Christie
Christen
Nenhum ser humano está isento de momentos de sofrimento e do tempo
difícil, da mesma forma que todo ser humano pode ter a certeza de que a
tempestade não será eterna.
Será esse mesmo mau tempo que, com o tempo, levará consigo o que não
poderá permanecer.
Observe a água corrente que, na sua leveza e rapidez, isentando-se dos
detritos, mantém limpo o percurso por onde ela circula.
Observe aqueles sofrimentos que mais lhe tiraram o sono e, hoje, não
mais lhe afetam com tanta intensidade ou até já se dissiparam.
No seu presente, quando estiver vivenciando invernos emocionais,
conflitos existenciais ou intrigas irremediáveis, a fim de estancá-los ou, ao
menos, minimizar aquela sensação de impotência, normalmente momentânea,
lembre-se das intempéries que residem no passado e, que hoje, estão distantes
de você ou, até mesmo, não mais existem em seu mundo ou, melhor ainda, serviram
para moldar a sua primavera emocional.
Não fuja do frio invernal, vivencie-o, absorva as temperaturas gélidas,
pois, somente assim, sua cútis reconhecerá o valor da temperatura branda e
agradável que virá de carona com as flores da primavera que brindarão a sua
chegada, com novas cores, formas, fragrâncias, as quais dar-lhe-ão mais forças
vitais para seguir adiante e permitir que o tempo apague o que não deverá
residir em sua memória, no seu íntimo mais profundo.
A verdadeira vida, vem com a água que deixa a sujeira para trás. A
“sujeira” deverá existir, de forma provisória, para que seja possível entender
a importância de deixá-la para trás.
Deixá-la para, enfim, dar espaço à vida nova, que se renova a cada
milésimo de segundo; vida que se renova com o tempo que leva a tristeza, as
mágoas, a falta de perdão e de arrependimento.
Perdoe e peça perdão. Essas atitudes servem como limpeza das suas
estranhas e representam água corrente, que purifica a alma humana,
essencialmente.
A água leva a sujeira, assim como o tempo leva a tristeza! Facilite a
ação do tempo, que tudo realmente cura!
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