de ouro na Exposição Universal de Saint Louis, realizada em 1904 nos Estados Unidos.

terça-feira, 17 de janeiro de 2017

Refletindo...



 “Havia numa Aldeia um velho muito pobre que possuía um lindo cavalo branco.
Numa manhã ele descobriu que o cavalo não estava na cocheira.
Os amigos disseram ao velho:
– Mas que desgraça, seu cavalo foi roubado!
E o velho respondeu:
– Calma, não cheguem a tanto.
Simplesmente digam que o cavalo não está mais na cocheira.
- O resto é julgamento de vocês.
As pessoas riram do velho.
Quinze dias depois, de repente, o cavalo voltou.
Ele havia fugido para a floresta.
E não apenas isso; ele trouxera uma dúzia de cavalos selvagens consigo.
Novamente as pessoas se reuniram e disseram:
– Velho, você tinha razão.
Não era mesmo uma desgraça, e sim uma bênção.
E o velho disse:
– Vocês estão se precipitando de novo.
Quem pode dizer se é uma bênção ou não?
Apenas digam que o cavalo está de volta.
O velho tinha um único filho que começou a treinar os cavalos selvagens.
Apenas uma semana mais tarde, ele caiu de um dos cavalos e fraturou as pernas.
As pessoas se reuniram e, mais uma vez, se puseram a julgar:
– E não é que você tinha razão, velho?
Foi uma desgraça seu único filho perder o uso das duas pernas.
E o velho disse:
Mas vocês estão obcecados por julgamentos, hein?
Não se adiantem tanto.
Digam apenas que meu filho fraturou as pernas.
Ninguém sabe ainda se isso é uma desgraça ou uma bênção…
Aconteceu que, depois de algumas semanas, o País entrou em Guerra e todos os jovens da aldeia foram obrigados a se alistar, menos o filho do velho.
E os que foram para a guerra, morreram…
Quem é obcecado por julgar, cai sempre na armadilha de basear seu julgamento em pequenos fragmentos de informação, o que o levará a conclusões precipitadas.
Nunca encerre uma questão de forma definitiva, pois quando um caminho termina, outro começa, quando uma porta se fecha, outra se abre…
As vezes vemos apenas a desgraça e não vemos a bênção que ela nos traz…”
(Osho)

Linda mensagem que serve pra todos nós...

sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

A gente colhe o que planta



Paulo quase não viu a senhora, com o carro parado no acostamento. Chovia forte e já era noite. Percebeu que ela precisava de ajuda. Assim, parou seu carro e se aproximou. O carro dela era bem novo, e a senhora pensou que pudesse se tratar de um bandido.
Paulo percebeu que ela estava com muito medo e disse:
- Eu estou aqui para ajudá-la, senhora. Não se preocupe. Meu nome é Paulo e eu vou trocar seu pneu furado.
Paulo abaixou-se, colocou o macaco e levantou o carro. Logo, ele já estava trocando o pneu. Ficou um tanto sujo e machucou, um pouco, uma das mãos.
Enquanto Paulo apertava as porcas da roda, ela abriu a janela e começou a conversar com ele.
Contou que era de São Paulo e que só estava de passagem por ali, e que não sabia como agradecer pela preciosa ajuda. Paulo apenas sorriu, enquanto se levantava. Ao final, ela perguntou quanto lhe devia. Tinha imaginado tudo de ruim que poderia ter acontecido, se Paulo não tivesse parado e ajudado. Paulo não pensava em dinheiro, gostava de ajudar as pessoas. Era seu jeito, seu modo de viver. E respondeu-lhe:
 - Se quiser me pagar, da próxima vez que encontrar alguém que precise de ajuda, dê para esta pessoa a ajuda de que ela precisar, e lembre-se de mim.
Alguns quilômetros depois, a senhora parou em um pequeno restaurante. A garçonete trouxe-lhe uma toalha limpa para secar o cabelo molhado, e lhe dirigiu um sorriso. A senhora notou que a garçonete estava quase no final da gravidez, e que isso não mudou seu bom humor. Ficou surpresa com a gentileza de alguém que tinha tão pouco, tratar tão bem a um estranho. Então, se lembrou do Paulo.
Depois que terminou a sua refeição, e enquanto a garçonete buscava troco, a senhora se retirou.
Quando a garçonete voltou, queria saber onde a senhora estava, quando notou algo escrito no guardanapo e, sob ele, 5 notas de R$ 100,00. Lágrimas encheram seus olhos, quando leu o que a senhora escreveu. Dizia:
- Você não me deve nada, eu já tenho o bastante. Alguém me ajudou hoje e, da mesma forma, estou ajudando você. Se quiser me reembolsar por este dinheiro, não deixe este círculo de amor terminar com você: ajude alguém.
Naquela noite, quando a garçonete foi para casa e deitou-se na cama, seu marido já estava dormindo. Ela ficou pensando no dinheiro e no que a senhora deixou escrito. Como pode, aquela senhora, saber o quanto ela e o marido precisavam daquele dinheiro? Ia ser gasto com coisas para o bebê que estava para nascer no próximo mês. Ficou pensando na bênção que havia recebido. Agradeceu a Deus. Virou-se para o marido que dormia ao lado, deu-lhe um beijo e sussurrou:
- Tudo ficará bem. Eu te amo, Paulo. (O homem que trocou o pneu).

Pense nisso!
A VIDA É ASSIM, UM ESPELHO. TUDO QUE VOCÊ TRANSMITE, VOLTA PARA VOCÊ.