As duas expressões existem na língua portuguesa, mas seu emprego depende
da situação de uso. Veja nos exemplos abaixo.
Para eu ler (ver/ assistir/ buscar)
É muito comum ouvirmos construções como “Empresta o livro para mim ler”
ou “Trouxe um sanduíche para mim comer depois”, entre outras. Tais sentenças
estão, segundo a norma culta, gramaticalmente incorretas e devem ser evitadas.
As frases deveriam ser escritas da seguinte forma: “Empresta o livro para eu
ler” e “Trouxe um sanduíche para eu comer depois”.
Nessas situações, o pronome pessoal eu tem a função de sujeito do verbo
no infinitivo. Ela só pode ser exercida pelos pronomes pessoais retos, nunca
pelos oblíquos, como é o caso do pronome mim.
Errado: Há vários exercícios para mim fazer.
Correto: Há vários exercícios para eu fazer.
Para mim estudar é uma alegria
Nada de errado nessa construção. Nesse caso, o pronome oblíquo mim não é
sujeito de estudar. Observe que houve apenas uma inversão da ordem natural da
frase. Em ordem direta teríamos: Estudar é uma alegria para mim, onde “para
mim” funciona como complemento de estudar.
Para deixar clara a função de complemento de “para mim”, recomenda-se
separá-lo do verbo por uma vírgula.
Exemplo: Para mim, estudar é uma alegria
Fonte: 1001 dúvidas de português, de José de Nicola e Ernani Terra.
Editora Saraiva
Nenhum comentário:
Postar um comentário