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segunda-feira, 9 de dezembro de 2019

Fotos e História de Balneário Camboriú / SC



História da Colonização da Praia de Camboriú




Linda imagem do Pontal, tirada do Bairro da Barra, no outro lado do Rio Camboriú.



A colonização em Camboriú aconteceu na segunda década do século XIX, com Balthazar Pinto Corrêa, natural da cidade de lamego, Concelho de Viseu, norte de Portugal. Inicialmente ele veio para Porto Belo. Provavelmente chegou a Camboriú em 1821. Ele requereu uma carta sesmaria para ocupar uma gleba de terra e iniciar um povoamento, que segundo o Historiador José Boiteux, seu contemporâneo, Baltazar deu o nome de Freguesia do Bom Sucesso.


 Fonte: Isaque De Borba Corrêa - História de Duas Cidades.

Foto: Aron Scharf (1957)
 

Panorâmica da Praia na década de 1970



Uma foto realmente deslumbrante, que relembra os melhores tempos da Praia de Camboriú: a década de 1970.

Começando pelo alto, o Canto da Praia, a Praia do Corrêa ou Prainha, o Morro do Corrêa, a Ponta do Corrêa, nomes dados em referência aos ancestrais do amigo Isaque De Borba Corrêa, que possuíam a sesmaria do Canto da Praia que abrangia toda a região.

Depois, a Praia do Buraco, a Praia Brava, no final da Praia Brava o Canto do Morcego. A seguir, o morro do Farol de Cabeçudas, e atrás do morro, não visível, a Praia de Cabeçudas. Dá para notar até a mudança de coloração da água do mar depois do morro do Farol de Cabeçudas, com tonalidade bege clarinha, que pode ser devido as águas do rio Itajaí-Açú que desemboca em Itajaí. Cabeçudas, embora tenha muitos requisitos de beleza, nunca primou pela transparência e limpeza da água do mar, devido à proximidade do Rio Itajaí-Açú. Bem ao fundo, no canto superior esquerdo, as praias de Navegantes e Gravatá.

Voltando ao Canto da Praia, pode ser visto o Hotel Marambaia e o seu segundo bloco. Após o Marambaia, o primeiro edifício branco é o Saveiro, em seguida é o Siri, o terceiro é o Kennedy e logo após o Punta del’Este, que foi o primeiro edifício de apartamentos construído na Avenida Atlântica (1962). Os demais edifícios, na parte mais central da foto, devem ser o Itapoã, Albatroz, Londrina. O edifício branco grande, bem no centro da foto, é o Itamarati.

Um pouco mais adiante, próximo da Praça Almirante Tamandaré ainda sem contorno, o Edifício Ouro Verde, onde funcionou o Correio e a Dom João Modas. Nos fundos do Ouro Verde aparece a garagem onde era realizada a Feira das Indústrias Catarinenses. Atrás do Edifício Ouro Verde, os quatro prédios do conjunto residencial Bruno Silva. Após o conjunto Bruno Silva onde hoje é a Praça Higino Pio, aparece uma parte da finada Lagoa da Rebeca. Já nessa época, pouco restava dela. É possível ver também depois da Rua 301 (a futura Alvin Bauer), a continuação da lagoa (contr. Carlos Alberto Schlup).

A Rua de chão batido, lateral esquerda do Conjunto Residencial Bruno Silva termina na atual Av. Alvim Bauer, contornando a direita, chega-se na Av. Atlântica – assim sendo: os 2 prédios em construção na esquina com a Av. Atlântica são (sentido norte-sul):
a) Ed. Mariner – Av. Atlântica nº 1728,
b) Ed. Oásis – Av. Atlântica nº 1750 (onde também funcionou o Cartório de Registro de Imóveis de Olindor Ribeiro de Camargo).

A seguir, a Praça Almirante Tamandaré e o principal point do final dos anos 60 e década de 1970: o Boliche. Depois do Boliche, o Edifício Anemaria, onde funcionava o Stop, o Edifício Miramar onde funcionava o Hippo Campos, e atrás dele o Hotel Miramar. Ao lado do Hotel Miramar, na Avenida Central, o Edifício Marindia.

