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quinta-feira, 12 de julho de 2018

O melhor presente para as crianças se chama tempo



Tempo, esse é o nome do melhor presente para as crianças. Não é vendido em lojas de brinquedos, nem na internet. Você só pode encontrá-lo em si mesmo, na sua disposição e sendo consciente de que uma história não pode ser lida em 2 minutos.

Dedicar tempo às crianças não significa dar-lhes o celular, o tablet ou ligar a televisão no seu canal favorito. Isso também não é educação, nem carinho, nem afeto.

A infância é uma das etapas mais importantes da vida na qual se tece o tecido da nossa evolução. Assim, as crianças estão mergulhadas em muitas mudanças que, às vezes, os adultos nem percebem e que, portanto, perdem se não estiverem atentos.

“A pressa é negativa, não explicar as coisas com calma pode resultar em enganos. É preciso criar o clima para que as crianças façam perguntas e dar tempo para que tudo fique redondo, sem fios soltos. Qualquer tema contado com calma e com entusiasmo capta o interesse das crianças. Mas para isso é preciso vivê-lo, crê-lo. Tudo fica dentro se você não tempo para tirá-lo para fora”
-Ana Etchenique-


Slow-parenting, a criação a fogo brando

Educar e compartilhar momentos “a fogo brando” significa respeitar seus ritmos, dar espaço para se desenvolverem, que não pulem etapas, que cresçam e evoluam sem o estresse e a exigência que criamos ao seu redor.

Esta perspectiva educacional se baseia na filosofia slow, a qual manifesta a necessidade de privilegiar um ritmo de vida mais calmo, promovendo assim a maturidade, a evolução e a criação de laços a partir do progresso natural da criança, sem pressa.

Assim é possível apoiar o pequeno em cada passo, não forçar suas etapas evolutivas e oferecer oxigênio psicológico a sua educação, esquecendo a marcação e impregnando de deleite cada pequeno aprendizado, cada demonstração de afeto e cada coleta de motivos.

  
Que a pressa não lhe roube a magia da infância

A pressa é a nossa pior conselheira. Ela se encarrega de roubar os momentos mais preciosos e os detalhes mais maravilhosos da magia da infância. Agora, se você parar para pensar, talvez possa remediar tudo isto.

As tarefas, arrumar a casa, tomar banho… futebol às seis, aniversário às oito, jantar às dez… Todos os dias na correria… O que queremos conseguir com isto? As nossas crianças estão aproveitando? Estamos sendo conscientes do que estamos perdendo e do que estamos fazendo eles perderem?

Provavelmente não. É preciso refletir se oferecemos tempo aos nossos filhos, se brincamos com eles o suficiente e se organizamos o seu dia a dia reservando momentos nos quais nos dediquemos exclusivamente a eles e a nós em conjunto.

Portanto, é importante:

Deixar de lado a pressa desde a primeira hora do dia, acordar nossas crianças com carinho e oferecer um café da manhã de amor com tranquilidade.

Saborear cada refeição com eles sem distrações como a televisão ou as revistas.

Brincar de adivinhação, falar sobre coisas cotidianas e se aprofundar na expressão dos sentimentos e das emoções.

É bom guardar “momentos de segredos” nos quais falamos sobre as nossas coisas com total sinceridade.

Podemos fazer passeios a lugares tranquilos, a paisagens naturais e a entornos que nos convidem a explorar e a experimentar juntos.

É bom tomar banho de banheira de vez em quando, em vez de uma ducha rápida.

É fundamental deixá-las escolher, pois às vezes definimos demais o seu dia a dia e boicotamos os seus desejos, expectativas e decisões.

Desligar os celulares e todos aqueles aparelhos eletrônicos que, como sabemos, roubam a nossa atenção.

De vez em quando podemos nos jogar em qualquer lugar da casa e não fazer absolutamente nada.

Procurar jogos que potencializem a sua criatividade, a sua inteligência e a sua capacidade de sentir.

Não permita que a pressa ou os maus hábitos que existem atualmente marquem a criação dos seus filhos. O melhor presente não são os desenhos animados da moda ou os últimos bonecos de Disney. O melhor presente é compartilhar com eles o bem mais precioso que existe na vida e que nunca volta: o tempo.



Imagens: Karin Taylor

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