Maturidade espiritual é quando você
aprende a calar, a se afastar, não se queixa e agradece pelo que tem
Por Sil Guidorizzi
Maturidade
espiritual é quando você aceita que erra, aprende a se desculpar e a não jogar
no colo do outro o que é seu.
É quando você
percebe que já não precisa de tanta coisa assim para suprir suas necessidades,
que estar em paz consigo mesmo (a) é melhor do que provocar instigar ou cutucar
o outro com vara curta a troco de nada, a troco de mexer em feridas por vezes
já cicatrizadas.
É quando você
passa a ser mais seletivo (a) internamente, é quando você sabe que pode contar
com poucos, mas que são essenciais e que mantém uma boa relação de amizade e
empatia sem exigir nada em troca.
É quando você
olha mais à volta e se coloca no lugar das pessoas e não mensura a sua dor,
assim como não quer que mensurem as suas. É quando você não interfere nas
escolhas de ninguém e vai aprendendo a digerir os embates da vida com mais
nitidez e resiliência.
É quando você
percebe que não precisa ter a casa cheia, não precisa de tanto barulho, que
estar a sós é como ir se retratando diante do que se sente, do que sentiu ou do
que não quer mais sentir.
É não precisar
ir de um lado para o outro tentando encontrar sossego interior. É quando você
se aprimora e abstrai o que não precisa, pede com mais fé e acredita mais no
divino e não em falsas promessas ou pessoas que não tem serventia por serem apenas
instrumentos prontos a desestabilizar seu coração, prontas a quererem se
apossar do que não lhes pertence a troco de fazê-lo (a) sofrer.
É quando você
ora, pede pelos que precisam, pede pelos que adoecem a alma, pede para que
todos recebam luz por mais que não se queira aproximação.
É quando você
esvazia a bagagem, percebe que andar descalço por vezes é libertador e que se o
sol não apareceu naquele dia mais nublado, você continuará acreditando em dias
melhores e nas possibilidades de superação e cura.
Maturidade
espiritual é quando você aprende a calar, a se afastar, a não se agredir e não
agredir.
É quando você
sente que a porta do céu é melhor que abrir o chão para que você se afunde em
dor ou discórdia.
A maturidade vem
com os altos e baixos com o entender nas entrelinhas. Com a sensação de que não
existe superioridade e sim a humildade de quem precisa manter o olhar atento,
os sentimentos honestos e a obrigação de cuidar melhor de si mesmo (a), para
que você tenha força para socorrer aos que também precisam de auxílio.
A maturidade
espiritual vem quando você não precisa viver de melindres, não precisa
disfarçar o que é, quando você aceita a própria condição, seja ela qual for,
sabendo dos propósitos de Deus.
É quando você
abre a porta, não procura discórdia, não se queixa e agradece pelo que tem.
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