Seguindo pela Avenida Central, o Hotel Silva – Av. Central esquina com Rua 11 e a sua direita é o Hotel Pio já pronto há anos. Na esquina da Rua 11, à esquerda, era o Supermercado Silva, e atrás, na outra construção, era o Fórum. A construção branca de três pisos é o prédio do Sr. João da Maruska Modas e onde funcionou a Foto de Valério Gandim e posteriormente de Aron/João Scharf, onde também residia o Sr. Walter Eilers (o nº é Av. Central 90). O edifício com dois pisos, à direita é o Edifício Benjamim Margarida.

Os dois prédios que aparecem no ângulo inferior esquerdo são os Edifícios Arlene e Atlântico, no cruzamento das Avenidas Brasil e Central. Todas as terras do ângulo inferior direito, era de propriedade da viúva Dª Maria Pereira. Ainda na parte inferior da foto, um pouco mais para o centro, a cobertura do Cinerama Dellatorre. No final da parede lateral do Cinerama, dá inclusive para ver a porta de entrada da boate La Ronde.

Texto: Aluizio Haendchen Filho com imensa colaboração do mestre Antonio Jorge de Borba e também do Carlos Alberto Schlup, cujas informações foram colhidas dos comentários.


 Foto: Cartão Postal Brasil Turístico. Foto de João Gaspar Scharf.
 
Hotel Balneário




Foto restaurada e colorizada pelo artista brusquense Sergio Antonio Ulber. Nota-se que a relva de beira mar e a areia da praia iam até quase a cerca do hotel. A foto é do ano de 1958, num dia de outono. Maria Roziene Linhares, que trabalhou no hotel reconhece as pessoas na imagem: "Da esquerda para a direita: Victor Passold (proprietário do hotel), Irmã Passold (sua esposa), Anita Linhares, o casal de idosos eram tios do Victor Passold, sentada na mureta Emília Adélia, filha do Sr. Victor".



 Foto: Arquivo Histórico de Balneário Camboriú.
Restauração e colorização: Sérgio Antonio Ulber.



Hotel Fischer – Início da década de 1970



O projeto arquitetônico do hotel foi encomendado pela família Fischer em 1956 ao escritório Puller, de Blumenau, que também realizou a construção ao longo de 1957. A fachada original não agradou à família, que trouxe referências da arquitetura alemã para solicitar alterações no projeto.

Quando inaugurado, o comentário era “difícil de se encontrar igual até mesmo em Florianópolis”. O comentário de Klaus Fischer (in memoriam) tem relação com o luxo que acompanhou a inauguração do hotel. Foi o primeiro hotel da Praia de Camboriú a ter banheiro em todos os quartos. Por essa razão, passou a ser escolhido nas ocasiões de visita de presidentes como João Goulart e Juscelino Kubitscheck, já que, como bem comentou Klaus, nem a capital possuía tal luxo.

Também o ambiente era luxuoso e aconchegante. Tinha um belo restaurante com balcão para servir bebidas, sala de estar com lareira. Em frente, uma varanda com cadeiras e guarda-sol para apreciar a praia, enfim, era tudo de bom e do melhor.

Um detalhe interessante é o bondindinho, passando bem em frente ao hotel. Nesta época ele era puxado por uma camionete Ford F1.


 Foto: acervo da família Fischer
Fonte: Hotel Fischer – Fotografias e Memória.


  Maravilhoso Hotel Fischer e o segundo Bondindinho

O belo Hotel Fischer, inaugurado em 1957, nos primeiros anos da década de 1960. Em frente ao hotel, o muro de arrimo, construído pelos proprietários, e que tinha uma extensão de mais de 1 km. Do lado direito do Hotel, a casa do Dr. Carlos Moritz, de Brusque, e uma Rural Willys, estacionada perpendicular ao muro.

Em frente, aquele considerado o segundo bondindinho, o qual era puxado por um Jeep Land Rover, de dois vagões com quatro bancos cada. O precursor era puxado por um caminhão Chevrolet com carroceria de madeira (bem lembrado pelo Pedro Teixeira de Melo Neto), que era chamado "Circular Praia de Camboriú".

