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sábado, 17 de outubro de 2020

Praticando o desapego, de Fernando Pessoa


Sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao final.

Se insistirmos em permanecer nela mais do que o tempo necessário...

Perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos viver.

 

Encerrando ciclos, fechando portas, terminando capítulos.

Não importa o nome que damos, o que importa é deixar no passado os momentos que já se acabaram.

As coisas passam, e o melhor que fazemos é deixar que elas possam ir embora.

 

Deixar ir embora. Soltar. Desprender-se.

 

Ninguém está jogando nesta vida com cartas marcadas, portanto às vezes ganhamos, e às vezes perdemos.

Antes de começar um capítulo novo, é preciso terminar o antigo: Diga a si mesmo que o que passou jamais voltará.

 

Lembre-se de que houve uma época em que podia viver sem aquilo...

- Nada é insubstituível, um hábito não é uma necessidade.

Encerrando ciclos, não por causa do orgulho, por incapacidade ou por soberba...

Mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais em sua vida.

 

Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira.

Quando um dia você decidir a pôr um ponto final naquilo que já não te acrescenta.

Que você esteja bem certo disso, para que possa ir em frente, ir embora de vez.

 

Desapegar-se, é renovar votos de esperança de si mesmo,

É dar-se uma nova oportunidade de construir uma nova história melhor.

Liberte-se de tudo aquilo que não tem te feito bem, daquilo que já não tem nenhum valor, e siga, siga novos rumos, desvende novos mundos.

 

A vida não espera.

O tempo não perdoa.

E a esperança, é sempre a última a lhe deixar.

 

Então, recomece, desapegue-se!

 

Ser livre, não tem preço!

 

 Fernando Pessoa

 


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