Amor-próprio não é apenas o melhor caminho para a felicidade:
é o único!
Carolina Vila Nova
Amor-próprio: a importância do autovalidar-se
Desde os dez anos de idade, já era elogiada pelo que
escrevia: crônicas e poesias que costumava escrever ainda em letra de mão. Uma professora
costumava colocar minhas redações nas paredes da escola. E tanto no colegial
quanto na universidade alguns professores repetiam: “Você vai ser escritora!”.
Por mais facilidade que tivesse para escrever, sempre
senti que era algo comum. Acreditava que os professores estavam sendo gentis,
cumprindo seus papéis de motivadores.
Aos trinta e seis anos de idade, escrevi o meu
primeiro livro, além de publicar crônicas em sites de comunicação. Ainda assim,
não me “intitulava” escritora. Eu dizia: “Eu escrevi um livro”. Ou: “Tenho
alguns livros e matérias publicadas”. Mas apenas com trinta e oito anos de
idade e oito livros depois, assumi para mim mesma, o que fui desde criança.
Então passei a usar a afirmação: “Eu sou escritora!”.
Não entendia por que demorara tanto, quando tantas
pessoas já me enxergavam assim. Meus textos também mostravam isso: mais que bem
escritos para uma menina de dez anos, fez meu pai pensar que eu os copiara de
algum lugar. E desde a adolescência: vencedora de concursos de escrita.
Com tudo isso, muito tempo foi necessário, para que eu
mesma acreditasse na minha capacidade de escrever, quando ela estava lá:
latente.
Por que enfim
não aceitamos ou acreditamos em um elogio quando o recebemos? E quando esta
constatação se repete, por que razão não sentimos sua verdade?
Por que enxergar a sinceridade do outro sobre nós
mesmos pode ser tão difícil?
Muitas vezes, a nossa falta de autoestima e
insegurança não nos permite absorver o bem que dizem sobre nós. Por vezes, a
imagem que temos de nós mesmos está distorcida pela maneira que nos sentimos
por dentro. Nós nos cobramos tanto, a ponto de desmerecer o que já somos e
conquistamos.
E se por um lado não acreditamos em nosso próprio
potencial, quando começamos a senti-lo, tememos ser tachados de arrogantes ou
exibidos por tal atitude.
Autoaceitação é um trabalho para a vida toda, o
autovalidar-se. E nisso reside todas as respostas para a questão aqui
levantada. Se não nos sentimos bonitos, por exemplo, pode o mundo inteiro fazer
esta afirmação, que ainda não será o bastante. Antes do que os outros pensam e
sentem sobre nós, vale o que cada um pensa e sente sobre si mesmo.
Há quem leve
muito tempo para perceber seus próprios valores, porém nunca é tarde para amar
a si mesmo, perceber suas próprias qualidades e pontos positivos.
Não existe ninguém que seja absolutamente ruim, como
não existe ninguém absolutamente bom.
Certo é onde se tem o foco. O olhar para o mais belo
de si mesmo, rumo ao reconhecimento do próprio eu!
Depois disso, mil elogios poderão não ser suficientes
para tamanha autoestima. E nada de mal há nisso.
Amor-próprio não é apenas o melhor caminho para a felicidade: é o único!
Sobre a Autora:
Carolina Vila
Nova
Brasileira, 41 anos, formada em Tecnologia e em
Processamento de Dados, pós-graduada em Gestão Estratégica de Pessoas. Atua
numa multinacional na área administrativa como profissão. Escritora, colunista
e roteirista por paixão. Poliglota. Autora de doze livros publicados de forma
independente pelo Amazon, além de quatro roteiros para filme registrados na
Biblioteca Nacional. Colunista no próprio site carolinavilanova e Youtuber no
canal Carolina Vila Nova, que tem como objetivo divulgar e falar sobre as
matérias do próprio site.
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