Detalhe no bondindinho o anúncio de propaganda da Carpa Modas, a qual se localizava na Avenida Central. Carpa Modas era de propriedade dos irmãos Souza (Frederico de Souza). Um deles foi Prefeito de Itajaí, e tinham a Carpa Modas na Rua Hercílio Luz, em Itajaí.

Foto: acervo de Aluizio Haendchen Filho
Texto: Aluizio Haendchen Filho


Vista do Bairro da Barra e Igreja de Nossa Senhora do Bom Sucesso



Aproveitando algumas imagens deslumbrantes para requentar o que vale a pena. 


Esta foto foi postada por Marlene Karin Werner, que aparece com sua irmã e prima em um passeio pelo Pontal, indo para o Bairro da Barra.

Ao lado da canoa, aparece a balsa que fazia a travessia para o outro lado do rio. Cheia de história e envolta em mistérios e lendas a Igreja de Nossa Senhora do Bom Sucesso tem algumas histórias curiosas, como a transcrita abaixo:



Capela da Barra Mistura Fé e História em Balneário Camboriú



Marcada pelo tempo, a pequena construção é lar de lendas e segredos. Localizada no Bairro da Barra, o mais antigo de Balneário Camboriú, a capela de Santo Amaro, que já teve o status de matriz de Nossa Senhora do Bom Sucesso, assistiu a cidade nascer e crescer, de olhos voltados para o rio Camboriú.



 Foto: Marlene Karin Werner

Praia de Camboriú – 1932-1935


Praia com vegetação nativa linda. Como cita Ingrid Stark, "As casas tinham muito terreno na frente antes de chegar à praia. A gente ia por uma trilha por dentro".


O Ford que aparece na foto é um espetáculo. Possivelmente Ford DeLuxe Fordor Sedan, carro do ano (1933 ou 1934), com um potente motor V8, similar ao modelo dirigido por Bonnie and Clyde.



A casa que aparece o telhado em primeiro plano é da família Stark de Brusque, pais da de Ingrid. Logo após, a casa que pertenceu a Victor Hering. A Marlene Karin Werner esclarece que "A casa do tio Victor Hering era em estilo bavaria ou suiço. Hoje tem um prédio neste lugar."



Carlos Alberto Schlup comenta: "Maravilhosa a foto da Marlene Karin Werner. As pessoas estão nas proximidades da antiga Rua 301 (atual Alvin Bauer). No local da penúltima casa do lado direito existe atualmente o Edifício Paraíso e a casa seguinte pertenceu ao Sr. Alfred Lhoor onde agora é o Punta del Leste." A casa grande, bem no final do lado direito era de João Poter, segundo Isaque de Borba Corrêa.


Em e-mail encaminhado pelo primo Klaus Hering (filho de Victor Hering) para a Marlene Karin Werner, ficou esclarecida a questão da segunda casa que aparece na foto, conforme reprodução do texto a seguir:

Cara Marlene,
Não sabia que você tinha um segundo nome. Senão, em nossas cavalgadas, você em seu Florian e eu no Bugre, teria sempre a chamado de Karin. Sim, a segunda casa, a maior, era dos meus pais, naqueles tempos de pouquíssimas construções em Camboriú, com férias tranquilas e águas cristalinas.

Um forte abraço e grato pela foto (não sei quem são os personagens)

De seu primo
Klaus


Klaus Hering é filho de Victor, assim como Elke e Maike. Casado com a saudosa Bia Renaux, que nos deixou recentemente, dois anos atrás. Klaus e Bia tiveram três filhos: Ana Carolina, Vitor e Catherina.



 Foto: acervo de Marlene Karin Werner.


Hotel Miramar
 
A imagem deve ser de 1947 a 1949, possivelmente. Na época, o Hotel Miramar era frequentado pela elite, como pode ser visto na imagem. Um luxuoso Chrysler 1946 Coupé estacionado em frente, e as senhoras elegantemente vestidas. Hóspedes em frente ao hotel, com guarda sol. Como eram bonitos os combros com a vegetação nativa! A seguir, um pouco da história.

