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sábado, 20 de julho de 2019

Leitura: O Diário de Anne Frank (Adap. Ari Folman & David Polonsky)



O Diário de Anne Frank é uma adaptação do clássico da Literatura Universal com o mesmo título. Esta edição em quadrinhos, desenhados por Ari Folman e por David Polonsky e traduzido para o português por Raquel Zampil, apresenta, antes da história propriamente dita, as personagens como aparecem no Diário e seus nomes verdadeiros. Após, traz um Posfácio, esclarecendo o destino das personagens depois que se encerra o Diário, ou seja, após a prisão dos moradores do Anexo. Apresenta, ainda, uma nota dos autores, esclarecimentos sobre a Anne Frank Fonds e a UNICEF. Por último, são relacionados outros livros de Anne Frank e são expressas informações paratextuais. A narrativa inicia com o registro dos dias 12 e 20 de junho de 1942. Anne conta que se sente sozinha, mesmo tendo família, amigas e admiradores e, como recebe um diário no dia de seu aniversário de 13 anos, ela o transforma em sua melhor amiga. Nesse, a menina conta o momento em os pais se conheceram, a ascensão do nazismo e a mudança da família da Alemanha para a Holanda. Todavia, a Holanda também é invadida, e os judeus começam a sofrer restrições. Devido ao perigo de serem presos, a família de Anne aloja-se em um anexo secreto. Esse espaço é compartilhado com a família van Daan, cuja convivência é complicada para Anne, porque ela é continuamente criticada pela Sra van Daan e comparada a sua irmã, cujo comportamento é visto como exemplar. Depois de algum tempo, chega mais um judeu ao anexo, o Sr. Dussel, dentista. O dentista conta coisas do mundo externo, das quais a família Frank sente falta, ou que trazem preocupações. Passado algum tempo, Anne começa a gostar de Peter e deixa de sentir-se tão sozinha. Em 13 de junho de 1943, comemora um ano no anexo. As histórias do que acontece no anexo e as comparações de Anne prosseguem até primeiro de agosto de 1944. Ao final da história, há um relato do que aconteceu no dia quatro de agosto, quando o anexo foi invadido, e as pessoas, presas. O texto visual evidencia total interação de imagens com o texto verbal. Isso contribui sobremaneira para a experiência estética do leitor. Mas não é apenas no traçado dos desenhos que o texto visual se destaca. A obra também explora combinações de cores, volume e proporção, com vistas a aprimorar ainda mais as experiências leitoras. A obra incita o jovem leitor a conhecer, ler, debater e recontar os clássicos, fazendo da linguagem um campo fértil para experiências estéticas e interpretativas.

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