Tudo
é um processo. Não existem finais, a vida é feita de ciclos…
Quando eu comecei a amadurecer, percebi que na verdade as coisas não
tinham finais. Eram ciclos.
Eu sempre adorei borboletas, desde criança, quando íamos às fazendas com
minha avó, no interior de São Paulo. Eu queria sempre pegar e guardar num
potinho, mas na verdade eu sabia que não podia, que elas eram de Deus e não
minhas.
Eu sempre respeitei as coisas de Deus e admirava como era lindo e
perfeito tudo o que ele fez para nós!
Eu lia nos livros da Zibia, desde os 10 anos, que tudo era sempre como
deveria ser, que tudo acontece da maneira que precisa e que tudo está
entrelaçado.
Que existem coisas que a gente não conseguia entender, mas o tempo
responde.
Nos livros sempre um final feliz.
E eu percebi que na minha vida as coisas não aconteciam exatamente
assim.
Tudo era um processo e os finais felizes não aconteciam como eu
esperava.
Quando eu comecei a amadurecer, percebi que na verdade as coisas não tinham
finais. Eram ciclos.
E eu ficava esperando o “happy
end”, sem nem mesmo apreciar o meio.
Lembro-me bem de quando vi um casulo imenso grudado na soleira da porta
da casa da minha avó e perguntei: “vó,
que negócio mais feio que é esse?”
Ela me respondeu que as lagartas passavam por esse processo para virar
borboletas.
Pensei que era brincadeira. Mas eu entendi que ali eu também era
lagarta. E eu fiquei com medo de ficar feia também.
Depois compreendi, com as vivências da minha vida, que os processos são
importantes e que a gente não consegue pular etapas. E toda vez que eu me
sentia lagarta de novo eu sabia que viraria casulo. E esses momentos de casulo
sempre foram bem doloridos.
Em todos os períodos que eu pensei que as coisas estavam prestes a chegar
ao fim, algo acontecia e minha vida, de repente, mudava radicalmente.
E por incrível que pareça eu conseguia estar atenta e perceber depois,
que o melhor sempre acontecia.
As borboletas sempre davam um jeito de me visitar.
Como hoje, por exemplo, eu me questionei: “ok, Deus, e agora que estou finalizando esse ciclo, o que é que eu
preciso fazer?”
E ela entrou pela janela.
Juliana
Nishiyama
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