O Hotel Miramar surgiu a partir do primeiro empreendimento especialmente voltado para hospedagem erguido no que era então conhecido como a “praia” da Cidade de Camboriú. Sua origem está numa construção em madeira, erguida na esquina de duas ruas do grande loteamento sendo ocupado por residências de veraneio. Corria o ano de 1928 quando o Hotel Strand abriu suas portas e suas muitas janelas de frente para o mar, construído por Jacob Alexandre Schmitt, natural de Gaspar que em 1934 foi prefeito de Blumenau por 1 ano, nomeado pelo interventor Estadual Aristilhano Ramos. O Hotel Strand ficou conhecido como Hotel do Jacó.

Essa informalidade durou seis anos: o turismo só crescia e exigia profissionalização. E uma dessas exigências era uma denominação social mais vendedora. Por isso, em 1934, foi rebatizado com o nome de Hotel Miramar. Situado no encontro da Avenida Central com a Avenida Atlântica, tornou-se ponto de referência tanto em hotelaria quanto de localização para as pessoas buscando algum endereço entre um emaranhado de vias.

Alguns anos depois, no final da década de 30 e início da década de 1940, foi ampliado. Foram construídos mais dois andares e mantida a estrutura de janelas no térreo, como pode ser visto na foto, que já existia no Strand.

Para aquela época, era uma edificação imponente, com seus dois pavimentos e grande número de quartos, a maioria sem banheiro privativo. Os hóspedes dividiam os toaletes instalados ao final dos corredores. Poucas unidades, classificadas como as “luxuosas”, ofereciam esse conforto àqueles com recursos para pagar.

A estrutura em madeira, muito bem construída, atendeu por 30 anos. Neste período, foram feitos vários melhoramentos e reformas na fachada. Em 1961, foi substituída por prédio em alvenaria, com sete pavimentos e 119 apartamentos, com todos os itens do conforto do momento, erguido atrás, pelo lado direito da imagem. Na parte da frente, foi construído o Edifício Miramar.


Foto: Arquivo Histórico de Balneário Camboriú
Fonte Texto: Hotel Miramar. Escrito por João Zuccaratto | 20 de julho
de 2016. Blogs, BNT Mercosul, Turismo e Cia.
 

Hotel Miramar – Década de 1930

A origem da rede hoteleira da Praia de Camboriú está relacionada à iniciativa de Jacob Alexandre Schmitt, que no ano de 1928 instalou o primeiro hotel, denominado Strand Hotel.


Construído de madeira, ficava na confluência da atual Avenida Central com a Avenida Atlântica, área conhecida como “saída da praia”, onde se concentrava o comércio local daquela época.


Em 1934, modificou o nome para Hotel Miramar, que embora tenha passado por várias transformações, ainda permanece em atividade até os dias atuais.


 Foto: Arquivo Histórico de Balneário Camboriú
 

Hotel Miramar – Década de 1950


Foto do final da década de 1950. A beleza do cenário, com o ônibus em frente ao hotel, as pessoas, e a própria imagem do hotel quase conseguem nos transportar no tempo, como um cenário de um filme.



Situado na esquina da Avenida Central com a Avenida Atlântica, foi o primeiro empreendimento hoteleiro do município (1928), tendo como proprietário Jacob Alexandre Schmitt. Em 1934, o hotel é demolido e construído em seu lugar o Hotel Miramar que, apesar das transformações ocorridas com o passar dos anos, ainda permanece em atividade.


Na década de 1960, a edificação de madeira deu lugar a um edifício de apartamentos com 13 andares e ao lado surgia o Hotel Miramar de alvenaria com 7 andares e 119 apartamentos. Em 1976, o Hotel Miramar é vendido e em seguida a nova administração realiza uma série de ampliações e melhorias que fizeram o Hotel Miramar viver mais uma fase, marcada por modernidade, investimentos, crescimento e desenvolvimento.



