A Síndrome de Asperger é um transtorno do
espectro do autismo. No entanto, ela se diferencia do autismo típico
através de diversas pesquisas que estão sendo feitas neste campo. A diferença
mais óbvia tem a ver com a capacidade de ser independente na idade adulta, em
comparação com as pessoas com autismo mais prototípico.
A Síndrome de
Asperger é um transtorno do neurodesenvolvimento
É um transtorno do neurodesenvolvimento com uma base genética e
hereditária, onde existem estruturas cerebrais que
estão danificadas. Mas, o que são os transtornos do
neurodesenvolvimento?
Os transtornos do neurodesenvolvimento são um grupo heterogêneo de
distúrbios neurológicos que apresentam alterações em diferentes processos: na
cognição, na comunicação, no comportamento e nas habilidades motoras. Estas
alterações são causadas por um desenvolvimento cerebral atípico.
Ou seja, o cérebro das pessoas com Asperger
funciona em muitos aspectos de maneira diferente das pessoas que não tiveram
alterações em seu desenvolvimento neurológico. Nós não estamos falando
de algo ruim ou bom, estamos falando de um funcionamento diferenciado na
maneira de processar e perceber a informação.
As pessoas com
Asperger percebem o mundo de uma forma diferente
De alguma forma é como se eles tivessem códigos
diferentes para interpretar o mundo e o seu ambiente. Estes códigos
diferentes os fazem viver de uma maneira que algumas pessoas acham estranha.
Mas quem nunca encontrou pessoas que às vezes agem de uma forma diferente do
que o esperado? Nós mesmos, muitas vezes, percebemos a realidade de uma maneira
distorcida e isso nos leva a agir de maneiras que os outros acham estranhas.
Vamos falar um pouco sobre as características mais típicas desta
síndrome:
As características
da Síndrome de Asperger
Algumas características mais comuns desta síndrome são:
– Eles são socialmente desajeitados e têm dificuldades
em seu relacionamento com as outras crianças e/ou adultos. Podem ser ingênuos e
crédulos.
– Muitas
vezes desconhecem os sentimentos e as intenções dos outros ou não entendem
essas reações emocionais.
– Eles têm muita
dificuldade para conduzir e manter o ritmo normal de uma conversa. Eles se alteram facilmente com as mudanças na sua rotina e
as transições.
– Interpretam
a linguagem e tudo o que ouvem de maneira literal. Eles não entendem a ironia e
as figuras de linguagem, para eles tudo é literal. Por exemplo, na frase “tem
um coração que não cabe no peito”, para eles a interpretação é literal e eles
entendem que “o seu coração é tão grande que não cabe no seu peito”.
– Eles são muito sensíveis a sons altos, cores, luzes,
cheiros ou sabores.
– Eles tendem a desenvolver um grande interesse (fixação) por
um tema ou objeto e podem se tornar verdadeiros especialistas. Há muitas
crianças com Asperger que veem uma paisagem por apenas alguns segundos e são
capazes de reproduzir cada detalhe dela com uma incrível precisão.
– Não possuem habilidades motoras, por isso eles não são
muito bons nos esportes.
– Muitas vezes, eles não conseguem fazer ou manter amigos da sua idade.
Basicamente, porque eles não percebem o mundo da mesma maneira e ficam
frustrados; como acontece com qualquer um de nós, quando encontramos pessoas
com as quais nossos modos de ver o mundo e de viver são antagônicos. Com eles
acontece algo parecido.
Você conhece alguém
com Asperger? Coloque-se no seu lugar e o compreenderá
Portanto, temos que ser capazes de ir além do transtorno. As pessoas com
Asperger muitas vezes se sentem incompreendidas. Elas
se sentem estranhas em um mundo que funciona com regras que às vezes colidem
com as suas. Eles não entendem o significado de muitos comportamentos
que a maioria das pessoas tem.
Portanto, temos que fazer um trabalho profundo de empatia com elas.
Precisamos entender que o seu modo de perceber a realidade é diferente do
nosso. E isso não significa que seja bom ou ruim, é simplesmente diferente.
Vivemos em um mundo maravilhoso onde, felizmente, somos todos diferentes e podemos aprender com essas
diferenças. Diferenças que enriquecem os relacionamentos e nos ajudam a
sermos mais tolerantes e descartarmos a maior parte dos preconceitos que
carregamos na nossa mochila emocional.
Fonte:
Site A Mente é Maravilhosa
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