Pesquisar este blog

sexta-feira, 5 de junho de 2015

Uma pedra...


Relacionando essa proposição: 

Esse acontecimento é a pedra, o empecilho, a encruzilhada, aquilo que nos tira o chão que pode ser o rompimento de uma relação amorosa, a competição predatória do sistema capitalista, a propaganda do hedonismo, a morte de um ente querido, um ato discriminatório, um golpe de estado, a queda na bolsa de valores, a descoberta de um câncer, enfim, pedras na nossa caminhada não faltam. O problema é que, muitas vezes, fingimos não ver e nos escondemos na falsa crença de que o mundo é objetivo e a nossa subjetividade (nosso eu, nossa personalidade) é algo que se encaixa perfeitamente na moldura dessa suposta objetividade do mundo (sociabilidade, coexistência, sociedade) que nós inventamos. Durante grande parte do tempo das nossas vidas nós não lembramos que a grande verdade da vida é que, a passagem do tempo é inevitável, seja na rotina, no deslocamento cotidiano ocasionado pela angústia, até, mesmo quando a morte do outro toma o nosso tempo de vida que, também culmina na morte. O que intuímos com a repetição aparentemente sem nexo das frases do poeta Drummond?

Nenhum comentário:

Postar um comentário