Fontes texto:
1) Fabíola Martins dos Santos. Geografia das Redes Hoteleiras no Mundo, Brasil e Santa Catarina. Tese de Doutorado UFSC.
2) Raquel Maria Fontes do Amaral Pereira. Origens, Evolução E Tendências Do Setor Hoteleiro De Balneário Camboriú/SC. Revista Turismo - Visão e Ação - Eletrônica, Vol. 17 - n. 2 - mai. - ago. 2015.

 Foto: Heike Weege.


Vista Panorâmica Década de 1970


Foto aérea com vista geral da praia a partir do lado norte. Nas edificações, pode ser visto o Hotel Marambaia, e do lado esquerdo o Edifício Tritão, e em seguida, o atual Hotel Candeias, e nos fundos, o segundo bloco do Marambaia, que foi construído em 1974. Na parte de trás, aparece a Avenida Brasil, que contornava a grande área verde vindo até os fundos do Hotel Marambaia.


De acordo com Carlos Alberto Schlup, nessa época, a Avenida Brasil iniciava na Rua 1901 e essa rua ao lado da área verde, que era chamado de Mato do Alemão, era a Rua 2101 e agora se chama Arthur Max Doose. Pode também ser visto parte do Canal Marambaia. Em primeiro plano, a Avenida do Estado. Na Avenida Atlântica, toda a área que iniciava após o segundo bloco do hotel Marambaia até uma faixa verde após o bloco onde aparecem dois prédios altos pertenceu ao Sr. Cechinel, que construiu todos os edifícios que existem nesta área, desde os primeiros até os atuais.

Descrição perfeita feita por Carlos Alberto Schlup sobre os prédios que existiam na época. "O primeiro edifício branco é o Saveiro, em seguida é o Siri e o terceiro é o Kennedy. Ao lado aparecem os blocos do Edifício Punta del Este, que é o primeiro edifício de apartamentos construído na Avenida Atlântica (1962). Na sequência. O Itapoã (3º) , Albatroz (2º), Londrina (4º), Itamaraty, Ouro Verde, o Boliche, Edifício Miramar (esquina com a Central), Willy Sievert (esquina com a Rua 1700) e mais ao sul, O Edifício Marisol (esquina com a Rua 2600)." Muitos devem lembrar que no Edifício Marisol funcionava a Sorveteria Roma.

Mais uma vez, é importantíssimo valorizar o trabalho maravilhoso do artista brusquense Sergio Antonio Ulber. Ele trabalha com restauração e coloração de fotos de família, e fotos antigas em geral.



 Foto: João Gaspar Scharf.
Restauração e coloração: Sergio Antonio Ulber


Observação: esta foto foi publicada no livro de Sérgio Antonio Ulber Fotografias Antigas de Balneário Camboriú.



Restaurante Stop – 1977


Localizado na esquina da Avenida Central com Avenida Atlântica, todos lembram do Restaurante Stop, frequentado por muitos de nós durante a década de 1970. O STOP Ficava no térreo do Edifício Animaria, de propriedade do casal Hélio e Sueli Comicholli.


Por estar situado num dos locais centrais mais concorridos, era ponto de encontro para almoçar, comer um petisco, tomar um chope e apreciar o movimento. Marco Antônio Schroeder comenta: "nossa, um chope após o banho de mar, era incrível. Nós veraneávamos pertinho dali".

O STOP, juntamente com o Boliche, que ficava quase ao lado, eram os points no centro nos finais de tarde e início da noite. A noite o Baturite, e na volta o espetinho do Schroeder, na Avenida Brasil.

Chama a atenção os carros da época: um Opala laranja escuro, um Chevete escuro, e vários Fuscas.




Texto: Aluizio Haendchen Filho

Centro da Praia – 1958


A foto parece ter sido tirada próximo ao Restaurante Camarão a Palito. A construção com o telhado alto na parte superior central parece ser o Hotel Miramar. Na imagem, pode ser observada a restinga que existia a beira mar, com suas conhecidas rosetas, que todos que frequentaram a praia na época antiga lembram.


