Os antigos romanos
acreditavam que o tempo é cíclico.
Nossa percepção do tempo nos leva a acreditar que é
uma progressão linear. As repetições são uma parte essencial do tempo e podemos
senti-la acontecendo até mesmo dentro de nossas próprias vidas.
Assim como as
estações, a cada sete anos nosso curso de vida registra uma mudança dramática,
e nós podemos senti-la mentalmente e fisicamente:
Primeiro Ciclo (0-7
anos)
A criança é o centro de seu próprio mundo durante seus
primeiros sete anos de existência. Os adultos giram em torno da criança
tentando satisfazer todas as suas necessidades. A criança está explorando e é
totalmente focada em si mesma.
Segundo Ciclo (7-14
anos)
O mundo é um lugar novo nesta fase. A criança começa a
explorar o mundo ao seu redor. A empatia não é o seu forte. Sua curiosidade a
leva até mesmo a ser destrutiva em algum nível, como quebrar seus brinquedos
para ver o que há dentro.
Terceiro Ciclo
(14-21 anos)
Neste período a pessoa começa a compreender melhor
como o mundo funciona e isso gera uma ansiedade, inquietude e pressa para
experimentar novas sensações, este é, efetivamente, o início de sua entrada na
idade adulta.
Quarto Ciclo (21-28
anos)
Esta é a fase que Shakespeare em sua poesia descreveu
que o estágio do ‘Soldado’. Os jovens tornam-se focados em suas carreiras e
ganhando poder e prestígio, mas, às vezes, essa dedicação os impedem de entrar
em contato com seus sentimentos. Ambição torna-se a força motriz e as
oportunidades parecem ilimitadas e cheias de potencial.
Quinto Ciclo (28-35
anos)
Esta é a fase de se estabelecer. Ela vem com aceitação
de que todos os nossos desejos podem não ser possíveis de se alcançar. Há muita
pressa para se aproveitar a juventude com um misto de amadurecimento e
responsabilidade. As pessoas começam a procurar segurança e estabilidade e
sentir-se apressadas, já que os prazeres momentâneos não servem para o mesmo
propósito que antigamente.
Sexto Ciclo (35-42
anos)
Esta é a casa de recuperação da vida. De idade 35 anos
em diante as pessoas começam a se estabelecer para o restante de suas vidas, já
que não sentem mais a mesma necessidade de antes de correr atrás das coisas. As
regras não são mais destinadas a serem quebradas, mas se tornam a base da sua
segurança mental. As pessoas tornam-se definidas em seus ideais e qualquer
questionamento que lhe causem desconforto. Nós nos tornamos convencionais por
escolha.
Sétimo Ciclo (42-49
anos)
A necessidade de religião começa a infiltrar-se. Temos
de começar a acreditar em poderes superiores quando, pela primeira vez, os
nossos corpos começam a falhar e o declínio físico do envelhecimento começa.
Cabelo fica cinza e tomar medicamentos agora torna-se uma parte da vida
cotidiana. Conforme o relacionamento com o corpo torna-se mais difícil,
torna-se mais importante também manter a atitude positiva e a alegria do
presente.
Oitavo Ciclo (49-56
anos)
Superados os dramas das fases anteriores, a
experiência e sabedoria proveniente da idade faz as pessoas encararem a vida
com maior leveza e despreocupação. Percebe-se que a pressa em ser ser feliz na
juventude é superestimada. O corpo já não é mais o mesmo, mas isso não importa,
desde que haja saúde e hábitos saudáveis, há uma independência financeira e de
filhos para se desfrutar em seu próprio tempo.
Nono Ciclo (56-63
anos)
Este é como uma segunda infância. Começamos a perder o
interesse no mundo e nas pessoas ao nosso redor. Não importa o quanto você
poderia ter dito a si mesmo que, mesmo como uma pessoa idosa, você seria
‘atualizado’. Aprender novas coisas pode ser mais difícil neste ciclo, mas
entenda que isso não é impossível. Ainda há espaços para melhorar.
O ciclo final (63 em
diante)
Finalmente chegamos à idade em que podemos perceber
como a vida é frágil e sentimos mais gratidão pelo que construímos, bem como os
arrependimentos das chances que deixamos passar. A vida chegou ao círculo
completo.
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Fonte: Simple Capacity
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