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sábado, 2 de fevereiro de 2019

A Lenda de Iemanjá


O Dia de Iemanjá é comemorado em 2 de fevereiro.

Iemanjá, também conhecida como "Rainha do Mar" é um orixá africano feminino, e faz parte da religião do candomblé e de outras religiões afro-brasileiras.

É considerada padroeira dos pescadores, jangadeiros e marinheiros.

Igualmente, protetora dos lares, das crianças, gestantes e invocada na hora do parto e por todos que desejam ser felizes no casamento.

O Dia de Iemanjá é a maior festa em honra a este orixá, quando milhares de pessoas se vestem de branco e vão às praias depositar oferendas, como espelhos, joias, comidas, perfumes e outros objetos.

Dia de Iemanjá

Origem do Dia de Iemanjá

O Dia de Iemanjá coincide com a festa da Apresentação de Nossa Senhora ao Templo da Igreja Católica que também é venerada com os títulos de Nossa Senhora da Luz, da Candelária, das Candeias, entre outros.

Atualmente, a data conta com devotos do candomblé e da umbanda, em sua maioria.

Em 2 de fevereiro também é celebrado o Dia de Nossa Senhora dos Navegantes, outro título com o qual é venerada a Virgem Maria.

No Rio Grande do Sul e em Santa Catarina ainda existe o sincretismo entre Iemanjá e Nossa Senhora dos Navegantes (por isso que algumas imagens de Iemanjá são representadas por uma mulher branca, uma referência a santa católica). Já no Rio de Janeiro Iemanjá é sincretizada com Nossa Senhora da Conceição, dentre outras denominações.

História de Iemanjá

Iemanjá é também conhecida por Yemanjá, Iyemanjá, Yemaya, Yemoja ou Iemoja. O nome Iemanjá é derivado da expressão Iorubá, "yeye ma ajá" que quer dizer "mãe cujos filhos são peixes".

Iemanjá era a orixá de uma nação iorubá, os Egba, que viviam inicialmente em um local no sudoeste da Nigéria, entre Ifé e Ibadan, onde há um rio chamado Yemanjá.

No século XIX, por causa das guerras entre povos iorubás, os Egba foram obrigados a se afastar do rio Iemanjá e passaram a viver em Abeokuta. No entanto, continuaram cultuando a divindade, que segundo a tradição, passou a viver em um novo rio, o Ògùn.

Dia de Iemanjá na Umbanda

No Brasil, o Dia de Iemanjá pode ser comemorado em dias diferentes dependo do estado. Embora o principal seja o dia 2 de fevereiro, em São Paulo a comemoração é no dia 8 de dezembro pelos umbandistas.

No Rio de Janeiro, Iemanjá é muito celebrada no dia de Ano Novo, com vários rituais de Passagem de Ano.


Olodumaré fez o mundo e repartiu entre os orixás vários poderes, dando a cada um reino para cuidar.



A Exú deu o poder da comunicação e a posse das encruzilhadas.



A Ogum o poder de forjar os utensílios para agricultura e o domínio de todos os caminhos.



A Oxóssi o poder sobre a caça e a fartura.



A Obaluaiyê o poder de controlar as doenças de pele.



Oxumaré seria o arco-íris, embelezaria a terra e comandaria a chuva, trazendo sorte aos agricultores.



Xangô recebeu o poder da justiça e sobre os trovões.



Oyá reinaria sobre os mortos e teria poder sobre os raios.



Ewá controlaria a subida dos mortos para o Orum, bem como reinaria sobre os cemitérios.



Oxum seria a divindade da beleza, da fertilidade das mulheres e de todas as riquezas materiais da terra, bem como teria o poder de reinar sobre os sentimentos de amor e ódio.



Nanã recebeu a dádiva, por sua idade avançada, de ser a pura sabedoria dos mais velhos, além de ser o final de todos os mortais; nas profundezas de sua terra, os corpos dos mortos seriam recebidos. Além disso do seu reino sairia a lama da qual Oxalá modelaria os mortais, pois Odudua já havia criado o mundo.



Todo o processo de criação terminou com o poder de Oxaguian que inventou a cultura material.



Para Iemanjá, Olodumare destinou os cuidados da casa de Oxalá, assim como a criação dos filhos e de todos os afazeres domésticos.



Iemanjá trabalhava e reclamava de sua condição de menos favorecida, afinal, todos os outros deuses recebiam oferendas e homenagens e ela, vivia como escrava.



Durante muito tempo Iemanjá reclamou dessa condição e tanto falou, nos ouvidos de Oxalá, que este enlouqueceu.



O ori (cabeça) de Oxalá não suportou os reclamos de Iemanjá.



Oxalá ficou enfermo, Iemanjá deu-se conta do mal que fizera ao marido e, em poucos dias curou Oxalá.



Oxalá agradecido foi a Olodumare pedir para que deixasse a Iemanjá o poder de cuidar de todas as cabeças.



Desde então Iemanjá recebe oferendas e é homenageada quando se faz o bori (ritual propiciatório à cabeça) e demais ritos à cabeça.



Alexsandro Oxé

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