O carro que aparece na foto em primeiro plano é um perua Ford Taunus 4cc, provavelmente ano 1951. O outro carro, de cor escura que aparece atrás da Ford Taunus. É um Standard Vanguard.



 Foto: Acervo de Isaque De Borba Corrêa


Canto da Praia – Início da década de 1970

Imagem deslumbrante, emblemática, que vale por milhares de palavras.

Toda a beleza da praia, vista platô que existia no Canto para os carros estacionarem e apreciar as belezas do lugar e, de brinde, uma visão panorâmica da praia. Era um lugar maravilhoso para estacionar, atravessar a ponte pênsil, ir pelo costão até a Prainha. Na época, uma parte do trajeto era feito pelas pedras no costão, e, em alguns pontos, subia-se por uma trilha feita no morro.

A beleza dos carros da época é indescritível. Um festival de marcas de carro da época. Fuscas, um Opala laranja, Gordini, um maravilhoso SIMCA, uma Vemaguete, um Aero Willys, e entre o Opala e o Gordini, um fantástico Rover. Os carros coloridos eram o oposto do lugar comum dos carros de hoje, em que 90% são pretos, brancos e prata. Na imagem, 5 Fuscas, todos com cores diferentes: vermelho escuro, outro marrom em tom café com leite, verde claro, azul escuro, e lá na ponta direita outro verde escuro. O SIMCA com seu design clássico: teto de uma cor, corpo de outra e as faixas horizontais que enfeitavam toda a lateral.

É possível ver que a concentração de prédios ficava no norte da praia. Presidente Kennedy, na época o mais alto e luxuoso do estado, seguido do Punta del Este, o primeiro da Avenida Atlântica, Itapoã, Albatroz, Londrina, e Itamaraty. Mais para o centro, o Edifício Ouro Verde, onde ficava o Correio e Dom João Modas, e os prédios Marindia, Hotel Miramar, na Avenida Central, e o Edifício Miramar, de frente para o mar.

Uma imagem que nos transporta no tempo, uma volta aos anos dourados.


 Foto: acervo de Nica Schroeder


A Foto mais Romântica da História da Praia de Camboriú



Muitos podem ter visto esta foto, mas ela é tão bonita que sempre vale a pena ver de novo.  


Na foto, o casal Hans Richard Carl Wachs e Liselote Wachs em 1934, ano em que casaram, informa a D. Ursula Wachs. O Sr. Hans Wachs foi o primeiro fotógrafo da Praia de Camboriú, e deixou um acervo riquíssimo de fotos.

O historiador De Borba Corrêa considera esta a foto mais romântica da história da Praia de Camboriú. Isaque também diz: “para mim, é uma das fotos mais bonitas do meu acervo, deve constar da segunda edição do meu livro A História de Duas Cidades: Camboriú e Balneário Camboriú. Estou preparando uma belíssima página para o Sr. Hans Wachs no livro. Se não fosse ele, a nossa história não seria tão linda.” Em um diálogo com D. Ursula Wachs, Isaque comenta que o Sr. Wachs parecia um galã de cinema. E D. Ursula complementa: “Isaque meus Pais eram lindos, ele bem que se parecia com um astro de cinema ahhahahaha.”



 Foto: acervo de Isaque de Borba Corrêa 


Proximidades do Café Maringá – Início da década de 1960

Segundo o historiador Isaque de Borba Corrêa, a foto abaixo foi o primeiro cartão postal colorido da cidade. Estima-se que é de 1964.

Segundo Antonio Jorge de Borba e Carlos Alberto Schlup, a foto foi tirada nas proximidades do Café Maringá, um dos points mais tradicionais da praia nas décadas de 1950 e 1960. As caminhonetes estão estacionadas na saída para a praia que existia na frente da Rua 2900, que passava ao lado do Maringá. A pick-up verde é uma Rural Willys bicudinha com carroceria, e a outra possivelmente é uma Chevrolet.



