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quinta-feira, 9 de junho de 2016

Camões


Luís Vaz de Camões foi um poeta português, nascido em Coimbra ou Lisboa, não se sabe o local exato nem o ano de seu nascimento, supõe-se por volta de 1524, e morreu em Lisboa, Portugal, no dia 10 de junho 1580, na mais absoluta pobreza. Ingressou no Exército da Coroa de Portugal e em 1547, embarcou como soldado para a África, onde participou da guerra contra os Celtas, no Marrocos, e em combate perde o olho direito.

Autor do poema “Os Lusíadas”, uma das obras mais importantes da literatura portuguesa, que celebra os feitos marítimos e guerreiros de Portugal. É o maior representante do Classicismo português.
Camões é o poeta erudito do Renascimento, se inspira em canções ou trovas populares e escreve poesias que lembram as cantigas medievais. Revela em seus poemas uma sensibilidade para os dramas humanos, amorosos ou existenciais. A maior parte da obra lírica de Camões é composta de sonetos e redondilhas, de uma perfeição geométrica, sem abuso de artifícios, tudo parece estar no lugar correto.

No século XVI, em todos os reinos católicos, os livros deveriam ter a aprovação da Inquisição para serem publicados. Isso ocorreu com “Os Lusíadas”, conforme texto de frei Bartolomeu, onde comenta as características da obra e ressalva que a presença de deuses pagãos não devem preocupar porque não passa de recurso poético do autor.

Em 1552, de volta à Lisboa frequentou tanto os serões da nobreza como as noitadas populares. Numa briga, feriu um funcionário real e foi preso. Embarcou para a Índia em 1553, onde participou de várias expedições militares. Em 1556, foi para a China, também em várias expedições. Em 1570, voltou para Lisboa, já com os manuscritos do poema “Os Lusíadas”, que foi publicado em 1572, com a ajuda do rei D. Sebastião.

O poema “Os Lusíadas”, funde elementos épicos e líricos e sintetiza as principais marcas do Renascimento português: o humanismo e as expedições ultramarinas. Inspirado em A Eneida de Virgílio, narra fatos heroicos da história de Portugal, em particular a descoberta do caminho marítimo para as Índias por Vasco da Gama. No poema, Camões mescla fatos da História Portuguesa à intrigas dos deuses gregos, que procuram ajudar ou atrapalhar o navegador.

Um aspecto que diferencia Os Lusíadas das antigas epopeias clássicas é a presença de episódios líricos, sem nenhuma relação com o tema central que é a viagem de Vasco da Gama. Entre os episódios, destaca-se o assassinato de Inês de Castro, em 1355, pelos ministros do rei D. Afonso IV de Borgonha, pai de D. Pedro, seu amante.

Uma das amadas de Camões foi a jovem chinesa Dinamene, que morreu afogada em um naufrágio na viagem de volta a Portugal, num naufrágio na costa da Conchinchina (no Vietnã). Diz a lenda que Camões conseguiu salvar o manuscrito de Os Lusíadas, segurando com uma das mãos e nadando com a outra (noutra versão carregava o material à boca). Camões escreve vários sonetos lamentando a morte da amada. O mais famoso é “A Saudade do Ser Amado”. Camões deixou além de “Os Lusíadas”, um conjunto de poesias líricas, entre elas, “Os Efeitos Contraditórios do Amor" e “O Desconcerto do Mundo”, e as comédias “El-Rei Seleuco”, “Filodemo” e “Anfitriões”.

Gruta de Camões – uma espécie de nicho formada por três grandes rochedos facetados, sendo dois colocados verticalmente e o terceiro servindo de teto. Atualmente não apresenta as suas primitivas características, alteradas pelas modificações introduzidas para o melhorar, mas que a fizeram perder a sua beleza natural. Conta a história que foi na Gruta, em Macau que Camões se refugiou para escrever parte d’Os Lusíadas.

 
Na obra de Camões, a língua portuguesa passou a expressar sentimentos, sensações, fatos e ideias de uma forma que até então não fora alcançada por ninguém. Sua posição de destaque entre os poetas portugueses de seu tempo é devida também ao fato de em sua obra estarem presentes tanto o humanismo como a expansão ultramarina, isto é, os dois elementos que caracterizaram o Renascimento português. 
Fonte: http://www.e-biografias.net/luis_camoes/

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