Não existe quem, em algum momento do dia, não se questione acerca da
humanidade e de sua suposta evolução. Os noticiários trazem muitos fatos que
comprovam o quanto algumas pessoas parecem desprovidas de senso, de
discernimento, de amor no coração. Quanto mais avança a tecnologia, mais o
homem retrocede por dentro, é o que concluímos em muitos momentos.
Talvez pelo alcance sem fronteiras que as notícias possuem através da
rede virtual, talvez pela cultura da ostentação consumista, talvez por ausência
de religião, pela impunidade, entre outros, fato é que somos cada vez mais
surpreendidos pela desumanidade, pela falta de empatia, pela violência que
permeia a sociedade. Violência explícita, violência velada, violência.
Soma-se a isso a competitividade exacerbada que baliza todos os setores
da vida. Competimos no mercado de trabalho, na escola, na família, nas redes
sociais, na vida em si. Nesse contexto, o outro dificilmente é visto como um
amigo, porque pode vir a ser um oponente a qualquer instante. Fragilizam-se,
assim, as interações sociais no que têm de mais humano, em tudo o que envolve lealdade,
amizade, afeto e amor.
É preciso conscientizar-se de que cada um de nós terá a parte que lhe
cabe sob o sol, pois todos possuímos algo de bom a oferecer ao mundo. É preciso
olhar para fora de si, ajudando o outro, pois somos todos passageiros da mesma
embarcação. Quando cooperamos, quando ajudamos, estamos ajudando a nós mesmos
também, tornando-nos melhores e mais felizes. Ninguém consegue estar totalmente
realizado enquanto pisa as pessoas para subir os degraus de sua jornada.
Você não precisa roubar o brilho de ninguém para emitir luz. Você não
precisa diminuir ninguém para se tornar maior. Você não precisa destruir
ninguém para construir o seu caminho. A gente vence no coletivo, enquanto
dividimos o nosso melhor, compartilhamos conhecimento, ajudamos o próximo.
Vencer de forma solitária e mesquinha dificilmente trará o contentamento que a
vitória conjunta carrega. Competir saudavelmente, quando a situação o exigir,
tudo bem. Deixar de cooperar, para brilhar sozinho, nada bem. O caminho é a
convivência harmoniosa, porque quando várias pessoas sorriem, a sensação é
maravilhosa. E os resultados práticos também.
Cooperar,
mais do que competir. É isso.
Fonte:
Site A Grande Arte De Ser Feliz
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