Luiza
Fletcher
Os
pais são tão valiosos e responsáveis pelos filhos quanto as mães, e suas
atitudes em relação aos filhos e à casa não são ajuda, são responsabilidade.
Muitos tendem a acreditar que
as principais funções em relação aos filhos são naturalmente da mãe, por ela
ter carregado a criança em seu ventre por 9 meses e também a concebido. Essa
crença é transmitida de geração em geração em muitas famílias, e em muitos
casos faz com que os pais acreditem que não têm verdadeira responsabilidade com
os filhos, o que está errado.
A figura do pai e da mãe são
igualmente fundamentais para que a criança cresça com saúde mental, emocional e
física. Por mais que os primeiros contatos sejam com a mãe, os pais não devem
ser aquela figura distante e autoritária, o mundo já não pensa mais dessa
maneira, e essa ideia deve ser esquecida.
A responsabilidade com os
filhos é igual para pai e mãe. Por isso, quando um pai ajuda a trocar as
fraldas, dá banho, ensina e cuida, ele não está “ajudando”, sendo “gentil”,
apenas está cumprindo com a sua função e exercendo a paternidade, que apesar
dos desafios é uma das melhores fases na vida de uma pessoa.
Precisamos mudar essa
realidade primeiro em nossas casas, e depois no mundo todo. Os pais são tão
valiosos e responsáveis pelos filhos quanto as mães, e suas atitudes em relação
aos se à casa não são ajuda, são responsabilidade. Um pai de verdade está
sempre presente e assume a responsabilidade.
Como
os cérebros dos homens mudam durante a educação
Todos sabemos que as mulheres
sofrem diversas transformações durante a gravidez e depois da concepção do
bebê. O vínculo que criam com a presença, cuidado e amamentação reestruturação
os cérebros das mães, trazendo mais maturidade e responsabilidade, colocando o
bem-estar da criança sempre em primeiro lugar.
Além disso, experimentam um
aumento de ocitocina e mudança da sinapse neuronal, o que aumenta a
sensibilidade e a percepção, para que a mãe esteja sempre consciente do estado
de seu bebê.
Mas e quanto aos pais, será
que seus cérebros mudam com a chegada do filho ou eles apenas acompanham as
transformações do lado de fora?
Segundo um estudo realizado na
Universidade Bar-Ilan, em Israel, “se um
homem tem um papel primordial de cuidar de seu bebê, experimenta a mesma
mudança neuronal de uma mulher.”
No estudo, foram realizados
diversos exames cerebrais, em pais diversos pais, e os resultados mostraram que
suas amígdalas tinham atividade 5 vezes mais intensa do que o normal. Esse
aumento se relaciona diretamente ao alerta de perigo e uma maior sensibilidade
ao mundo emocional dos bebês.
Outro fato muito interesse é
que o nível de oxitocina dos pais presentes, e que desempenham o papel
principal na família é das mães mais presentes. Isso mostra que a conexão
verdadeira não é um privilégio apenas das mães.
Exercendo
a paternidade e maternidade com responsabilidade
Nem todas as famílias oferecem
um ambiente saudável para as crianças crescerem. Muitos pais e mãe não sabem
como exercer o seu papel e se tornam tóxicos, presentes, ausentes ou agressivos
demais com os filhos, e deixam marcas muito profundas em suas almas e
espíritos. A criação de um filho é um desafio para muitos de nós, mas é sempre
necessário sabermos as melhores maneiras de lidar com essa nova fase da vida,
para que seja um período de muita felicidade e união para todos da família.
A criação saudável de uma
criança não está incumbida a apenas um dos pais. Deve ser um trabalho conjunto
de muito amor, presença e equilíbrio. Responsabilidades precisam ser divididas
com muito cuidado e se adequando ao padrão de cada família.
O mais importante é que haja
cumplicidade nos bons e maus momentos e que ambos estejam comprometidos a darem
o seu melhor pela criança que se tornará exatamente o que seus exemplos as
ensinarem.
Por
famílias em que as responsabilidades sejam mais divididas e alegrias
compartilhadas!
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