Marcel Camargo
Raramente seremos criticados por quem estiver fazendo mais do que nós,
mas sim por quem estiver fazendo menos.
O que mais fazem
é julgar. Julgar negativamente. Muitas pessoas parecem passar o
dia procurando defeitos nos outros. Criticam a roupa, a fala, o trabalho, o
modo de vida, criticam a respiração do outro. Convenhamos, mal temos tempo de
cuidar da nossa própria vida, que dirá da vida alheia. Tem muita gente
desocupada por aí.
É óbvio que, quando nos ocupamos do que realmente
interessa e nos importamos com o que verdadeiramente importa, estaremos nos
sentindo úteis e completos, ou seja, não perderemos tempo bisbilhotando a vida
alheia ou reparando na vida do outro. Quem cuida do que lhe cabe não se
incomoda com o que os outros fazem, falam ou vestem.
Falta empatia
nesse mundo e sobra gente incapaz de se colocar no lugar do outro, de entender que
cada pessoa sente o mundo do seu jeito. Gente incapaz
de perceber quando a dor do outro ainda está lá, ou quando o outro apenas está
vivendo o que bem entende, sem machucar ninguém. Sobram críticas maldosas e
vazias de conteúdo, baseadas tão somente no próprio umbigo.
Existem pessoas
eternamente insatisfeitas, com tudo, sobretudo com elas mesmas.
Assim, acabam não se suportando e, na tentativa de se sentirem menos mal,
atacam os demais, como se diminuir o outro fosse lhes tornar maiores, melhores.
Não conseguem enfrentar os próprios erros e a isso fogem apontando supostos
defeitos de quem estiver ao lado. O único prazer desse tipo de gente é
criticar, elencar os defeitos do mundo à sua volta, enquanto esconde suas
escuridões sob o tapete da ilusão.
Por isso é que, com exceção das críticas construtivas
que recebemos de quem nos ama verdadeiramente, seremos criticados, na maioria
das vezes, por quem faz bem menos do que nós. Afinal, quem estiver fazendo o
mesmo tanto, ou mais, não terá tempo para perder com ninguém nem com nada além
da própria felicidade. É isso.
Nenhum comentário:
Postar um comentário