O maior problema da comunicação é que não ouvimos para compreender,
ouvimos para responder.
Isi Golfetto
Muitos conflitos poderiam ser evitados pelo simples fato de reconhecer
que, o que o outro diz passa por um filtro, o meu filtro. O filtro de todas as
experiências que vivi, da minha autoestima, das minhas crenças e das minhas
interações com aquela pessoa. Isso dá todo um novo significado para o que eu
ouvi, o que eu entendi e que, supostamente foi dito, e não necessariamente o
que ele disse.
Seria tão bom se a velocidade para responder fosse menos importante do que a qualidade e coerência da resposta.
Você sabia que
tem a capacidade de falar até 100 palavras por minuto e que pode ouvir até duas
vezes mais?
O problema disso
é que com frequência o nosso cérebro se distrai e fingimos ouvir a quem fala. Estamos imersos em nossos próprios
pensamentos e naquilo que julgamos ser importante.
Segundo
pesquisas, uma pessoa mediana ouve com apenas 25% de eficiência. Esse dado
indica que três quartos daquilo que ouvimos, literalmente, entra por um ouvido e sai pelo outro.
Essa expressão
me fez recordar de uma brincadeira chamada telefone sem fio.
Alguém
sussurrava uma palavra ou frase em seu ouvido e você tinha que repassar. Não
era permitido repetir. Se você não entendesse tinha que repassar o que havia
entendido. Quanto maior o número de participantes no jogo mais distorcida a
mensagem chegava a última pessoa.
Se era engraçado
o final dessa história com as palavras em português, imagine o que acontecia
quando esse exercício era feito com palavras em inglês - para reforçar o
aprendizado – peas, bees, knees, cheese, kiss... a funny learning time!
Esse jogo pode
ser uma boa representação desse processo de comunicação. Seja como uma
atividade para entreter ou para aprender. Podemos supor que esse jogo mostra o
quanto alguém compreende a mensagem transmitida. O quanto do que eu falo é
modificado quando passa pelo filtro do outro.
Mas, onde está a causa do problema? Como utilizar com eficiência a
habilidade de ouvir?
Pode-se afirmar
que dentre as várias possibilidades que levam as pessoas a não utilizarem a habilidade eficaz de ouvir uma delas é em virtude
da audição seletiva, ou seja, se concentrar apenas naquilo que julga ser
importante. Daí a facilidade de interpretar o que o outro diz.
Ouvir o outro vai muito além do ato voluntário de escutar. Depende do silêncio dentro da alma.
Para alcançar a
eficiência no ato de ouvir é preciso força de vontade, disciplina e
persistência para aprender, desenvolver e adotar essa habilidade em sua vida.
Para ser um bom ouvinte alguns hábitos são relevantes.
■ Praticar a atenção consciente. Desligue o
celular, a televisão ou qualquer outra coisa – até os seus próprios
pensamentos. Ouvir com o coração é se concentrar na pessoa que está a sua
frente.
■ Olhar nos olhos do seu interlocutor enquanto ele fala.
Isso demonstra que você reservou aquele tempo para dar atenção a ele.
■ Ouvir cuidadosamente o que está sendo dito. Procure
entender o que a pessoa está passando. Perceba os seus gestos e as suas emoções
por trás das palavras ou do seu silêncio.
■ Fazer perguntas pertinentes. Uma das características do bom ouvinte
não é apenas ouvir, mas interagir no
momento adequado para extrair informações significativas e mostrar
interesse no que o outro está dizendo.
■ Não ficar na defensiva. Nem tudo o que você vai ouvir será
sempre lindo. Temos a tendência a ficar fechados diante de críticas negativas.
Dê um pause no seu sentimento e
aguarde o momento adequado antes de emitir a sua opinião.
■ Entender antes de criticar. Não julgue ou critique o que
uma pessoa tem a dizer antes de ouvi-la até o fim. Confirme se compreendeu o
que ela disse. Continue atento ao seu interlocutor mesmo quando estiver
incomodado e não concordar com a opinião emitida.
■ Sair um pouco de si. Procure aceitar as pessoas como elas
são e não como você gostaria que fossem.
■ Praticar o silêncio. Em muitas ocasiões a escuta é apenas
isso... silêncio. É preciso estar
conectado com a outra pessoa e acompanhar a sua história sem intervenção,
criando assim mais cumplicidade e sintonia. É uma maneira simples de dizer... estou aqui, sou toda ouvidos, pode contar
comigo!
Procurar
compreender exige consideração. Procurar ser entendido requer coragem. A
eficiência do ouvir está no equilíbrio das duas coisas.
A habilidade de ouvir reside no silenciar da mente e do coração, diante
da fala do outro.
Quer saber como
está essa sua virtude de ouvir o outro? Segue o link de um teste simples,
prático e o resultado é surpreendente. Aguardo você no teste.
Teste – você é
um bom ouvinte?
Teste sua
habilidade de ouvir AQUI.
Fonte: Blog Motivacional –
http://batepapocomestilo.blogspot.com.br/
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