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sexta-feira, 29 de outubro de 2021

29 de Outubro – Dia Nacional do Livro


O Dia do Livro surgiu em homenagem à fundação da Biblioteca Nacional do Livro, em 1810, pela Coroa Portuguesa.

Dia Nacional do Livro


Por Amanda Viegas

SomosPar

 

Tomás Antônio Gonzaga foi o escritor que teve o primeiro livro publicado no Brasil, a obra “Marília de Dirceu”. Monteiro Lobato fundou a Companhia Editora Nacional, em 1925, e com isso, muitas possibilidades surgiram para o crescimento editorial no país. A obra “As aventuras de Tom Sawyer” do autor Mark Twain, foi o primeiro livro feito em uma máquina de escrever.

 

Existem inúmeras curiosidades e fatos interessantes por trás dos livros. Para celebrar o Dia Nacional do Livro, Segue um artigo sobre a origem da data e a importância da leitura.

 

Origem da data

 

O Dia Nacional do Livro é comemorado dia 29 de outubro. A data foi escolhida devido à fundação da Biblioteca Nacional, que aconteceu no dia 29 de outubro de 1810. Os primeiros livros do acervo bibliográfico disponibilizados pela Família Real Portuguesa.

 

Antes dessa data, as salas do Hospital da Ordem Terceira do Carmo, no Rio de Janeiro, foram as primeiras instalações que receberam as obras. Ao todo, Portugal disponibilizou mais de sessenta mil objetos: além dos livros, havia moedas, manuscritos, mapas, medalhas etc., e entre eles estava a primeira edição da obra “Os Lusíadas”, de Luís Vaz de Camões.

 

A Biblioteca, localizada na cidade do Rio de Janeiro, é considerada pela UNESCO a maior da América Latina e uma das dez maiores do mundo. Atualmente, o acervo conta com 9 milhões de itens.

 

Quem são os leitores do Brasil

 

O estudo Retratos da Leitura no Brasil do Instituto Pró-Livro, traçou as principais características dos leitores no país. Confira!

 

• Mulheres (52%) leem mais que homens (48%).

 

•25% dos leitores se concentram na faixa de idade entre 5 e 17 anos, que corresponde ao período escolar.

   

• 29% dos leitores mais assíduos estudaram até o quarto ano do Ensino Fundamental.

   

• 33% dos amantes de livros possuem a renda familiar entre 1 e 5 salários mínimos.

   

• A região Sudeste concentra 43% dos leitores nacionais.

  

• O número de livros lidos por ano é de 4 livros por habitante, sendo 2,1 inteiros e 2 em partes.

 

A celebração do Dia Nacional do Livro

 

Datas comemorativas são sempre um excelente momento para trabalhar algum conceito ou a importância de um profissional ou objeto. No caso dos livros, é fundamental sempre reforçar o papel que a leitura desempenha na aprendizagem de cada um.

 

A leitura tem um papel muito importante na aprendizagem do ser humano. Além de fornecer informações específicas sobre determinado assunto, a leitura auxilia na melhoria da escrita e do vocabulário e no desenvolvimento do raciocínio e do pensamento crítico.

 

Um dos grandes desafios dos educadores é despertar nos alunos o interesse pela leitura e incentivá-los a ler. O costume da leitura é importante tanto para o desenvolvimento técnico quanto socioemocional, criativo e analítico do aluno.

 

Pensando nisso, a gestão escolar pode usar essa data como um momento de reflexão sobre como os livros literários estão sendo trabalhados na instituição. E, os professores podem realizar uma discussão com os alunos.

 

Diversas atividades podem ser realizadas, como a confecção de pequenos livros para que os alunos entendam as dificuldades do processo de escrita ou iniciar uma conversa sobre quais livros nacionais eles mais gostam, buscando compreender o perfil daqueles leitores. Com as crianças pequenas pode-se fazer uma encenação com a participação dos pequenos no processo de contação da história.

 


 

Você sabia que literatura não é apenas a arte de escrever, mas também a arte de ler? Sem o leitor não há a necessidade do escritor; e se não houver o escritor, não haverá o leitor, isso é uma coisa óbvia! Um depende do outro, portanto, um casamento que deve durar para sempre: escritor-leitor; leitor-escritor.