Centro da Praia – Início da década de 1970

Uma imagem nostálgica do centro da praia no início da década de 1970. As castanheiras ainda crescendo, os bancos no formato antigo de madeira apoiada em alicerces de tijolo. Foto tirada logo após ou próximo do meio-dia, pela posição da sombra e da maré subindo. A foto possivelmente foi tirada defronte as ruas 1700 e 1800, onde ficava o Hotel Balneário.




Camboriú Bowlling Center – Final dos Anos 60

Foto com vista da Avenida Atlântica no fim dos anos 60, em frente ao antigo Camboriú Bowling Center, ou simplesmente Boliche. A foto foi tirada no horário do footing, no clima que rolava na época, próximo das 17:00. Podem ser vistos os maravilhosos modelos de carros da época.

A frente sempre estava lotada de jovens, que se preparavam para apreciar o desfile das meninas e vice versa. O movimento começava a partir das 16:00, e se estendia durante toda a noite. Da mesma forma, a sacada no segundo piso também sempre lotada. Muito difícil conseguir uma mesa ou até um lugar para ficar na sacada.



Praia de Camboriú – Prainha em 1952

Imagem da Prainha, originalmente denominada Praia do Corrêa. A Prainha fica no lado norte da Praia de Camboriú, e hoje chega-se nela por um deck de madeira que contorna o costão indo do Canto da Praia até ela.

Na imagem, em foto esplêndida de Érico Zendron tirada no ano de 1952, aparecem moças de Brusque elegantemente vestidas, acompanhadas de alguns rapazes. Estavam em visita à Praia de Camboriú.

O imigrante português Baltazar Pinto Correa, que esteve primeiro em Porto Belo por volta de 1821, antes de vir para a região, só conseguiu receber a Carta de Sesmaria para ocupar oficialmente uma gleba de terra no canto norte da praia e começar o povoado, no 6 dia de setembro de 1826.

De acordo com o Isaque de Borba Correa, historiador e descendente de Baltazar, as áreas onde o seu tetravô se estabeleceu eram chamadas de Morro do Corrêa, Caminho do Corrêa e Praia do Corrêa. Este desbravamento do pioneiro Baltazar deu origem ao nome da região de Vila dos Pioneiros, o atual bairro dos Pioneiros. Ao fundo, o rancho e canoa que pertenceram a Manoel Germano Corrêa, neto de Baltazar.

 Foto: Érico Zendron
  
Vera Fischer com 17 anos na Praia de Camboriú

Sempre linda e deslumbrante, a Vera Fischer fez parte da história da Praia de Camboriú, como ainda faz. Foto da virada do verão de 1967 para 1968. Frequentava a praia em todos os verões com a família, e era sempre uma atração, tanto na praia quanto na noite. A noite, era frequentadora assídua da Boate do Dimas, que ficava na Avenida Brasil, a melhor de Santa Catarina e principal ponto da noite de toda a juventude. Frequentava também o Boliche, o Rancho do Baturité e o Cinerama Dellatorre. Depois que a Boate do Dimas mudou para o Baturité, era lá que ela era encontrada.
 
Foto: Vera Fischer, publicada no Instagran
Texto: Aluizio Haendchen Filho


Cinerama Dellatorre

Uma imagem nostálgica, com o Cinerama Dellatorre em ano próximo da inauguração. O Hotel Pires, que ficava ao lado, ainda não havia iniciado a construção. Um lindo DKW estacionado em frente, e um Fusca um pouco mais atrás. O nome do filme em cartaz é O Agente Secreto Contra Mr. X, com Giuliano Gemma no papel principal. Estreia mundial em 16 de maio de 1966.

Situado na Avenida Brasil, o antigo Cinerama Dellatorre ficava onde hoje é o Shopping Cinerama. Foi inaugurado por Eduardo Dellatorre em 5 de setembro de 1967. Foi, na época, o cinema mais luxuoso do Sul do Brasil, com 1.200 poltronas.

 Foto: IBGE


Rancho do Baturité e Discoteque Baturité em Construção – 
Década de 1970


Noites mágicas e inesquecíveis. Essa frase traduz bem a época em que o Baturité era o responsável pelo entretenimento em Balneário Camboriú. A união da nossa linda orla, belos frequentadores e música de qualidade eram sinônimo de alegria contagiante.

