Ainda pior que a
Convicção do Não...
É a Incerteza do
Talvez, é a Desilusão de um Quase...
É o Quase que me
incomoda, que me entristece, que
me mata trazendo
tudo que poderia ter sido e não foi.
Quem Quase passou
ainda estuda, quem Quase morreu
ainda está vivo,
quem Quase amou não amou...
Basta pensar nas
Oportunidades que escaparam pelos
dedos, nas
chances que se perdem por medo, nas
ideias que nunca
sairão do papel por essa maldita
mania de viver no
outono.
Pergunto-me, às
vezes, o que nos leva a escolher
uma vida morna;
ou melhor, não me pergunto, contesto.
A resposta eu sei
de cor, está estampada na distancia e
Frieza dos
sorrisos na Frouxidão dos abraços, na Indiferença
dos “Bom Dia”
quase que sussurrados.
Sobra Covardia e
falta Coragem até para ser Feliz.
A Paixão queima,
o Amor enlouquece, o Desejo trai.
Talvez esses
fossem bons motivos para decidir entre a
Alegria e a Dor,
mas não são. Se a Virtude estivesse mesmo
no meio termo, o
Mar não teria ondas, os Dias seriam nublados
e o Arco-íris em
tons de cinza.
O Nada não
Ilumina, não Inspira, não Aflige nem Acalma, apenas
Amplia o vazio
que cada um traz dentro de si.
Não é que Fé mova
montanhas, nem que todas as estrelas estejam
ao alcance, para
as coisas que não podem ser mudadas resta-nos
somente
Paciência, porém, preferir a Derrota prévia à duvida da
Vitória é
desperdiçar a Oportunidade de Merecer...
Pros Erros há
Perdão; pros Fracassos, Chance; pros Amores Impossíveis, Tempo. De nada adianta
cercar um Coração Vazio ou Economizar Alma.
Um Romance cujo
fim é instantâneo ou indolor não é Romance.
Não deixe que a
Saudade sufoque, que a Rotina acomode.
Desconfie do
Destino e Acredite em você. Gaste mais horas Realizando
que Sonhando,
Fazendo que Planejando, Vivendo que Esperando porque embora quem Quase Morra
esteja Vivo, quem Quase Vive já Morreu..."
Autoria desconhecida
(Texto erroneamente atribuído à Fernando Veríssimo)
“Existe no Silêncio, uma tão profunda Sabedoria que
às vezes ele se transforma na mais Perfeita Resposta...”
* Fernando Pessoa *
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