● O direito de educar os filhos por
parte dos pais é original, essencial, primário, insubstituível e
intransferível. Assim, a família não pode descansar e confiar a educação dos
filhos aos professores, diretores e orientadores educacionais das escolas. É no
seio da família que as crianças aprendem a viver em sociedade e, eventualmente,
a viver como cristãos.
● Os pais, com humildade, haverão de
esboçar uma proposta educativa juntamente com os filhos, através da escuta, da
busca do bem comum, do discernimento e da leitura dos sinais dos tempos.
● O bem da sociedade depende de famílias
bem constituídas que possam educar os filhos.
● A violência disseminada e a frustração
de tantos seres humanos parece se dever à inexistência de famílias que acolham
bem os que chegam ao mundo.
● Há uma diferença entre o discurso dos
pais e aquilo que, na prática, é vivido pelos mesmos pais e propostos pelos
meios de comunicação.
● Há pais, ainda em nossos dias, que se
preocupam que nada falte aos seus filhos. Pensam num melhor colégio que os faça
chegar vitoriosos a uma faculdade; querem que os filhos viajem, aproveitem a
vida. Esquecem da dimensão racional, do crescimento e aprimoramento do diálogo
e da necessidade de constantes revisões da rota encetada.
● Educar para o amor ou para a
solidariedade significa propor ética do maximalismo e não do minimalismo.
● A família é o lugar por excelência
onde se pode descobrir as palavras mais importantes do vocabulário humano: PAI,
MÃE e IRMÃO.
Importante
aos filhos
● Levá-los a crescer com senso crítico
para que possam justificar suas opções e escolhas;
● Servir-se dos programas de televisão
para conversar sobre temas aí vinculados;
● Aprender a assumir responsabilidades
de forma progressiva e aceitando as consequências de suas escolhas;
● Aprender a construir seu projeto de
vida, aceitação da crítica construtiva e da correção fraterna, mecanismo
necessário para aprender a crescer na autonomia;
● Compreender que os laços de fidelidade
não se opõem à liberdade, mas levam a arrumar e organizar seu mundo interior;
● Pano de fundo de uma educação
familiar: ter espírito de família, evocação em casa das memórias da família do
pai e da mãe; harmonia do casal apesar das diferenças; alegria, cordialidade e
acolhimento.
● Pais são espelhos – dizer a verdade
aos filhos é uma forma de educar e formar o caráter desde a primeira infância.
● Para Piaget, a moralidade da criança é
a compreensão e o entendimento que ela tem das regras de convívio social, das
regras que permitem o bem estar de si mesmo e do próximo.
● É na família que os valores são
transmitidos e vivenciados, sendo os pais a primeira referência que a criança
tem para compor a sua personalidade e o seu padrão de comportamento.
Autoestima: é a
confiança em nossa capacidade para pensar e enfrentar os desafios da vida. É a
confiança em nosso direito de ser feliz, a sensação de sermos merecedores,
dignos, qualificados para expressar nossa necessidade e desejos e desfrutar os
resultados de nossos esforços.
Autenticidade: é
quando podemos perceber que nossa angústia, nosso sofrimento emocional, não
passam de um sinal de que estamos indo contra nossas verdades e que, portanto,
não refletem a essência do nosso pensamento.
Amadurecimento: é
quando paramos de desejar que nossa vida fosse diferente e começamos a ver que
tudo o que acontece contribui para o nosso crescimento.
Respeito: é
quando começamos a perceber como é ofensivo tentar forçar algumas situações ou
alguém, apenas para realizar aquilo que desejamos, mesmo sabendo que não é o
momento, ou a pessoa não está preparada, inclusive nós mesmos.
Amor
próprio:
é quando começamos a nos livrar de tudo que não for saudável: pessoas, tarefas,
tudo e qualquer coisa que nos Poe para baixo. De início chamamos essa atitude
de egoísmo.
Simplicidade: é
quando deixamos de temer nosso tempo livre e desistimos de fazer grandes
planos, abandonamos os projetos de futuro, fazemos o que achamos certo, o que
gostamos, quando queremos, e nosso próprio ritmo.
Humildade: é
quando desistimos de querer ter sempre razão e, com isso, erramos muito menos.
Plenitude: é
quando desistimos de ficar revivendo o passado e de nos preocuparmos com o
futuro, mantendo-nos no presente, que é onde a vida acontece, vivendo um dia de
cada vez.
Saber
viver:
é quando percebemos que a nossa mente pode nos atormentar e nos decepcionar.
Mas, quando a colocamos a serviço do nosso coração, ela se torna uma grande e
valiosa aliada.
“Como educadores, de hoje e do futuro,
devemos ser verdadeiros místicos com o grande ideal, motivação, utopia e
profetismo. Para isso somos convidados a cultivar algumas dimensões que
tornarão possível uma ação geradora de vida em todos os níveis.”
● Fomos educados de forma autoritária, e
com medo de repetir o erro com os nossos filhos, acabamos caindo no extremo
oposto que é a permissividade, a única responsável, muitas vezes, pela grande
dificuldade hoje em se estabelecer limites.
● Educar não é simplesmente fixar
limites, mas ensinar a viver de acordo com a virtude.
“Cada um na família é especial em sua
maneira de ser. Prezem as diferenças de idade, os níveis de desenvolvimento, as
habilidades, experiências e limitações. Isso é que propicia variedade, valor,
essência, caráter e força à sua família.”
Escola
de Pais do Brasil
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