 

Trecho retirado do artigo Vamos Ler? de Alexandre Azevedo, publicado no Coletivo Leitor. O Coletivo é uma iniciativa que tem como objetivo valorizar a importância da leitura e da formação de novos leitores

 

Materiais especiais

 

Os livros literários são muito importantes para a formação pessoal, assim como para o desenvolvimento de competências socioemocionais como a criatividade e o pensamento crítico. Por sua vez, os livros didáticos auxiliam o trabalho do corpo docente no dia a dia em sala de aula. Em alguns casos, os dois tipos de livro se combinam, por meio de sugestões de leitura para complementar o ensino que é apresentado no livro didático, por exemplo.

terça-feira, 26 de outubro de 2021

26 de Outubro – Dia do Matemático


“O Universo é um livro que não pode ser lido enquanto não aprendermos a língua e os caracteres com os quais ele está escrito. Ele está escrito na linguagem matemática, (…), e sem ela é humanamente impossível compreender uma única palavra.”

 Galileu Galilei

sábado, 9 de outubro de 2021

A Esposa de Machado de Assis


 

A Portuguesa Carolina Augusta Xavier de Novaes (1835-1904) foi esposa do escritor Brasileiro Machado de Assis de 1869 a 1904, ano da morte de Carolina.

Eles se conheceram por intermédio do irmão de Carolina, o poeta Faustino Xavier de Novaes, após ela se mudar de Portugal para o Rio de Janeiro, aos 32 anos, cinco a mais do que Machado. No período, era incomum uma mulher solteira com essa idade, mas a decisão, nesse caso, era da própria Carolina, a quem sobravam pretendes. A portuguesa é descrita por Miguel-Pereira como “mulher feita, inteligente, desembaraçada, senhora de si, habituada, na casa paterna, ao trato dos intelectuais”.

O namoro foi reprovado pela família de Carolina, pertencente à elite intelectual, enquanto Machado ainda não tinha grande reconhecimento social – na época, escrevia para jornais e trabalhava no Diário Oficial – e, mais importante, era mulato.

“Na hierarquia social, Carolina se uniu, por escolha própria, a alguém de nível abaixo. Ela foi determinante para que ele tivesse estabilidade emocional e também transitasse entre intelectuais”, diz Luís Augusto Fischer, professor de literatura brasileira da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, autor do livro Machado e Borges (Arquipélago).

Culta, os biógrafos escrevem que apresentou a Machado livros da literatura portuguesa e da literatura inglesa e outros clássicos, redefinindo o seu estilo literário para a maturidade. Além disso, teria revisado, retificado e passado a limpo seus textos, ajudando-o a escrever. Sua esposa torna-se sua enfermeira, quando necessário, pois Machado desde a infância sofria de epilepsia.

Sem filhos, o escritor passou os anos seguintes terrivelmente abatido pela morte da companheira. Em carta enviada ao historiador Joaquim Nabuco dois meses após a perda, temos um fragmento dos sentimentos de Machado por Carolina. “Foi-se a melhor parte da minha vida, e aqui estou só no mundo. Note que a solidão não me é enfado­nha, antes me é grata, porque é um modo de viver com ela, ouvi-la, assistir aos mil cuidados que essa companheira de 35 anos de casados tinha comigo; mas não há imaginação que não acorde, e a vigília aumenta a falta da pessoa amada. Éramos velhos, e eu contava morrer antes dela, o que seria um grande favor”, escreveu ele ao amigo.

Machado de Assis escreveu um soneto em homenagem à esposa, amplamente considerado a melhor peça de sua obra poética. Manuel Bandeira afirmaria, anos mais tarde, que é uma das peças mais comoventes da literatura brasileira. Chama-se "A Carolina":

Querida! Ao pé do leito derradeiro,

em que descansas desta longa vida,

aqui venho e virei, pobre querida,

trazer-te o coração de companheiro.

Pulsa-lhe aquele afeto verdadeiro

que, a despeito de toda a humana lida,

fez a nossa existência apetecida

e num recanto pôs um mundo inteiro...

Trago-te flores - restos arrancados

da terra que nos viu passar unidos

e ora mortos nos deixa e separados;

que eu, se tenho, nos olhos mal feridos,

pensamentos de vida formulados,

são pensamentos idos e vividos"

 

Fonte: https://claudia.abril.com.br/cultura/carolina-a-mulher-que-mudou-o-rumo-da-obra-de-machado-de-assis/amp/