Foram 35 anos que fizeram parte da história de Balneário Camboriú e da vida de muita gente.

O Baturité foi o pioneiro das baladas de Santa Catarina, uma lenda na vida noturna.

 Foto: Richard Lopes Correia - Acervo de André Ritzmann
  

Marambaia Cassino Hotel

No início dos anos 50, a proliferação de cassinos no País motivou a diversificação do setor, por meio da construção dos hotéis-cassino. Surgem, no período, o Grande Hotel de Poços de Caldas, em Minas Gerais; o Atlântico, de Santos; o Águas de São Pedro e o La Plage, do Guarujá, em São Paulo. No início da década de 1960, surgiu o Marambaia Cassino Hotel, na Praia de Camboriú, localizado no Canto da Praia.

Aproveitando incentivos do governo para o turismo na região, Osmar de Souza Nunes, da cidade de Itajaí, e alguns sócios adquiriram o terreno em 1961, ano da fundação do hotel. O hotel foi inaugurado em 23 de novembro de 1964, segundo informações que obtidas pelo amigo Carlos Alberto Schlup por e-mail do próprio hotel. A inauguração foi regada por uma grandiosa festa, com a presença de personalidades políticas e artísticas, fazendo com que o nome do município fosse colocado em evidência no cenário nacional e, inclusive, na Argentina.

A atriz Lolita Rodrigues, muito popular na época, então na Rede Tupi de Televisão, falava constantemente em seu programa de alcance nacional sobre o hotel, já que ela era uma das personalidades da festa, funcionando como um verdadeiro marketing do lugar. Esta ideia de que personalidades foram divulgadoras da “cidade do Hotel Marambaia” também pode ser evidenciada na pessoa do Presidente João Goulart, que durante um período teve participação nos negócios do hotel e depois comprou residência na praia (A MORADA..., 2007).

O hotel representa um marco na história do município devido à sua estrutura original e inovadora. O formato circular da construção acabou lhe proporcionando um impressionante hall social aonde aconteciam grandes eventos frequentados por políticos, artistas e famosos da época. O Marambaia Cassino Hotel & Convenções, já na década de 60, anunciava que a cidade seria um dos grandes polos turísticos do estado. Até os tempos atuais ele constitui um elemento de referência para a cidade.



Texto: Aluizio Haendchen Filho

Foto: Acervo de Isaque de Borba Corrêa

FONTES:
Fonte: Fabíola Martins dos Santos. Geografia das Redes Hoteleiras: Mundo, Brasil e Santa Catarina. Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas. Programa de Pós-Graduação em Geografia.
Raquel Maria Fontes do Amaral Pereira. Origens, Evolução e Tendências do Setor Hoteleiro de Balneário Camboriú/SC. UNIVALI. Revista Turismo - Visão e Ação - Eletrônica, Vol. 17 - n. 2 - mai. - ago. 2015.
Marcelo Danielski. Padrão Arquitetônico e Representação Social na Paisagem da Beira Mar de Balneário Camboriú/ SC. Universidade Federal de Santa Catarina Centro de Filosofia e Ciências Humanas. Programa de Pós-graduação em Geografia. Dissertação de Mestrado. Florianópolis/SC, março de 2009.
 
San Remo Bar – Década de 1950

Imagem que mostra o San Remo Bar no seu auge, na melhor época, com letreiro de Neon, guardas sol e mesinhas que eram colocadas em frente.



Ele ficava onde é hoje a Praça Almirante Tamandaré, na Avenida Atlântica quase esquina com a Avenida Central. Era ponto de encontro da classe média alta, servia pratos com frutos do mar, drinks sofisticados, música e dancing de noite.


Sua história começa com o antigo nome, Terraço Boa Vista. Tem uma linda história. Para saber a sua história, assim como de toda a Praia de Camboriú.

 Foto: Acervo de Alzira Schmitt, postada pelo amigo Richard Lopes Correia Rick no grupo Fotos Antigas e História da Praia de Camboriú.
 

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